12 de julho de 2017

Leviandade política

Nem o escândalo provocado pela indemnização de 508.000 €, por danos num terreno avaliado em menos de 10.000 €, muda o comportamento desleixado da classe política local. Os casos sucedem-se. A forma como foram aprovadas as quatro moções apresentadas na última AM, e como esta foi conduzida, comprovam-no.
O presidente da AM começou por informar a assembleia que tinha recebido três moções: uma do PSD – João Coucelo – de pesar e de solidariedade para com as vítimas do incêndio de Pedrogão Grande, com uma proposta populista de entrega das senhas de presença às vítimas do incendio; outra do presidente da Junta de Vermoil – Ilídio da Mota – de louvor e de pesar pela morte prematura do maestro da Filarmónica de Vermoil (Jaime Pascoal); outra do PCP – Jorge Neves – de pesar e solidariedade para com as vítimas de Pedrogão Grande, com umas considerações generalistas sobre a reforma da floresta e umas críticas à proposta do PS de reforma da floresta; e outra ainda, oral, da autoria do presidente da AM, de louvor e pesar pela morte ex-presidente da Junta das Meirinhas (Américo Ferreira).
A mesa da AM propôs a votação conjunta de três moções distintas; e deixou para o período de antes-da-ordem-do-dia a moção do PCP. Foram aprovadas de forma simplista, por atacado e por unanimidade.
Posteriormente, durante o período e antes-da-ordem-do-dia, Jorge Neves apresentou a moção PCP. Só o PS levantou algumas reservas sobre alguns considerandos. A moção foi aprovada por maioria com quatro abstenções das bancadas do PSD e CDS.
Mais palavras para quê? É o que temos…Mas convinha respeitar minimamente o regimento. E que a oposição tivesse alguma coluna vertebral; e o PS alguma memória.

1 comentário:

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