Os partidos políticos - sobretudo ao nível local - transformaram-se em círculos impermeáveis à crítica, onde cola bem o registo "Pombal pela positiva" que o doutor Pimpão quer impregnar, deixando pouco espaço ao pensamento, à discussão, e redundando na asneira, não raras vezes. Se no PS alguém tivesse tido o bom senso de fazer o mínimo de discussão em torno desta ideia falaciosa de levar propostas (que NUNCA serão aprovadas), talvez se percebesse, antecipadamente, que fazê-lo é o equivalente a montar uma carreira de tiro: de tiros nos pés.
Nas últimas reuniões de Câmara, a doutora Odete tem tido um bom desempenho. Não há dúvidas de que lidar com este presidente (lhe) é muito mais leve, ou talvez seja o aliviar de responsabilidades no partido que está, paradoxalmente, a torná-la mais interventiva, mais assertiva. Mas todo o caminho que vinha construindo caiu por terra quando se deu a este ridículo [muito bem aproveitado pelo Pedro, que teve ali o seu melhor momento político de todo o primeiro ano de mandato, afinal, levando a oposição ao tapete]. E porquê? Porque cedeu aos caprichos da sua mini, levando à reunião do executivo uma proposta mal-amanhada, daquelas que fariam sentido para discutir, tão só, nas reuniões do Conselho Municipal da Juventude. Aliás, neste momento paira uma confusão generalizada sobre o que são os órgãos, como funcionam e as regras básicas que devem nortear quem os integra. Não admira. Quando o presidente (des)trata por "tu" os membros da AM, durante a sessão, ou se dirige a um vereador por "oh meu", não podemos esperar nada menos que membros do executivo tomarem café em directo, outras que, por falta de histórico, dizem as maiores barbaridades.
Da oposição, o que esperávamos era alternativa. Mas o PS teima em não perceber que só se é alternativa quando se é verdadeiramente diferente. O que fez ontem, foi colar-se ao registo da bancada na AM - que tem tido os resultados que sabemos. É um jeito que apanharam de andar à maçã do chão, mesmo nos momentos em que podiam distribuir a melhor fruta. E depois, já se sabe, a culpa é dos outros. Ah, e nossa, claro...
O doutor Pimpão é muito básico na abordagem da maior parte dos assuntos, mas convém não o menosprezar nas temáticas dos jotas. Nesta, preparou e conduziu bem o despique, com astúcia e segurança procedimental. Depois foi só deixar a doutora Odete espetar-se contra a parede e tombar redonda.
ResponderEliminarA doutora Odete, faz algumas jogadas boas, mas depois na hora que não pode falhar...falha. Se tivesse alguma noção, saia de cena, mas como só olha para o seu umbigo mantém-se.
ResponderEliminarO que nos vale é que vem aí o doutor Joel. Auxiliado pela mini-odete. Agora é que vai, Toninho.
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