13 de junho de 2008

Hás-de pagá-las

Tenho a felicidade do meu filho não gostar do Noddy. Por isso não tenho de lhe explicar que os bilhetes são assim...carotes, para o bolso do cidadão comum. Partindo do princípio que uma criança de três anos (inclusive, que já paga) não vai sozinha ver um espectáculo, e que os bilhetes oscilam entre os 12,50 e os 20 euros, a coisa é puxada.
Essa será, pelo que se percebe, a primeira acividade das festas do Bodo, que hão-de regressar a Pombal em forma pós-moderna um mês depois do boneco desfilar no expocentro.
Olhando atentamente para o cartaz, os patrocínios mostram-se ao nível dos santos da casa, onde cabe também a pujante Lusiaves, numa rara aparição desta índole. Há por isso margem para dúvidas tantas, pois que patrocinadores como a Residencial do Cardal ou o Manjar do Marquês são, por natureza, mais parceiros que outra coisa. E por mais que os géneros contem tanto como o papel-moeda nestas organizações, há coisas que só podemos pagar com dinheiro. Mesmo.
Esperava ver nos cartazes patrocinadores oficiais de âmbito nacional, gente da banca ou - tão na moda - das telecomunicações, em consonância com o ambicioso cartaz. Mas não. A não ser que sejam secretos, ao estilo coelhos a tirar da cartola com pozinhos mágicos (ups!).
Se assim não for, é esperar para ver: que a Srª do Cardal faça novo milagre, que as festas se paguem sem ser necessário recorrer (outra vez) ao erário público. Ou então, hás-de ser tu a pagá-las, estimado munícipe.

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