Por estas bandas ninguém estava à espera da criação do Centro Hospitalar Leiria – Pombal (que raio de nome). O novo centro hospitalar resulta da integração do Hospital Distrital (só de nome) de Pombal (HDP) no Hospital de Santo André (HSA) de Leiria, ou seja, o HDP é engolido (destino inevitável para um desfalecido) pelo HSA. Por aqui, se exceptuarmos a Concelhia do PS de Pombal, ninguém tem mostrado contentamento com a estranha medida, antes pelo contrário.
É verdade que a reestruturação da rede de cuidados de saúde é necessária e premente. Necessária porque a rede actual é muito dispendiosa e assimétrica na resposta, premente porque o estado das finanças públicas a isso obriga. Mas, apesar de necessária e premente, a reestruturação não deve ser feita de forma precipitada, casuística e por encomenda. Ao fazê-lo, desta forma, o governo pode estar a desperdiçar uma boa oportunidade para racionalizar a rede de cuidados de saúde. A reestruturação tem que recair no redimensionando da oferta de serviços em função da procura de acordo com critérios económicos e qualidade. Se, como parece, estas medidas ficarem pela fusão administrativa de umas quantas entidades, que, quanto muito, eliminarão uns quantos administradores e concentrarão parte dos serviços de apoio (contabilidade, compras, etc.), não se resolve a questão de fundo: eliminação das principais fontes de desperdício. Mexe-se na coisa para deixar (quase) tudo na mesma.
É verdade que a reestruturação da rede de cuidados de saúde é necessária e premente. Necessária porque a rede actual é muito dispendiosa e assimétrica na resposta, premente porque o estado das finanças públicas a isso obriga. Mas, apesar de necessária e premente, a reestruturação não deve ser feita de forma precipitada, casuística e por encomenda. Ao fazê-lo, desta forma, o governo pode estar a desperdiçar uma boa oportunidade para racionalizar a rede de cuidados de saúde. A reestruturação tem que recair no redimensionando da oferta de serviços em função da procura de acordo com critérios económicos e qualidade. Se, como parece, estas medidas ficarem pela fusão administrativa de umas quantas entidades, que, quanto muito, eliminarão uns quantos administradores e concentrarão parte dos serviços de apoio (contabilidade, compras, etc.), não se resolve a questão de fundo: eliminação das principais fontes de desperdício. Mexe-se na coisa para deixar (quase) tudo na mesma.
Se o Hospital de Pombal ficar a trabalhar dentro dos parametros de qualidade do HSA, então vamos para muito melhor. Infelizmente conheço muito bem o modo de trabalho do HSA e são impecaveis nos tratamento aso doentes.
ResponderEliminarJulgo que esta fusão pode ser (não quer dizer que o seja efectivamente) positiva, se não se restringir a aspectos administrativos. Não que tenha uma opinião muito positiva do HSA, mas também é verdade que tendo "estado do lado de dentro" dos serviços de saúde tive contacto com uma realidade que para mim é inadmissível e que parece geral, a qualidade de prestação de serviços não está centrada no utente, mas sim em resultados e em políticas administrativas de contenção de custos, com valorização do aspecto técnico em detrimento do aspecto humano.
ResponderEliminarO nosso caríssimo Adelino Malho fala-nos do que considera principal, "eliminação das principais fontes de desperdício." Concordo plenamente. Uma das princípais fontes de desperdícios respeita a erros médicos! Acho que isto diz muito. As contenções de custos estão a levar à diminuição qualidade no cuidado do utente, que muitas vezes já sofre com a falta de qualidade dos profissionais. Neste emaranhado é difícil saber por onde começar, mas talvez a qualidade do ensino seja uma garantia de futuro.
PS. Admiro-me que a discussão sobre a prática de eutanásia não esteja a ganhar expressão.
Boa dia!
ResponderEliminarCada vez mais há uma tendência generalizada para a concentração, quer a nível Nacional quer Europeu.
A gestão de empresas, quer hospitalares ou outras, não se compadece com bairrismos exacervados e preocupa-se com o binómio rácio de rentabilidade serviço, aproveitando a economia de escala. Entendo que o quadro medico para Quanto aos serviços, sem dúvida, da fusão resulta um aproveitamento de escala muito grande.
Esperamos que os ganhos sejam acompanhados de um melhor serviço de atendimento
Bom dia!
ResponderEliminar(Correcção)
.... O aproveitamento das economias de escala é fundamental para a melhoria dos rácios de rentabilidade e pode potenciar a melhoria dos serviços.
Vejamos:
- dois hospitais dois quadros clínicos
- quanto maior for o Hospital maior é o quadro clínico e mais especialidades têm.
- Dois Hospitais duas secções de aprovisionamento, duas secções de pessoal dois departamentos de contabilidade, dois serviços de manutenção, etc.
Com a fusão os recursos acima mencionados tinham menor desperdício o departamento clínico podia mandar para Pombal especialidades em determinados dias da semana, das actualmente inexistentes no HDP.
Entendo que a fusão é benéfica desde que acompanhada de uma melhoria de serviços ao utente.