2 de março de 2011

Sugestão

Afinal, a notícia de que Pombal iria devolver 0,5% do IRS aos munícipes não correspondia à verdade, mas factualmente também não podia ser assim, já que na AM competente não houve essa decisão em relação a 2010 e eventual decisão para o IRS de 2011 só em Setembro. Mas que seria uma excelente opção seria esta de "devolver" aos contribuintes parte do dinheiro que durante o ano adiantam ao Estado. Dir-me-ão que em época de crise todos devem ajudar. E respondo que em época de crise, todos também têm o direito de se revoltar quando se percebe que o parte mais importante da balança é a receita, em vez de ser o equilíbrio entre esta e a despesa. Cá em Pombal ou lá na capital. Fica a sugestão.

3 comentários:

  1. Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
    Tu vais-me perdoar, estou certo disso, mas vou pedir ao nosso amigo e companheiro SG que te explique direitinho como é que essa coisa funciona.
    E, a funcionar, funciona sempre a favor do nosso (des) Governo e a desfavor do indefeso cidadão.
    Choro lágrimas sentidas.

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  2. Caro Eng. Rodrigues Marques, estou certo que o João tem consciência disso.Trocarei algumas palavras com ele nesse sentido. A questão foi levantada na última AM, e mal, pela bancada do PS. Peguem num exemplo: 2 familias, uma em que os rendimentos do casal são 4.000 euros brutos e outra em que os rendimentos brutos sejam de 970 euros (2 salários mínimos). Não tenho dúvida que a familia de maiores rendimentos receberá um valor de IRS muito maior do que a familia de rendimentos mais baixos. Esta medida beneficia quem paga IRS. As familias e os cidadãos de menores rendimentos em nada beneficiam com a medida. Precisam-se de politicas mais socias e mais justas. Esta não me parece que o seja, mas...

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  3. A família com menos rendimentos poderá pagar menos (ou nada) em sede de IRS. Esta medida não apoiando quem ganha menos (mas nunca o apoiaria) pode apoiar quem ganha assim-assim. E obviamente que pode apoiar quem ganha mais. A Lei também podia ter um tecto mas não tem. Paciência. Trabalhemos com o que há. E a desculpa do executivo tem sido sempre a mesma: não reduzimos porque beneficiamos quem ganha mais, paga mais IRS e obviamente tem um "desconto" maior. Pruridos sociais que eu continuo sem entender, tanto que repito, quem ganha menos não é em nada prejudicado. Para mais, se a taxa de IRS é progressiva (quanto mais se ganha, mais se paga) e este abatimento proporcional, o benefício não é dado de igual forma a todos. No fundo, a questão é simples: no meu quintal não se mexe e usamos a dita preocupação social para justificar isso.

    Por fim, quase 1/3 das Autarquias mexe no "seu" IRS. Estarão todas elas, de vários espectros, erradas?

    Também concordo com políticas sociais justas: aqui e em Lisboa. Infelizmente a que mais vejo em prática é a máxima do "se não cuido do meu amigo, quem cuida?".

    PS: Engenheiro, eu guardava as lágrimas sentidas para daqui a uns meses. Mas isso sou eu que sou um mau-feitio.

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