26 de fevereiro de 2025

Centro Natural da Propaganda

 

Não há nada pior que tomarem-nos por parvos. É mais ou menos o que anda a fazer Pedro Pimpão nestes primeiros meses do ano, em que alimenta uma espécie de tabu sobre a sua (obrigatória) recandidatura à Câmara, ao mesmo tempo que utiliza os meios públicos como forma de - descarada - propaganda, esbatendo as linhas vermelhas entre o que é partidário, pessoal, e público. 

Há dias os habitantes deste concelho foram surpreendidos por um panfleto na caixa de correio sob o título "Em Pombal, 2025 é sinónimo de investimento". O infomail é do PSD, Pimpão usa-o como slogan, coadjuvado por outro: "Pombal pela Positiva". Centro Natural da Felicidade, lá está, sem críticas nem farpas. 

O que aqui se condena é este registo de meias-tintas, que, como sabemos, é meio caminho andado para os troca-tintas. 

Para quem diz que ama Pombal, o mínimo que se esperava era a frontalidade. A hombridade de dizer "amigos, sou candidato outra vez, quero manter-me aqui neste lugar e só vocês me podem garantir isso". 

Mas Pimpão prefere dar uma no cravo e outra na ferradadura. Como diz um dirigente do partido que o conhece desde sempre, não abdica de ficar em cima do muro, a meio da ponte. 

O que fez esta manhã, porém, ultrapassa os níveis da decência: usou a página do Município para mais um laudatório seu, à espera de confettis. Uma publicação nas redes sociais da Câmara - onde, não raras vezes, os comentários que não são pela positiva acabam ocultados. 

Pedro Pimpão baralha-se muito, nesta ânsia de se manter omnipresente e conectado a toda a hora. Se esta fosse a sua página pessoal, poderia fazê-lo, claro. Mas as páginas do Município não são dele, mesmo que pareçam. 

E se houvesse oposição, já o tinha posto no sítio. Porque mesmo que a realidade paralela onde vive lho diga, não vale tudo.

Nos próximos meses, que são de pré-campanha, isto promete, senhores leitores. 

1 comentário:

  1. É claro que o Pedro só pode voltar a ser candidato. O que mais lhe resta? O cargo de Deputado por Pombal está ocupado pelo menino João e o menino Pedro tem de ganhar a vida. O que seria destes meninos sem a politica? Não sei responder pois não lhe reconheço outra forma de vida. Posso estar enganado e estar perante dois ilustres juristas que abdicaram da sua profissão pela causa publica. Agradeço aqui o seu enorme sacrifício em beneficio do povo. Sei que o que os move é o seu amor pelo povo e pela terra que os viu nascer/crescer. Um bem haja para eles.

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