27 de abril de 2023

Renuncia João

João Pimpão, presidente da junta das Meirinhas e ex-chefe de gabinete do ex-presidente da câmara Diogo Mateus, foi acusado, pelo Ministério Público, de ter cometido crimes no uso indevido de dinheiros públicos, enquanto responsável pela gestão do fundo de maneio do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP).



Tais irregularidades foram amplamente apontadas e discutidas nas reuniões da câmara, pelo ex-vereador Pedro Brilhante, e amplamente divulgadas pelo Farpas.

Sabia-se que o(s) caso(s) tinha(m) seguido para o Ministério Público; aguardavam-se, a todo o momento, decisões sobre o(s) processo(s). Diz-se que há mais acusados, o que é normal – este tipo de irregularidade não envolve uma única pessoa.

João Pimpão comunicou o delicado caso ao partido e informou os seus dirigentes que comunicaria o caso, hoje, à Assembleia Municipal. Mas perante a gravidade dos factos não basta comunicar o caso, é preciso retirar consequências. E a consequência óbvia é a renúncia - João Pimpão não tem condições nenhumas para se manter presidente de junta.

3 comentários:

  1. O caso em primeiro lugar é triste porque nunca gostei de ver ninguém a contas com a justiça, mas ainda mais me penaliza por ser com um companheiro político e envolvendo tb o anterior presidente da câmara.
    Porém, haver uma acusação pública não é coisa pouca, e tira o sono até ao mais sereno.
    Até ao lavar dos cestos é vindima e só ao próprio cabe a decisão da melhor atitude a tomar para se defender.
    Claro que no caso da justiça os vir a condenar restará um problema bicudo para a estrutura partidária local, porque se não adoptar as melhores atitudes políticas entretanto, corre o risco de vir a ser envolvida, por laxismo.
    A vida não são só facilidades e neste caso nem o visado nem o partido estão em bons lençóis, ocasião aliás onde podem e devem sobressair as mais avisadas soluções.
    E tudo porque "Dura Lex Sed Lex".

    ResponderEliminar
  2. Se isto tudo for verdade, fico triste, o J. Pimpão é somente o melhor Presidente de Junta do Concelho. Mas sempre concordei que: O que é da politica nada tem a haver com a justiça. Todos sabemos como funciona mal a justiça em Portugal. O caso Marquês é o mais mediático e aquele que mais me indigna, pois é impressionante como ao fim de 11 anos ainda não se iniciou o julgamento. É muito mau quando se mantém uma pessoa indefinidamente como arguido sem julgamento, para no final...prescrição de crimes. Espero sinceramente que se, o J. Pimpão for constituído arguido, que se resolva com a maior celeridade o julgamento e as respectivas conclusões. Se for culpado...condenem. Se for inocente...o farpas deve pelo menos um pedido de desculpa por este POST.

    ResponderEliminar
  3. Vamos lá a ver se algumas pessoas entendem uma coisa simples: os comportamentos/actos políticos têm uma dimensão política (moral e ética) e, nalguns casos, têm igualmente uma dimensão legal/judicial. Uma coisa não apaga a outra.

    Assim, independentemente da decisão judicial, o Farpas (eu) não tem nem nunca terá de pedir desculpa ao visado, porque tudo o que afirmou é factual e público.

    Mais: o visado é que, por estar acusado da prática de crimes, ainda por cima no exercício de funções políticas, perdeu legitimidade política para exercer os cargos, e, por conseguinte, deve retirar consequências do facto de estar acusado. E a consequência óbvia, como afirmei e como todos as semanas o seu partido exige, é a renúncia ou, pelo menos, a suspensão dos mandatos. E mais ainda: se não o fizer, o Farpas não largará o caso. Como é óbvio. E matéria não nos falta.

    ResponderEliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.