23 de setembro de 2021

Agora vote!



Esta campanha eleitoral chegou-nos simultaneamente vazia de ideias ou projectos e marcada por tiques pseudomodernos de fazer política, visíveis nos estrangeirismos da linguagem ou na utilização abusiva de termos que o cidadão comum não sabe o que querem dizer. Nestas alturas faz falta a imprensa, a crítica, por ser parte fundamental do sistema democrático e ajudar a pensar. A parar para pensar. Não é a imprensa côr-de-rosa de que o poder laranja gosta (e que se voltasse a ser [poder]rosa também gostaria, de tal modo o PS se tem mostrado impermeável à opinião adversa). É aquela que escrutina. Mas adiante, que o tema está gasto, e o que não tem remédio remediado está. 

Uma das inovações desta campanha centra-se no apelo ao voto. No arquivo das campanhas políticas dos últimos 48 anos é possível perceber as diferenças ideológicas também a esse nível. Quem havia de imaginar que, chegados a 2021, o PS em Pombal iria tratar os eleitores por "você"? O PSD começou a fazê-lo há anos, acompanhando a metamorfose que foi ocorrendo internamente. Não, não é só a música que está desajustada...

A verdade é que não é uma questão de semântica, isto da maneira como o partido trata o eleitor. A ignorância atrevida de alguns pode apressar-se a considerar "uma questão de respeito". Não, amigos. É uma questão de igualdade, de proximidade. Ou da falta dela. 


ps: A foto regista os panfletos que chegaram à minha caixa de correio. 

1 comentário:

  1. Coincidência ou não. Dos 3 boletins que vou receber no próximo domingo, nenhum é para o partido que diz VOTA...aliás se houvesse só esse partido a concorrer, eu votava em branco. Ha dois partidos do espectro eleitoral que nunca votei e que nunca irei votar. Esses dois são: CHEGA e BE. Até amanhã camaradas.

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