17 de dezembro de 2023

Os negócios da “Junta”

Tenho por aqui afirmado regularmente que não temos um verdadeiro executivo municipal mas uma simples “Junta” - sem presidente de “junta”! Mas com o passar do tempo, tenho que reconhecer que a comparação é injusta para os executivos e os presidentes de junta. Na verdade, a trupe que está na câmara está mais próxima do típico “Grupo de Finalistas”, que informalmente organiza uns convívios e umas viagens, que de uma verdadeira junta.



Organizam festas sem orçamento. Não se preocupam com a despesa e muito menos com a receita. Não prestam contas porque não são de contas, só de festas. 

Contratam serviços mas não exigem nem cumprem. Ninguém os respeita nem se dão muito ao respeito. O fornecedor da iluminação deste Natal deixou-os com as calças na mão. Mas com o anterior a coisa poderia ter sido muito pior…

Agora, fizeram um negócio de milhões, aquisição dos terrenos para o dito Parque Verde, e fizeram-no aprovar na AM. Mas logo de seguida tiveram que o desfazer/emendar porque foi tudo feito em cima do joelho. Parte dos terrenos estava arrendada e o arrendatário tem direito de preferência, que exerceu. Mas o caso, não vai ficar por aqui. O dotor Navega, responsável maior por esta enorme trapalhada, informou que vai ser preciso fazer uma permuta com o outro adquirente, para arranjar terreno que permita melhorar os acessos.

A trapalhada segue dentro de momentos. 

3 comentários:

  1. Amigo Malho, sobre a primeira parte do post trata-se de uma visão e opinião pessoal que não comento. De facto desde o princípio que tem afirmado isso. O que não quer dizer que esteja certo mas também não quer dizer que os visados não tenham as suas lacunas, como é próprio do ser humano.
    As festas têm orçamento e são informadas do seu custo após o balanço final, sempre após a exigência e voracidade antecipativa dos que estão sempre a criticar e não têm de nada fazer sobre o assunto.
    Do que me apercebo nos concelhos vizinhos, nada de extraordinário por Pombal se faz, embora não possamos nem devamos ficar atrás deles, por inoperância executiva, e por isso alguma coisa de tem de decidir e gastar, obviamente.
    E faz-se e gasta-se. E, para se fazer, dentro das regras, tem de se lançar concursos públicos ou convites a várias empresas, tudo com prazos alargados de contratação, reclamação e decisão que, no caso de desfecho final indesejado, não deixa qualquer margem de resolução atempada e eficaz.
    O andamento dos negócios públicos sofrem todos do mesmo mal: lentidão processual e resolução de conflitos remetidos para as calendas. Assim, aos decisores, após decisão e adjudicação só lhes resta levantar as mãos para o céu e pedir à providência que a parte que não dominam, a da execução, corra bem. E quando não corre é um deus nos acuda e a prata da casa a salvar o possível.
    Nada sei, ainda, sobre direitos de preferência de rendeiros por terrenos adquiridos por milhões.
    Mas dessa situação retiro uma conclusão. Então um negócio milionário, perdulário, a preços escandalosos e no fim, vai-se a ver e alguém, com poder para isso, exerce preferência? Então em que ficamos, preço escandaloso ou preço de mercado apetecível que até motiva exercícios de preferência de outrem?
    Pois é, há que comentar com ponderação e justiça para todos, porque nem os da camara foram burros nem o proprietário foi ladrão… houve uma justa negociação que agradou a todas as partes, como mandam as regras da boa e justa negociação…
    Sobre os subsequentes acontecimentos todos sabemos que na vida nada é absoluto e por isso, na relatividade e aleatoridade da sua evolução temos sempre de ir ajustando e corrigindo a rota.
    Talvez o Navega, ao invés do relapso e cego orientador, até saiba ir navegando pelas rotas possíveis e mais recomendáveis ao terminus desta viagem.
    Com consideração e amizade, um feliz natal para si e todos os leitores.🌲

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  2. Amigo Serra, antes de mais quero dizer-lhe que gostei da sua prosa – apreciei o esforço, e a mensagem subliminar.
    Para introduzir a minha resposta recorro à minha avó, que, na sua simplicidade, explicava quase tudo com “anda meio mundo a tentar enganar a outra metade”. Na outra metade há os que são difíceis de enganar e os incautos. O segredo do sucesso da primeira metade está simplesmente na capacidade de identificar os incautos. Acrescento, para evitar juízos mal-intencionados, que considero os incautos dignos de todo o respeito. Mas pouco indicados para certos papéis.
    Sobre o “negócio milionário, perdulário, a preços escandalosos e no fim, vai-se a ver e alguém, com poder para isso, exerce preferência? Então em que ficamos, preço escandaloso ou preço de mercado apetecível que até motiva exercícios de preferência de outrem?”: esperava esta réplica do dotor Pimpão, mas não de uma pessoa com a experiência de vida e de negócios do meu amigo.
    Primeiro, porque ficámos a saber, na penúltima AM, que os terrenos não têm a mesma classificação, os números não são todos rústicos, há um número que é urbano. E depreende-se que o arrendatário exerceu o direito de preferência sobre o prédio urbano, incomparavelmente mais valioso. Depois, como sabe, o custo de oportunidade para o arrendatário, que precisa do prédio para manter e desenvolver o seu negócio, é incomparavelmente diferente do que deveria ser para o município, que tem múltiplas alternativas para o fim em vista e até na sua posse.
    Boas Festas, e bons comentários.

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  3. O povo na hora de ir colocar o VOTO se estivesse informada ou interessada a informar-se poderia dar algum destaque a toda a informação e chamadas de atenção dadas aqui nesta nobre "casa" digital. O que me faz parecer de tudo isto é que o povo de Pombal está embebido no espírito do "deixa andar" que o dinheiro não é meu. O grande problema desta gente é a falta de cultura do bem comum. O dinheiro que os nossos autarcas gerem desta forma leviana é o dinheiro dos nossos impostos, fruto do nosso trabalho. O povo de Pombal que saber é de #festasebolos e o resto não interessa para nada. O actual Executivo só faz o que o povo solicita, para a sua felicidade. Sigaaaa.

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