A agregação das freguesias foi uma farsa improvisada pelo governo da PaF - Passos Coelho/Miguel Relvas - para enganar a Troika. Entretanto, a Assembleia da República resolveu reverter o processo, aprovando por ampla maioria a desagregação das famigeradas uniões de freguesia.
A agregação foi um acto tão vil como este, agora, da desagregação; ambos movidos unicamente pelo mais descarado oportunismo político, sem nunca atenderem ao primordial interesse do país, ao seu coerente e adequado modelo organizativo. Marcelo, como é seu timbre, não quis ficar atrás e compôs o ramalhete: vetou a lei por considerar que existe “falta de compreensão e transparência pública do processo legislativo” e “capacidade para aplicar … o novo mapa já nas eleições autárquicas de Setembro ou Outubro deste ano”. Há boas razões políticas para concordar ou discordar da medida, mas não me parece que os pretextos usados pelo presidente sejam minimamente razoáveis, porque julgo que toda a gente compreende o que está em jogo e a aplicação da norma é coisa lógica e natural.
Há em cada coisa aquilo que ela é, e que a anima. Marcelo é intriga, e entropia. O hábito da intriga desenvolve todas as fraquezas que são com ela solidárias. Marcelo tornou-se um empecilho do regime. Deixa um amplo contributo, se não para a obsolescência do regime, pelo menos para a demonstração da inutilidade do cargo que ocupa.
Nota de Rodapé: o veto tem o mérito de facilitar a vida às estruturas concelhias dos partidos. Em Pombal são menos quatro listas, menos cinco dezenas de candidatos onde está a ser muito difícil encontrá-los.
Isto só prova que o Marcelo está mesmo senil.
ResponderEliminarDas poucas vezes que aplaudo o Presidente! É muito engraçado ver todos a falar mal do Marcelo, porque todos querem uma fatia deste bolo (90 milhões por ano se isto avançar!). O Senil presidente teve, tal como quem sofre de demência, um momento de clareza e conciência! Maior número de cargos políticos, maior esfera de influência, isto é nada mais nadamenos que a distribuição de cargos para a clientela! Tudo sem provas concretas que uma desagregação vai melhorar a qualidade dos serviços prestados, apenas baseado num "achismo". Se queremos de facto servir as populações, temos de facto de descentralizar, mas tem de ser algo pensado, ponderado, ESTUDADO! A criação de cargos públicos, por si só, não resolve absolutamente nada.
ResponderEliminarO que começou mal cedo ou tarde deve ser corrigido.
ResponderEliminarFoi o caso quer uns gostem e outros não.
Muito haveria para dizer sobre este assunto, mas haverá oportunidade de o fazer após a efetiva desagregação e reposição das freguesias.
Há sentimentos populares que devem ser respeitados.
Temos de respeitar o povo, mas para um país dito europeísta, continuamos a desrespeitar as suas diretivas...Contínuamos com um dos menores número médio de cidadãos por unidade local. Avançamos, orgulhosos, na contramão dos países mais eficientes.
ResponderEliminarTodos querem uma fatia do bolo – são mais 90 milhões de euros/ano, dedicados em agradar as bases autárquicas dos dois grandes partidos. E até o atual presidente da UFGIMM, no seu último mandato, poderá lucrar com a divisão, já que assim tinha uma nova freguesia (a sua de origem) para onde concorrer. Se em vez de 90 milhões em cargos políticos esse dinheiro fosse para os orçamento das JF deste país havia mais 30 mil euros para tapar buracos, melhorar um ou outro serviço... Mas é só a minha opinião, vinda de quem não percebe nada de política...
Micael, tem razão ao reconhecer que não percebe nada de política.
EliminarTirarem-se conclusões de premissas erradas e opinar-se erradamente com a ilusão de estar certo é de facto a confirmação de não se saber do que se fala, embora em todo o caso, tenha direito a opinar. Embora, quanto a mim sem qualquer vantagem para o esclarecimento do assunto, apenas para aglomerar apoiantes ou críticos que se contentam com a espuma dos acontecimentos políticos.
O presidente da UFGIMM muito triste está com a desagregação porque podia fazer ainda mais um mandato, entrou em 2017, se ganhasse as eleições o que não seria garantido. Qualquer candidatura a uma das freguesias desagregadas é muito pior em termos remuneratórios do que a união… E além disso ele já declarou há tempos que só se candidataria à UFGIMM.
Sobre os mais 90 milhões o assunto e de novo falacioso e agrada mais olhos de quem não faz contas porque os FEF , dotações do estado, serão a divisão dos valores pagos às UF divididos pelas freguesias divididas. É a lei que o determina.
Sobre as vantagens da proximidade dos autarcas à população ninguém quer saber, mas é aí que reside toda a vantagem…
Não é a altura nem o local para discutir mais aprofundadamente o assunto, mas espero ter ajudado a fundamentar melhor a sua opinião.