14 de novembro de 2008

A contestação dos professores

A contestação dos professores ao processo de avaliação e os argumentos (as desculpas) usadas atingiram o limite do insuportável para alguém com um mínimo de lucidez e que saiba alguma coisa de avaliação de desempenho.
Nos últimos tempos tenho sentido um grande impulso para escrever sobre esta controvérsia; mas, como a coisa atingiu o nível do indigente, tenho-me contido.
Hoje li alguém que conseguiu exprimir, melhor do que eu próprio o faria, o que penso e que sinto sobre este rebuliço.
Gostaria de ter escrito isto.

3 comentários:

  1. Concordo inteiramente com o artigo em questão, porque ilustra exactamente o que eu penso em relação a esta matéria. Eu (tal como os professores) sou funcionária pública e estou abrangida pelo SIADAP (avaliação de desempenho) há 3 anos. Tenho objectivos traçados no início do ano e sou avaliada no final do ano tendo em conta (não só mas também) se os cumpri ou não e/ou se os superei. Os professores têem uma vantagem: serão avaliados pelos seus pares,ou seja, por um professor. Eu fui e sou avaliada pelo meu Director que é médico de formação (enquanto que eu sou assistente social!!!). Outro dos argumentos que os professores alegam é que com este modelo nem todos atingirão o topo de carreira!!! pois é, também nós com a questão das quotas ficamos penalizados!! Portanto, porque é que querem ser uma classe privilegiada? Se assim fôr os seus alunos também não terão que ser avaliados, comecem a dar 5 ou 20 (conforme o caso) a todos, para que todos sejam reconhecidos como excelentes alunos.
    Com isto quero dizer que sempre fui defensora deste modelo de avaliação porque têm que se premiar os melhores, agora se há(in)justiças na atribuição das notas...isso é outra questão que tem a ver com o avaliador não com a avaliação própriamente dita (e há sempre a hipótese de recorrer á reclamação...).
    Peço desculpa pelo extenso comentário!!

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  2. O que as pessoas ainda não perceberam é que...estes alunos que atiram ovos, encerram escolas a cadeado e tiram telemóveis ao professor...não podem ser os mesmos que vão avaliar o professor...

    bento vai pra dentro bento.blogspot.com

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  3. O Adelino gostava mesmo de ter escrito algo que parece de um ressabiado que deixou uma contenda por resolver com um professor, no 8ºano? Um texto que não analisa mais do que a psique de um dos lados da questão? Então a referência ao amigo professor de artes...um mimo, especialmente quando a seguir vem um aviso quanto às más companhias.
    Os professores - pelo menos os bons - querem ser avaliados. Os outros - que eu continuo a dizer uma minoria - sê-lo-ão quer queiram quer não. Mas com um modelo de avaliação quem não pareça um produto de chernobyl. Um modelo em que as notas dos alunos não influam directamente na avaliação do professor, muito menos a assiduidade. Os modelos de avaliação existem na função pública há muito. Se têm aspectos de facilitismo - e têm, claro - corrijam-se, mas de Sousa Tavares e sósias como este pintas do Jornal de Negócios que caem na esparrela do Governo do ódio inter-classes já estamos fartos. Foi assim contra os médicos, contra os funcionários públicos, professores, agricultores, etc. Não tarda zangamo-nos com nós próprios. Se estas manifestações tornarem muito mais difícil a aprovação de reformas futuras, a culpa não é delas e sim de um modelo de avaliação absolutamente absurdo, i.e., da ministra. Obviamente, o lançamento de ovos foi perpetrado por símios e portanto deve ser deixado de fora da discussão racional.

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