11 de março de 2011

Na agenda

Neste deserto de ideias para o património e para a História há, contudo, alguns oásis que valem a pena ser mencionados. E um dos oásis tem a ver com as comemorações da Guerra Peninsular e da Batalha da Redinha, como o Adérito já mencionou, evento esse que foi ganhando mais dinâmica e abrangência, fruto de um conjunto de parcerias bem pensadas. Este ano é de Bicentenário e o programa, sem ser faustoso é adequado: desde exposição (itinerante, o que é coisa bem pensada) à feira oitocentista, passando pela recriação da batalha, desfile militar e um momento musical com hinos tocados pela Filarmónica. Fica a nota para o fim-de-semana (para aqueles que forem à manif - o ora signatário não vai -, lembro que o programa é de dois dias).

10 comentários:

  1. Eu vou: http://www.aventar.eu/2011/03/10/tudo-o-que-quer-saber-sobre-as-manifestacoes-de-12-de-marco-e-nao-tem-vergonha-de-perguntar/

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  2. Depois de ler o link, mais firme fico em não ir. Agora pode ser claro o objectivo, mas permitiu-se que se germinasse a confusão e falta de transparência à volta disto. Ironicamente duas das coisas que tanto se critica à classe política. E a maioria irá pelo manifesto dos 30 pontos, um absoluto manifesto à demagogia. Compreendo quem queira ir para rua manifestar-se, mas entendo, no meu caso, que faltam propostas concretas (empregabilidade, empreendedorismo e arrendamento seriam os meus pilares) e acho que nesta fase mais que mostrar que se domina a rua é mostrar a quem está "lá" que se identifica e se tem soluções para os problemas. Curiosamente muitos serão aqueles que se manifestarão e que se recusam a participar civicamente seja no que for, de partidos a associações ou até na actividade profissional. Poderei soar injusto, mas em horas de grande dificuldade mais que com barulho é com soluções que podemos dar a volta a isto.

    Mas isto é cada um com a sua opinião, que se pensássemos todos da mesma era bem pior.

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  3. Leia-se o "agora pode ser claro" por "agora tenta clarificar-se"

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  4. Alvim,

    Eu vou estar na manifestação à tarde e no jantar dos 90 anos do PCP à noite. Tal como eu, muitos dos que se manifestam também estão envolvidos activamente em associações cívicas e culturais, fazem voluntariado, participam em vários foruns de discussão pública, seja no seio dos partidos ou fora deles.

    Pela forma como a manifestação foi convocada, é óbvio que o espaço para o aparecimento de contradições é mais do que muito. Mas, pesando os prós e os contras, o saldo é claramente positivo.

    As manifestações nunca são um fim e eu espero que esta seja um início, um grito de revolta potenciador de grande dinamismo. De facto, muitos dos filhos e netos do 25 de Abril têm pouca consciência política. Mas quem pode criticar alguém que não se reveja na forma como os partidos têm funcionado? Eu adorava ver o jantar do PCP cheio de caras novas. Mas de quem será a culpa por eles não aparecerem?

    Acusamos sistematicamente os "jovens" (detesto utilizar esta palavra) de serem amorfos. Agora que tomam uma iniciativa, acusamo-los de não agirem dentro dos cânones. Mas é precisamente essa obcessão pelo canónico que tem vindo a condenar a nossa sociedade.

    Ideias concretas? Achas que a rapaziada nova não as têm? Claro que tem! A questão é que essas ideias nunca são tidas em conta se não forem enquadradas institucionalmente.

    O que eu espero desta geração é que seja inventiva, criativa, tenha energia e acredite no futuro do nosso país. E esta manifestação é uma prova disso mesmo.

    Abraço,
    Adérito

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  5. Adérito

    Não concordo com o afunilamento nesta geração. São várias que estão entaladas, à rasca, lixadas, etc... Não vejo isto como um protesto jovem ou menos jovens e sobretudo acho que há muito boas ideias independentemente da idade. Não acho é que haja empreendedorismo nem vontade de ter uma relação saudável com o Estado, mas aqui também entramos em campos ideológicos.

    Acho que qualquer ideia pode ser recebida, seja ou não enquadrada institucionalmente e temos exemplos por aí, mas muitas vezes, os destinatários, independentemente da idade, recebem-nas com hostilidade porque afrontam quintinhas e interesses instalados. Mas neste momento admito que queria ver ideias concretos para além do grito.

    Posso até ser só eu, e posso até estar a respigar (esta é homenagem ao nosso amigo Eng. RM) experiências passadas, mas independentemente da idade vejo muita gente que quando sente que os direitos que entende como privilégios estão ameaçados, reage mal.

    Não vejo esta manifestação como um exemplo de criatividade e de energia. Vejo-o como uma saída mais fácil mas legítima, claro. Porque se continua a dizer o que se quer ouvir e não o que se tem de ouvir: porque não há mercado ou lugar para tanto licenciado em Direito, em Antropologia, em Relações Internacionais, etc. Porque o Mestrado e o Doutoramento são necessários para garantir a criatividade e a produção intelectual e não para a fuga ao mercado de trabalho. Que os cursos profissionais são dignos e necessários. E sobretudo que as pessoas não se devem medir pelo que têm e aparentam, mas pelas capacidades que têm. Neste particular são várias as gerações que têm de enfrentar os seus pecados ao mesmo tempo que enfrentam os dos outros.

    Quando ouvi a música dos Deolinda pela primeira vez, chamei-lhe "hino". Porque ouvi uma descrição crua, crítica e auto-crítica. Infelizmente para mim, a maioria ouviu uma música que punha a culpa apenas nos outros. Eu acho que a culpa está em todos, incluindo em mim, que posso produzir mais, trabalhar melhor e que não devo ter medo da mudança e da mobilidade. E que devo lutar por um país melhor numa Europa melhor. Entendo que o posso fazer sem esta manifestação. Se estiver enganado, e ao contrário do PR, óptimo. Se não, a luta continua, em vários planos, por vários braços.

    Abraço, Camarada

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  6. Posso estar a fazer um juízo precipitado mas, parece-me, que o que está a acontecer, hoje, em Lisboa é o 1.º de maio de 1974, que eu vivi, mas expurgado de políticos comprometidos com Partidos.
    Será bom? Será mau? Vamos esperar para ver. Parece-me que, contudo, alguma coisa mudará necessariamente. A Sra Merkel que se cuide. Os jovens portugueses (o Povo Português de uma maneira geral) podem ser, e são, muito mais educados e pacíficos que as juventudes a que o País dela nos habituou. E não refiro este item, só historicamente! Para bom entendedor meia palavra...
    Saudações.

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  7. Amigos e companheiros João Alvim, Adérito Araújo e Maia de Carvalho, boa noite.
    Porra!
    Permitam-me usar este impropério, pequenino mas que não deixa de ser um impropério.
    Li, atentamente, os vossos escritos e não percebi nada.
    Incapacidade minha, está visto.
    Mas fico contente por a nossa juventude pensar pela sua cabeça e não ser uma qualquer Juventude Hitleriana.
    Mas voltando ao post.
    Os três perderam uma autêntica aula de História, ontem à noite, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Pombal.
    O orador… cinco estrelas. Sabia do que falava e sabia ser e estar.
    Hoje, o João Alvim perdeu uma boa discussão, em Leiria, organizada pela ANAFRE.
    Não entendo por que é que só lá estavam presentes duas freguesias do Concelho de Pombal.
    Mas voltando aos três, que não entendi.
    Perderam, hoje, uma boa jornada nas Meirinhas, mais precisamente no Colégio João de Barros, numa corrida solidária “corre por uma causa” com a participação da Atleta Rosa Mota.
    Mas que raio de vida a minha que ando sempre a remar contra a maré.
    Até amanhã, camaradas.

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  8. Remar contra a maré, engenheiro? Essa agora não percebi. E eu a pensar que o meu amigo é que tem sabido aproveitar a onda...

    Abraço,
    Adérito

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  9. Eng.

    Sobre a nossa "conversa" nem a estratégia nem a táctica ditam que faz grande sentido disparar granadas de fumo. Mas adiante que, felizmente, todos pensam pela própria cabeça e em 2013, seguramente que estarão mais à vontade para mostrar isso mesmo.

    Sobre os eventos, o importante não é apenas ter em conta o que é importante quando a poeira assenta, mas também conta saber-se quando é que alguns deles se realizam.

    Abraço

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  10. O Eng. relativo SOCRAS, esticou a corda com esta coisa absurda de mais um PEC, anda a brincar com o Zé. Ainda vamos ter eleições legislativas antes do verão. Em principio irei votar PPC,depois quero ver a social Democracia a funcionar. Estou farto do Neo-Liberalismo Socratico.

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