27 de março de 2023

O Melodrama Socialista

Acto XXV – Sai & Fica

Enquanto o Pedro se diverte feliz no Reino das Maravilhas, qual borboleta saltitante de flor em flor, os (des)Socialistas representam, daqui a pouco, numa adega da terra, o próximo acto do seu melodrama intitulado “Sai & Fica”.



Este requentado melodrama é um folhetim de cenas da vida real que entrelaça intrigas e zangas de comadres num registo angustiante sem fim à vista; que há muito deixou de ser político (não interessava a ninguém a não ser aos próprios intérpretes), mas parece psicótico (com perda de ligação à realidade e alguns delírios). 

Daí se perceba a escolha de uma adega para a representação do próximo acto: é sempre melhor afogar as mágoas com bom vinho que a seco no divã do psiquiatra. Mas para que a coisa saia menos risível recomendo que bebam metade antes da representação e a outra metade depois.  

A Política é alta competição - mesmo a amadora. Não há papel mais tonto que (tentar) jogar um jogo de que se desconhece as regras. Quando criaturas com fome de celebridade se atiram para a arena pública sem saber quando avançar e quando parar, confundindo derrotas com vitórias (morais), ou afrontando regras sem poder para tal, o caminho para o desastre fica traçado. Uns merecem-no; outros nem tanto.

2 comentários:

  1. Amigo Malho, o Pedro vai saltitando de assunto em assunto sério, tentando resolver o resolúvel e se no meio de tantas dificuldades ele ainda consegue ser feliz, é um feito notável.
    Mas hoje o assunto é o PS ou o que sobra dele. E após visionar a conferência de imprensa na tal adega onde vinho não vi, nem coisa espirituosa que não fossem os argumentos e comunicado apresentados percebi que “o caminho para o desastre” já foi lançado há muito e não me parece que ali algo de pior possa surgir
    Note que o João Coelho já recorreu da decisão da CP e do secretariado para a distrital e aguardam pronúncia de lá. Pelo que se tal iniciativa tiver efeitos suspensivos, a bancada atual na AM, do PS, poderá continuar a intervir como representante do PS, se é que eu estou a ler bem as possibilidades regulamentares.
    É obvio que todo este episódio é pouco edificante e nenhuma vantagem traz aos intervenientes e visados. Mas é sintomático que toda a mais velha guarda atuante do PS e que foi eleita para a AM está contra esta decisão da retirada de confiança política ao líder de bancada pelos órgãos próprios do partido, cada vez mais estiolados dada a falta gritante de militantes atuantes.
    Ora, não me parece, nem foi ouvido nos fóruns políticos, que as linhas programáticas socialistas tivessem sido adulteradas ou mal seguidas por estes elementos da AM. Antes sim houve um mal estar entre grupos internos em que os que tinham as armas decisórias partidárias as utilizaram para afastar o líder do outro grupo que, por talvez ter sido algo prepotente, acabou chamuscando todos os outros, que se solidarizaram com o visado, resultando daí um imbróglio jeitoso e de desfecho imprevisível, exceto na vergonheira e no vexame de chegar à praça pública, não uma dissensão partidária, que pode ser normal, mas sim a incapacidade e insensatez de não terem resolvido o assunto internamente.
    O meu amigo é propositadamente ambíguo quanto ao alvo das suas críticas, não ficando claro se é o João Coelho se o Joel, parecendo-me que até se refere a ambos.
    Note que no melhor dos mundos nada disto se passaria, as pessoas seriam todas assertivas e eficazes, as fações afagar-se-iam e até o Pedro só faria coisas importantes e pleni-funcionais e Pombal seria o concelho maravilha onde nem a felicidade teria de ser procurada porque era distribuída gratuita e naturalmente a toda a gente.
    Estamos porem no mundo imperfeito que nos calhou, com os problemas e as gentes que temos e com os acontecimentos irregulares e por vezes tristes que gostaríamos de poder evitar, mas que é aquele em que vivemos.
    A Política e os políticos, os que restam, vão fazendo o melhor que sabem e podem, dentro das suas possibilidades, limitações e digladiações, na condução e representação dos interesses públicos. E agora, estamos só perante mais um caso político que só o tempo irá resolver, e esperemos, que bem.
    Afinal são cada vez menos os que se disponibilizam para os cargos públicos, por isso é bom que todos consigam encontrar o caminho mais pacífico e que se deixem de gastar as energias necessárias a esse combate coletivo em querelas e faltas de senso que só prejudicam o concelho.
    A democracia precisa dos partidos e do debate de ideias, e o PS, mesmo fragilizado continua a fazer falta ao ramalhete, e por isso faço votos para que se saibam entender para que a normalidade volta ao nosso seio político.

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  2. Amigo Serra, olhe: entre os que correm atrás da felicidade e os que fazem figuras tristes venha o diabo e escolha, ou Deus Nosso Senhor os ampare.
    A queixa para o Conselho de Jurisdição é só mais uma tontice, de quem há muito perdeu o norte político.
    Isto entrou em deriva; agora tem que bater.

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