24 de janeiro de 2011

A meia vitória

Pombal ainda é o que era. A maioria não vota, e quando vota é como ontem. É esta, afinal, a "terra da meia vaca", como escreveu Maria Luís Brites. Se isto é apenas um meio país, a mim o que me espanta é tanto interesse em falar aos jovens, pelos jovens e dos jovens. Sim, esses mesmo, os que se licenciaram para o desemprego e para os recibos verdes. Assim se percebe que nem sequer tenha havido festa.

5 comentários:

  1. Sofia,

    O comentárario do, o insuspeito António Barreto, no Público, diz muito a respeito. Diagnósticos, estão feitos. Soluções? Só quando o povo português for obrigado a acordar da letargia a que esta democracia, pouco ou nada participada, o continua a conduzir por meio de políticos que se apuram nas manobras de bastidores, mas fogem da transparência e do debate público, com medo que o povo descubra quando "o Rei Vai Nu".

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  2. Bom dia!
    Para quê transparência se eu estou tão bem assim?

    A arma do Povo é o voto! porque não abdicamos dele como se de uma manifestação pacífica se tratasse? têm de haver é uma mobilização geral para ver se os gajos têm vergonha.

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  3. Talvez os 71% que poderiam festejar não estivessem assim tão convictos de que houvesse motivo! ;)

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  4. Há razões históricas para os portugueses serem assim. Não podemos lutar contra os nossos genes e eles sempre foram o que são hoje. Desenrascados mas incapazes de ordem. Como um todo, só funcionam à volta deificada de um Suserano condutor que, com a lábia suficiente, nos levará aos píncaros da glória ou à mais abjecta das sarjetas. Individualmente lá vão escapando alguns, mas longe, de preferência muito longe, da Terra Pátria...

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  5. Eu diria que esses 15491 cidadãos (é um problema grave que tenho com as percentagens...dão a ideia de uma dimensão que não se digere facilmente)não estavam mesmo convictos de que há motivos para festejos. Alguém vê motivos para festejos? Tanto os que votaram Cavaco como os que o não fizeram? Festejar a falta de alternativas, os discursos repisados, a falta de credibilidade, o afastamento das pessoas dos destinos políticos do pais, o sentimento de que "não vale a pena", o casos pouco o nada esclarecidos, a vigência do "eu". Festejar porque já só faltam 5 anos para mudar de PR? Se calhar é isso, ainda este não tomou posse do segundo mandato e já se especula quem será candidato em 2016. Quem diz que nós não pensamos no futuro anda bem enganadinho, se calhar não pensámos no passado o suficiente para aprender com os erros cometidos, e com as dificuldades. Basicamente os problemas vão sendo sempre os mesmos, remendados, e posteriormente agravados.
    Não tenho experiência de vida suficiente para fazer uma análise destes aspectos com base na vivência, apenas o posso fazer tendo em conta o que vou lendo, mas não me parece que esteja a tecer um comentário errado. Se assim for, corrijam-me, com argumentos válidos.
    Até porque temos aqui um espaço muito bom para promover a troca de ideias e experiências.

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