19 de dezembro de 2023

Um número de contorcionismo

No mandato anterior, as reuniões dos órgãos municipais foram, várias vezes, classificadas como touradas, pelos próprios eleitos. Neste mandato, é um circo insípido, sem arrojo e sem graça, onde, de vez em quando, um malabarista ou um equilibrista voluntarista arrisca um número.

Na última reunião da AM, coube ao dotor Henrique a representação de um número de contorcionismo sobre o malfadado negócio dos terrenos para o Parque Verde. Começou por dizer que, se tivesse participado na reunião anterior, teria votado contra a aquisição dos terrenos, porque, disse ele, nunca compreendeu o fetiche da aquisição daqueles terrenos para aquele fim em concreto. Mas logo rematou que iria votar favoravelmente o novo negócio porque a diferença de preço (de 1.800.000 € para 1.200.000 €), com a dispensa dos artigos em causa, para aquele fim (Parque Verde) o deixava completamente confortável. 

Ficámos a saber que o dotor Henrique não aprecia fetiches caros. Mas aprecia fetiches modestos, de 1.200.000 €! Já o dotor Siopa (& C.ª) prefere os grandes fetiches, que, segundo ele, não têm preço, ou daqui a cem anos ninguém se vai lembrar do preço.



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