10 de junho de 2012

No euro/futebol


Portugal começou a perder. Espero que perca mais jogos.
Estou cansado de ouvir jornalistas idiotas a falar e a escrever sobre futebol, dizendo que temos o melhor jogador do mundo, como se fosse verdade e como se isso bastasse para ganharmos. Parece que se esquecem que existe Messi…
O CR faz-lhes a vontade: mostra-se obcecado em mostrar que é o melhor do mundo, olha frequentemente para os écrans gigantes para ver se está a ser filmado, estraga o jogo da equipa, marca todos os livres, mesmo os de posições mais favoráveis a outros colegas de equipa, não ajuda os colegas a defender, quer fazer tudo sozinho no ataque e não vê que Nani é melhor que ele.
O treinador nada diz e não toca no “craque”; não lhe explica que para ser o melhor tem saber sê-lo. Por lado, convocou o Hélder Postiga e o Hugo Almeida, que pouco domínio de bola e pouca capacidade física têm e pouco jogam com a equipa. É o peso do nome e do passado dos jogadores a valer, como se o nome jogasse no presente. Fez-me recordar o Sporting até ao penúltimo ano a contractar “velhos” que já só jogavam com o nome.
O treinador apenas deu alguma esperança ao fazer entrar Silvestre Varela…
Para acabar com as vaidades, o que eu quero é que Portugal perca no euro/futebol, que pense em coisas mais sérias e que faça mais um esforço para levantar a economia.

12 comentários:

  1. Ai, credo Nossa Senhora da Boa Morte.
    O meu amigo e companheiro José Gomes Fernandes entontou de vez.
    Valha-nos Deus.
    Mas não deixa de ter razão quanto ao arranque da economia real.
    Aquela que produz valor acrescentado.
    Aquela que produz riqueza para distribuir.
    Se não se produzir riqueza não há nada para distribuir e muito menos para pagar as dívidas que o Estado assumiu.
    Valha-nos Deus, outra vez.

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  2. Caro José Gomes Fernandes,

    Quando era estudante em Pombal, na altura em que as férias eram mesmo grandes, fui durante quatro verões trabalhar para Bruxelas no café do nosso conterrâneo Luís Lisboa, natural do lugar da Estrada. Excluindo os bailes do Bodo, esse foi o meu primeiro contacto directo com a emigração portuguesa. Depois disso, trabalhei em França no ano de 1990 e em Espanha por pequenos períodos entre 1993 e 1998.

    O que te quero dizer com isto é o seguinte: quanto mais não seja pelos nossos emigrantes, para quem as vitórias da selecção têm (ou, pelo menos, tinham) uma importância particular, quero que a malta arreie forte e feio em dinamarqueses e holandeses, russos ou gregos, e em todos os demais que apanharmos pelo caminho.

    Mas também espero que os nossos atletas olímpicos ganhem muitas medalhas, também torço para que os nossos melhores cientistas tenham enorme sucesso no estrangeiro (como já acontece) e também fico contente quando vejo as nossas empresas assumirem papel de destaque na economia global. Principalmente aquelas que aplicam os lucros no nosso país e não as que, cobardemente, fogem com a massa para paraísos fiscais. Essas últimas incomodam-me bem mais que os falhanços do Pepe e do Cristiano Ronaldo.

    Abraço,
    Adérito

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  3. Bom dia!
    Caríssimo JGF.
    O seu lamento não está desajustado da realidade, movimentos de capitais ao livre arbítrio de cada um, daí as vaidades.

    Também é verdade que o futebol arrasta massas, melhora o ego daquelas que partiram à procura dum meio de vida melhor e aprofunda os laços da portugalidade. Em França, o jogo de Portugal, foi visto por 6 milhões: Luanda, Maputo de entre outras cidades pararam para ver e vibrar com Portugal a jogar.

    No futebol temos um Estado, (UEFA), dentro dos Próprios Estados europeus que deixa as leis do mercado capitalista funcionarem a sem rei nem Lei, não estabelece regras de comercialização uma vez que os dirigentes políticos dos Estados europeus não têm capacidade de diálogo para imporem, as regras, daí as exorbitâncias pagas por transferências de jogadores que mais não são que uma provocação aos pobres e cuja origem de capitais é muitas vezes desconhecida.

    Anda, o Estado (UEFA) acaba de dar aos Estados Europeus um entretenimento, ou elixir dos pobres, para nos manter as mentes ocupadas durante largos meses, discutindo os golos falhados, os melhores golos e os erros dos árbitros, alguns decisivos no desfecho dos jogos. Com este evento todos os povos esquecem os seus verdadeiros problemas, a austeridade a que estão sujeitos e a realidade dos seus Países. A probabilidade de contestação social diminui em substancialmente em toda a Europa.

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  4. Caro amigo Rodrigues Marques.
    Também eu tenho de "entontar".
    Caro amigo Adérito Araújo.
    Também partilho algumas opiniões de Karl Max, nomeadamente a de que “a religião é o ópio do povo". Porém, acrescento: o futebol é a nova religião das "massas".
    Numa perspectiva antropológica, parece-me que a prática do desporto de competição e, concretamente, do futebol é a evolução dos actos de caça, de conquista territorial e de acasalamento.
    Os atletas vencedores, concretamente os ditos melhores jogadores de futebol, são os líderes da "macacada" dos tempos de hoje. São os ídolos de velhos e jovens. São os novos deuses dos tempos que correm, mesmo que não tenham todos os neurónios a funcionar bem.
    Como já disse e repito, sou anti-herói e sou contra os unanimismos. Considero-me realista.
    É num momento em que todos estão “obrigados” a gostar, a ver e a defender o futebol que eu manifesto opinião diversa.
    O que eu pretendo é que Portugal perca em futebol, que assente os pés na terra e que ganhe em organização e força económica...

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  5. Bom dia!
    Pois é, esse é o problema, com os pés bem assentes na terra não se joga a bola, apenas se faz correr a bola e o ópio não se liberta!

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  6. Nestes tempos difíceis por que passamos, o futebol pode dar-nos algum ânimo e lembrar-nos que ainda temos orgulho em ser Portugueses. Para quem vive longe de Portugal o futebol tem uma importância ainda maior, porque é a melhor referência com que todos se identificam e uma ligação ao País.
    O Cristiano Ronaldo é um Grande jogador, tem o direito de falhar como qualquer outro. O Eusébio, o Pélé, o Maradona também falharam. O Messi falhou um penalti que valia a presença na Final da Liga dos Campeões, ninguém o criticou. O Robben falhou um penalti que garantia o titulo de Campeões Europeus à sua equipa, ninguém o criticou. Quanto a ser vaidoso, acho que tem razões para isso, foram poucos a ganhar o que ele já ganhou.
    Que Portugal ganhe e vá longe neste Europeu, para que por uns instantes, nos esqueçamos da tragédia em que os políticos nos meteram.

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  7. Bom dia!
    Acabo de ter uma notícia preocupante; Hoje, Domingo , cerca do meio dia, todas as direcções dos bancos centrais das principais economias do mundo, Japão. China, Brasil, BCE, Canadá, EUA, Alemanha, Índia e Reino Unido, vão estar reunidos.
    O que significa tal atitude?
    1º a preocupação, o quão incrédulos estão os responsáveis pela crise quanto ao desenrolar dos acontecimentos políticos na EUROPA, nomeadamente as eleições Gregas e as legislativas em França cujas sondagens pendem para Sarkozy.

    2º que estes Senhores já têm dados mais que suficientes quanto ao desenvolvimento Grego, fica tudo na mesma, sem governo, um País à deriva.

    3º O futebol foi o ópio do povo que ocupou as suas mentes na discussão dos melhores e dos piores lances, esquecendo toda a opressão económica a que estão sujeitos. Os responsáveis por tudo isto, tomaram consciência da extensão do problema sócio o político que pode encaminhar-se para tumultos sociais na Grécia resultando daí um conflito com projecção para o resto da Europa.

    4º A acontecer em França uma vitória para o partido de Sarkozy, segundo as sondagens, pode agravar ainda mais a instabilidade na Europa.

    5º esta reunião de emergência, na minha opinião, visa fazer contas e ver se ainda é possível salvar o EURO, esquecendo a GRÉCIA, uma vez que se tal acontecer será o colapso económico de toda a EUROPA onde reinará a discórdia, o oportunismo, a fome e miséria.

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  8. Amigo e companheiro José Gomes Fernandes, por favor, revê a tua posição.
    Com saudações desportivas, sou
    Rodrigues Marques

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  9. Caro Boss
    Hoje, domingo, Portugal ganhou à Holanda. Em futebol, claro. de resto não lhe ganha em mais coisa alguma.
    Neste momento, alguns pombalense circulam felizes pela cidade, de carro a buzinar e a pé a cantar "olé olé". Não sei o que é que eles ganharam, mas parece que a (crescente) crise económica acabou e que tudo está bem...
    Caro Paulo Silva, lendo o Vosso comentário, lembrei-me de um comentário de um economista chinês que explicava a crise da Europa, por diversas causas, dizendo que o futebol era uma das causas... Não é por acaso que agora são os chineses que mandam na economia mundial...

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  10. Boa tarde!

    Caro JGF
    Trata-se da trilogia de SALAZAR: Fátima, Futebol e Fado em substituição da trilogia DEUS, PÁTRIA e FAMÍLIA.

    O Futebol é o elixir dos Pobres, pobres mas alegres, valha-nos a Santa Alegria, Santa porque nunca fez mal a ninguém, nem mesmo em demasiada, eventualmente fará mal a quem a goza!

    Quanto à economia chinesa, bem, um economista chinês disse há bem pouco tempo que os europeus fizeram tantas contas, tantas contas que acabaram por bater com a cabeça numa parede. Ele esqueceu-se de dizer que os chineses se alimentam com meia dúzia de vagos de arroz e, provavelmente, o futebol até é bom para os europeus, festejam tanto que até se esquecem de comer, logo emagrecem e ficam menos obesos, não necessitando de medicação.

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  11. Boas,

    O levantar do ânimo é bom e o jogo do pontapé na bola ajuda e de que maneira. Os problemas provocados pelos que provocaram a crise precisam de ser esquecidos por breves momentos, pois as pessoas sem algum tipo de alivio deprimem ainda mais e, com elas, a sociedade.
    Eu compreendo e reconheço a ENORME importância que o futebol da selecção representa por esse mundo fora. Nenhuma dúvida.

    O que retenho do artigo é que a intoxicação das TVs sobre o pontapé na bola também cansa e que a necessidade do Zé em idoletrar (Ronaldo neste caso) não é algo em que me reveja.

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