16 de agosto de 2021

Jornal de campanha #1 PSD - 1 Amor - 0



No fim de semana que seria de grandes caravanas nas festas populares (embora as da Charneca sejam de má memória para alguns), o PSD fez os seus próprios eventos e alimentou a sua própria festa.
O programa oficial começou no sábado, em Vermoil, passou pela Guia, e terminou nesse exemplo maior do lazer, cheio de sombra e frescura, que é o bioparque da Charneca.
Vistos das redes sociais, os programas das festas parecem muito mais ambiciosos do que o são, na realidade. Tropecei num deles, sábado à tarde. A máquina do PSD monta todo um cenário, leva músca, chama os pesos pesados que já prestaram serviço ao partido, e ocupa as cadeiras entre si. Depois Pedro Pimpão repete os mesmos chavões da sustentabilidade e do digital e do território, faz a sua oração motivacional e está feito. O povo não vai. Na melhor das hipóteses, vão lá aqueles que integram as listas.
Se no caso de Vermoil não há muito a dizer - a freguesia permanece assim, imóvel, há pelo menos um quarto de século, desde que a conheço - já na Guia o momento revelou-se de algum desacerto interno. Pedro Pimpão fez um discurso com pinças, como se fosse pisar um tapete de ovos. Há o caso Lusiaves, há a derrota nas últimas autárquicas, há o jogo de sedução a Gonçalo Ramos, há a demissão de Manuel António da concelhia. E por isso fez um discurso ao seu melhor estilo, qual profeta da boa-vontade, apelando à união e ao bem comum. Já o candidato à Junta, fez o que pôde.
A apresentação da Guia teve dois momentos que merecem destaque: a aparição de Mota Carvalho, a quem Magina da Silva trocou as voltas e por isso ainda não foi desta que pôde ser candidato, sobrando-lhe o lugar de apresentador; e o discurso enraivecido de Rui Acácio, presidente do Núcleo do PSD no Oeste. Gastou quase todo o tempo a atacar a lista de independentes. Pimpão bem pode clamar pela paz, que para aquelas bandas estão mais prontos a agarrar nas forquilhas. 

Mas muito importante foi também o programa oficioso. A lista à Câmara está a ver se consegue apresentar um programa eleitoral. Convém. E então chamou representantes de algumas IPSS's para saber o que há-de fazer. E o pior é que eles foram (triste concelho este onde os dirigentes confundem responsabilidades públicas com participações partidárias). Foi uma pena que não tenha sido transmitido. Teria sido muito bom ouvir para o que estamos guardados. 

Por mim, o barómetro do amor que Pimpão desencantou estes dias. Introduziu no discurso uma conversa sobre o amor à terra, com uma teoria de ir às lágrimas: quem anda nisto, como eles, é pelos outros e é porque tem esta paixão pela sua terra. Alguém lhe diga que, de uma maneira geral, quem anda nisto (da política profissional) é porque faz disto vida. Quem não é funcionário público, advogado ou empresário, tem muita dificuldade em dedicar-se à causa pública. Mas entre esses há muitos que amam as suas terras e que as mantêm vivas, vivendo-as. Só que para ganhar a vida precisam de trabalhar. Chato. Assim dificilmente ganharão eleições. 

5 comentários:

  1. Paula, a Oeste, Pedro Pimpão foi apresentar o candidato, ou melhor, a lista/equipa que lhe dará mais dores de cabeça enquanto futuro presidente da câmara, e ele sabe-o. Sabendo igualmente que a manter-se o actual presidente da união terá a certeza que umas palavrinhas de incentivo serão suficientes para continuar a ser convidado para todos os arraiais. Ou seja, publicamente se ganhar a lista do PSD ele demonstrará a sua satisfação pública caso o oposto aconteça terá quatro anos de festas com a tradicional música pimba. É caso para dizer que ele tem dois amores, só que neste caso ele sabe de qual gosta mais. 😉

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    1. Amigo Dino
      Plenamente de acordo com o seu comentário e de um modo geral com o da Paula que cumpre o seu papel de visão critica e mordaz ao que na nossa terra se vai passando.

      Tenho afirmado habitualmente que a democracia tem esta fragilidade que é colocar nos lugares de comando quem mais promete aquilo que as pessoas querem ouvir, seja ou não exequível, porque o que interessa é chegar ao comando e depois logo se vê como corre.

      Não sei no Oeste como irão ser as preferências dos eleitores, mas analisados os principais contendores é bem notória a diferença de qualidade da equipa do PSD versus a atual em funções. O Candidato a PJ é hoje tão desconhecido como era em 2017 o atual presidente de junta, ou tão conhecido nos meios associativos como ele era.

      A organização que está por trás dessa candidatura é numerosa, sólida, empenhada e cheia de ideias exequíveis.

      Sobre programas eleitorais não há muito a mudar relativamente ao que está proposto anteriormente salvo prioridades e novos desafios, que o PSD está habituado a concretizar porque a exigência interna acompanha continuamente e coletivamente ajuda a concretizar.

      Óbvio que se não aproveitarmos agora a oportunidade de mudar de rumo, o futuro da freguesia será de mais 4 anos de estagnação, de vistas curtas e de concretizações muito pontuais. Para não falar da desastrosa condução administrativa da Junta, com perda dos seus melhores ativos e ainda a absoluta submissão a interesses privados, sem cuidarem do interesse do publico afetado, e tudo numa realidade onde teria sido fácil resolver ambos os desejos, se não houvesse incauta ou submissa posição a quem estendeu toda a trama e impôs de supetão, uma realidade à população que resultou no coro de protestos que nunca mais pararam.

      Será talvez a isto que o Rui Acácio se terá referido na sessão de apresentação, onde a minha saúde me impediu de estar presente, e aqui classificado de enraivecido, porque quem teve de viver em sofrimento estes quatro últimos anos é compreensível o seu desencanto desse modo expresso.

      Mas independentemente dos vaticínios e apostas neste jogo de personalidades, feitios, vontades e promessas, o que é facto é que o que deveria presidir à escolha deveria ser o critério de quem imagina, planeia, projeta e concretiza em tempo, ou deixa preparado para conclusão em tempo financeiramente mais oportuno, onde as aspirações e receios das populações se acautelam sem pseudo-iniciativas de ofuscante grandeza, mas dos quais ninguém conhece os reais efeitos.

      Os que estão já demonstraram bem que nada concretizaram das principais promessas de 2017 que lhes deu a vitória e por isso será talvez altura de serem substituídos por quem pode e sabe fazer muito melhor.

      Senão teremos de viver mais quatro anos na mediocridade a que nos habituaram.

      É a democracia a funcionar e os seus frutos a marcarem o nosso destino e o povo a ter o que merece.

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  2. Paula Sofia, sabes que adoro ler os teus textos e a forma assertiva como analisas a vida pública em Pombal. Isto no OESTE dava um argumento para uma novela...tipo a FESTA É FESTA...E acho que o papel de BINO deve já estar atribuído pelo povo. Não será um passeio para o Gonçalo, mas dados os outros candidatos, do mau escolher o melhor.

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  3. É a velha forma de fazer política, passam o ano a passar cheques seja às associações ou IPSS's e quando chega a esta altura cobra se. Só que o povo já viu o resultado da política do engano à base de rebuçados e cenouras, os Pombalenses estão cansados e esgotados destas manhas e artimanhas, querem mudança! já viram o atraso económico em virtude da má governança autárquica implementada nos últimos anos, verem filhos e netos a partirem todos os dias para outras paragens em busca de melhores condições de vida e tantos que já não fazem intenções de voltar porque Pombal foi péssima madrasta, urge uma mudança radical na forma de fazer política e imprimir uma imagem de um concelho sério, democrático onde as instituições funcionam sem tráfico de influências e impera e vigora a lei da República Portuguesa, caso contrario não conseguiremos captar e atrair investimento, (apenas especuladores e agiotas) nem fixar população, onde já temos graves problemas de desertificação populacional em determinadas zonas do nosso Concelho.

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  4. Dr. Pedro Pimpão está à deriva com o seu Projecto Ruinoso de Autarquia. Reflexo, do cenário legislativo do partido PSD que votou contra matérias importantes: a descida do IVA de 23% para 13% na restauração - alteração fiscal e tributária urgente. Após críticas do sector - empresas sucateadas e sem receitas - o mesmo PSD quer defender a impossível redução de 23 para 6% durante dois anos. Como se não bastasse o cenário nebuloso das incongruências do PSD nacional, no Concelho - Rui Acácio na Guia ataca a legitimidade das candidaturas independentes. Matéria encerrada na Assembleia da República com as candidaturas autorizadas. Portanto, tema litigado não deveria sofrer contestação pública neste momento, por ser oco, inócuo e sem eco. Triste estratégia para fugir ao assunto que interessava: Lusiaves. O lugar da Guia, solitária, sofreu horrores com a Pandemia Covid- 19. Há resistência do candidato independente em anexar listas por brio e bom-senso, ao identificar rejeição do PSD no local. Virá Hugo Silva – PS, a curar chagas políticas em prol da população da Guia, Ilha e Mata Mourisca. Mas, a bem da verdade, as IPSS’s são organismos de absorção da máquina na captação de votos, «ajudo-lhe e amanhã retribui-me.»
    As IPSS’s, atendem com valia de serviço público-privado, responsabilidade social e são cooperadoras do Estado. Jamais poder-se-ia admitir dirigentes de quaisquer instituições negociar votos. Diga-se de passagem, da candidata a vereadora do PSD ser dirigente da IPSS da Redinha. Pode ser lícito, mas não ético e nem convém. Um internauta pergunta o que os candidatos da oposição fazem? Eu afirmo que chega a ser perverso concorrer contra os “Donos Disto Tudo”, porque por hipótese académica é preciso força, empenho, determinação e união para acabar com os conflitos de interesses anunciados publicamente, que com franqueza envergonham-me.
    A política de Pedro Pimpão de espalhar verbosidade «tudo é lindo e tudo é belo», fere o senso de criticidade do período Pandémico, crises financeiras, humanitárias e faltam: habitação, médicos de família, comida, tolerância, investimento, amparo ao comércio e à indústria, além de tantos outros insumos.
    O funcionalismo local está cansado, carenciado e precisam de formações e qualificações na urgência. As várias IPSS’s encontram-se em difícil situação, todos sabemos. Bom seria, a divulgação das narrativas dos munícipes-famílias ou munícipes-utentes, sem ensaios, em tempo real, de preferência ao vivo, enquanto inquéritos de satisfação e bem-estar dos organismos. Tudo seria diferente com o engajamento democrático. É preciso compreender e assumir falhas. As pessoas receptoras do produto final fornecido pelas IPSS’s são imprescindíveis neste processo.
    Erra, mais uma vez o candidato Dr. Pedro Pimpão, em gestão estratégica e política à avaliação institucional. Qualquer gestor público que se preze é conhecedor da obrigatoriedade da avaliação de qualidade de serviços prestados nas IPSS’s à construção do Programa de Governo Eleitoral. Após eleições, o diálogo intra e intersector nas instituições efectivam acções saneadoras às problemáticas inferidas. São indícios do despreparo técnico-administrativo do candidato do PSD, que embora pese ter sido Presidente da Junta de Freguesia de Pombal, não cumpre e ignora o rito gestor. No período da Idade Média, Dante Alighieri na obra “A Divina Comédia”, na frente dos portões do inferno junto com Virgílio (poeta da Antiguidade) encontram uma mensagem dura e cruel: “Deixai toda esperança, ó vós que entrais”, aviso dos solavancos óbvios que seriam cometidos pelo Candidato à Autarquia do PSD, se fosse eleito, o que não ocorrerá.
    https://www.youtube.com/watch?v=00m60_99Vg8

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