9 de janeiro de 2018

APFP, um exemplo maior do falso associativismo

Pelo que reza o historial, a Associação do Produtores Florestais de Pombal (APFP) foi congeminada por Diogo Mateus em 2003, quando era presidente da junta, com o propósito de aceder a apoios comunitários para realização de infra-estruturas de índole florestal; mas só iniciou a actividade em 2006, quando Diogo Mateus já era vereador do ambiente.
Os cargos cimeiros dos órgãos sociais da associação foram sistematicamente ocupados por políticos com altos cargos autárquicos ou no PSD local - Diogo Mateus, Carlos Silva, José Grilo, Narciso Mota, João Pimpão e outros – de quem não se conhece qualquer actividade como produtores florestais.
Tudo é de onde vem. Uma associação germinada por um político, numa incubadora política, com fins políticos, estava condenada a servir interesses de políticos. E foi o que aconteceu.
O pântano formou-se desde início, e cresceu no caldo da paz podre do companheirismo político catalisado com o fermento da troca de favores. Mas bastou que alguém atirasse uma pedra para o charco para que o mau cheiro se libertasse.
Na assembleia realizada em DEZ14, que elegeu os corpos sociais, para o triénio 2015-17, José G. Fernandes questionou e pôs em causa a gestão de Carlos Silva. O excerto da acta, ao lado, mostra parte das acusações feitas – a parte que foi possível colocar em acta.
Na assembleia realizada na passada sexta-feira, Carlos Silva foi reeleito para o próximo triénio. As cumplicidades políticas e a troca de favores formam uma união difícil de quebrar. Mas Diogo Mateus, que vê mais além, já saltou fora; talvez já tenha percebido que dali só pode sair esturro.

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