A guerra, a violência, a perseguição,
a falta de liberdade e a pobreza, isolada ou conjuntamente, fazem fugir ou migrar
os povos das suas casas e das suas terras para outros locais.
Quando as culturas e os valores
de origem são diferentes dos do destino, ocorrem choques e tensões entre os povos
refugiados ou migrantes e os povos dos locais de acolhimento, o que dificulta a
integração. As soluções são defendidas e tratadas pelos vários membros das sociedades
de acolhimento em função das suas motivações económicas, sociais, políticas e religiosas,
de várias formas e sempre sem posições claras e inteligíveis.
Há os que recusam receber os que
chegam, por falta de solidariedade ou por temerem a violência e temerem perder ou
ver limitadas a sua identidade cultural e a sua liberdade em face da cultura
dos que chegam, os que defendem o apoio com condições, por pretenderem manter a
sua organização político social sem importar a violência, e os que defendem o
apoio sem condições, por pretenderem disso retirar dividendos políticos ou
económicos.
A solidariedade, enquanto componente
social do humanismo, é uma das pedras base da construção da sociedade moderna ocidental,
mas também o é a liberdade, enquanto primeira pedra. O apoio (a solidariedade) aos
refugiados não pode ser negado, mas também não deve deixar-se de exigir o comprometimento
e o respeito pela liberdade, pelos valores e pelas leis de acolhimento.
Depois de muito se falar emotiva ou demagogicamente sobre refugiados, é tempo de ponderação na busca de respostas adequadas às crescentes
migrações.
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