4 de agosto de 2022

Altruísmo ou egoísmo?

Nesta madrasta terra, cultiva-se uma espécie de altruísmo, aparentemente alegre e confiante, que justifica todas coisas e fá-las parecer boas porque desperta “belos sentimentos” de compaixão nos sofredores. 

Porque não há actos absolutamente “desinteressados”, a generalidade dos filósofos tem muito pouca estima pela compaixão (uma coisa muito cristã). Na bondade e na compaixão há por vezes uma insolência que parece malícia, no aproveitamento dos sentimentos mais básicos para benefício próprio. 

O apelo sistemático às emoções conduz a um hipersentimentalismo que, no lugar de fortalecer, debilita e deprime. Lá se vai a felicidade.

«Não havia ‘nexexidade’!». 


4 comentários:

  1. Amigo Malho, desta vez você resolveu agitar o enxame todo pensando que não haveria consequências.
    Há visões mais extremadas e críticas tão ácidas que até os mais pacíficos se indignam e foi o caso.
    Claro que tem direito à sua opinião e direito a expressá-la mas também tem depois de lidar com as consequências.
    Quanto a mim houve apenas o desejo de homenagear uma figura típica e única de Pombal, que sempre fez questão de participar na corrida do Bodo e, desta vez dedicaram lhe a corrida e encontraram forma ,muito sentimental, de o fazer participar.
    Julgo que o Faria teve o seu momento de glória e o viveu com enorme alegria apesar do seu já débil estado físico.
    A sua argumentação é bem elaborada e em muitos casos faz todo o sentido, porém no caso vertente julgo que não se aplica porque o poder precisa de notoriedade mas neste caso não a buscava, antes e tão só solidariedade e gratidão.
    Há temas que devem ser tratados com pinças para não provocar muito as pessoas, e este é um deles.
    Será então caso para rematar do mesmo modo:
    Não havia nexexidade.
    Um abraço e vá lá rezar dois pais nossos e três Avé Marias a ve se o céu o perdoa já que na terra o coro de indignados é incapaz disso.

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  2. Amigo Serra,
    O seu comentário está ao nível do despudor do acto.

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  3. Normalmente nos comentários que faço tento perceber mais o que se passa do que o que gostaría que se passasse.
    O despudor que refere serve tanto para perceber a sua lógica como a reação da maioria que se expressou. A conclusão que honestamente tenho é a que referi, porque é sempre possível ser-se beneficiário de momentos mais emotivos, mas no caso não acho que tenha sido esse o propósito.
    E quando, este agnóstico, lhe recomenda os pais nossos e ave Marias é só para reforçar a ideia que tenho da indignação de muitos. De resto, trata-se de opiniões legítimas de cada um e do direito a livremente as expressarem, tal qual faço com a minha. E eu até o posso perceber e percebo, mas não sou obrigado a concordar com a sua visão e honestamente lha retribuí.
    Repare que tal qual o despudor do ato pode existir o despudor do comentário. E com nenhum deles me indigno, apenas aprecio, discuto e dou o meu parecer, sem preconceitos nem recriminações.

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  4. Malho, nesta madrasta terra o que nos reta é isto: tirar a venda.

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