Não restam já dúvidas de que neste mandato autárquico a Assembleia Municipal foi salva por Paulo Mota Pinto: um (verdadeiro) democrata, ciente das responsabilidades do cargo, um homem muito acima da pequenez reinante naquelas bancadas. Esta era a ocasião perfeita para muitos aprenderem como se faz. Só que, para isso, é preciso alguma humildade.
Ora, na última reunião, Mota Pinto teve de abandonar os trabalhos antes do fim, deixando o lugar entregue a João Coucelo, o omnipresente membro do PSD que tão depressa aponta os nomes de quem fala como salta para a bancada com retóricas sobre tudo e mais alguma coisa. Coucelo já foi, por mais do que uma vez, presidente da AM em exercício. Mas divide com Pedro Pimpão essa apetência para ficar em cima do muro, e por isso nunca subiu o degrau seguinte. Em momentos como o da última Assembleia, percebe-se porquê. Quis dar uma de democrata-mor e aceitou aquela trapalhada da recomendação-e-proposta da bancada do PS. Mas logo a seguir apressou-se a dar o exemplo, não só votando contra, como usando de uma declaração de voto "extemporaneamente" como o próprio admitiu.
Estas peneiras não se levam a mal doutor Coucelo. Mas também não podem levar-se a bem.
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