A reunião da Assembleia Municipal, de ontem, teve dois elefantes na sala. Um frágil, enfraquecido e envergonhado; outro bufão, convencido e desavergonhado. Como a política é uma selva, ganhou o elefante selvagem e perdeu, por KO, o elefante enfraquecido. Na luta entre elefantes ganha sempre o mais forte. Mas se naquela “selva” política estivessem verdadeiros políticos teria perdido o elefante bufão. Mas a história é como é e não como deveria ser.
Os animais selvagens sabem pisar o terreno - a sua sobrevivência depende da forma como o pisam. Os elefantes (ou os leões) conhecem e têm consciência do seu destino depois da derrota. Os humanos nem por isso.
PS: O árbitro, isento e rigoroso, ainda procurou equilibrar a refrega removendo as armadilhas e os truques baixos da maioria, mas o destino estava definitivamente traçado depois da péssima escolha do terreno de combate e da enorme desproporção de forças.
Diria que além dos tais elefantes mais ou menos truculentos, existem também alguns figurões e trânsfugas, que abandonam a sala antes do final da sessão, garantida que está já a respectiva senha de presença. Situação aliás veementemente apontada e lamentada, plenos de razão, pelos membros do partido socialista na ocasião da apresentação das suas propostas.
ResponderEliminarVale contudo para a boa navegação desta Arca de variada bicharada, onde nem por isso há muitos leões, ser equilibrada e superiormente conduzida pelo seu zeloso Noé, o Sr presidente, que muito bem merece jubiloso destaque e aplauso.
Mas é mesmo como diz, nas maiorias organizadas só passa aquilo que elas permitem.
Temos de reconhecer que são espinhosos os caminhos da oposição que em Pombal calham,por agora ao PS, e a outros "irrelevantes", mas que no país já calham ao PSD...
São as realidades e consequências, felizmente, do regime democrático em que vivemos, conquistadas pelo 25 de abril há dias festejado.