10 de janeiro de 2017

A não-notícia sobre o falso associativismo



Era suposto que o mandato dos órgãos sociais da Associação de Industriais do Concelho de Pombal (AICP) terminasse em Março próximo, mas a "notícia" divulgada pela Rádio Clube dá conta de novidades: João Matias e Rodrigues Marques foram (re)eleitos presidentes da direcção e da mesa da Assembleia Geral, respectivamente. Na "notícia" falta, no entanto, saber o essencial: quando é que aconteceu essa assembleia geral? Porque é que o mandato não chegou ao fim? Quem são os outros membros dos diversos órgãos sociais? 
No tempo em que as rádios e os jornais locais faziam perguntas, era certo que por esta altura uns e outros queriam saber várias coisas:
1. Quem são os industriais nesta associação?
2. É verdade que a vice-presidente se demitiu do cargo no ano passado? Porquê?
3. Desde quando é que a prestação de serviços é uma actividade industrial?
4. Qual é a principal actividade desta organização (onde ainda não houve tempo para publicar o comunicado replicado em forma de notícia pela 97 Fm, nem para actualizar os novos órgãos)?
Falta-nos (em Pombal) em indústria, em emprego e em valores o que nos sobra em xico-espertismo, numa altura em que se criou uma nova espécie - o dirigente profissional - que saltita entre as diversas associações, acometido de uma súbita vontade de servir o próximo. Ainda bem que "as listas foram compostas por um elevado número de pombalenses". Ficamos todos mais descansados.

8 comentários:

  1. O Eng.Marques deve gastar uma fortuna só em quotas de Associações a que pertence e das quais faz parte ou já fez parte dos corpos gerentes. Para quando a medalha de Ouro do Município ?

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  2. O post coloca, de facto, questões muito interessantes.
    Também outras se podem colocar, como por exemplo:
    Há alguma ligação entre a actividade desenvolvida pela Associação e as actividades desenvolvidas pelas empresas do seu presidente?
    Em algum momento houve actividade contratada ou realizada entre a Associação e tais empresas?
    Se sim, como e em que termos tal foi decidido pela Direcção da Associação?
    Em algum momento houve "transferência" de actividade que seria expectável que viesse a ser realizada pela Associação para entidades terceiras ligadas a membros da Direcção?
    Há alguma "promiscuidade" de funções de algum dos trabalhadores pagos pela Associação relativamente a empresas ligadas a membros da Direcção?
    Se a resposta a estas questões for negativa, não haverá necessidade de ter qualquer preocupação com o Artigo 224º do Código Penal que apenas refere:
    "Quem, tendo-lhe sido confiado, por lei ou por acto jurídico, o encargo de dispor de interesses patrimoniais alheios ou de os administrar ou fiscalizar, causar a esses interesses, intencionalmente e com grave violação dos deveres que lhe incumbem, prejuízo patrimonial importante é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa."

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  3. Que ele há coisas há. Cruzando informações da 97FM, com o Diário de Leiria, com as minhas conversas de rua e com o post anterior (muito bem feito, muita coisa dita nas entrelinhas) ainda se estranha e não se entranha mais.
    Primeiro a anterior vice presidente da AICP filha de um amigo (do primo, da tia do neto etc., etc.)vai para a ETAP onde o seu santo presidente aceita. Estranho...
    Depois eleições antecipadas. Depois o presidente (economia ou gestão de empresas do ISLA?) airoso moço que corre as associações todas (associativismo em elevado grau?)é eleito em representação de uma empresa, sedeada nas instalações da AICP, formada por 3 empresas CSIS Formação, FactorCubo Contabilidade e Gestão e PsiValor Núcleo de Intervenção e Saúde Mental, (esta última da esposa alegadamente bolseira). Esta empresa a InovValor Formação Estudos e Consultadoria(http://www.inovvalor.pt/#one) publicitada como tendo larga experiência em prestação de serviços em várias áreas distintas representa (e que ele há coisas há) a Direção de uma associação de INDUSTRIAIS! Ais é o que digo tão longe vai a desfaçatez. Curioso ainda que é o presidente do conselho fiscal na rádio é Henrique Menezes Falcão e no jornal é Carla Freitas.
    Pombal é um navio desgovernado de pequenos/grandes piratas, de casco e velas translúcidas, com palas para os marujos digo munícipes, que tudo pagam e nada percebem, tratados como se burros fossem. Uma empresa prestadora de serviços na direção de uma associação industrial??? Que ele há coisas há... e usando a ideia da Dra. Paula Sofia lanço um novo mote: Em Pombal o boçal Barba-azul habita de Norte a Sul!!! Irra, que já cansa tanta areia para os olhos.
    E naturalmente tudo ficará por aqui esquecido no porão do navio-pirata.

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    1. É um gosto ver escrever a Senhora Dona Ana P. do que sabe e conhece bem.
      Então conte lá ao Povinho como é que interagia com o Seu Presidente nas suas antigas funções. Primeiro como foi nomeada e depois como é que nomeava ou recrutava os demais.
      Talvez fiquemos todos a conhecer melhor o "navio-pirata" por dentro...

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    2. "Wise boy" Mr. Luís Afonso act your age and do not insist in so quite a bit errors! Once and for all you kick the bucket. Just talor-made words and don't watch so many movies, you fail in profiling. THE END

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  4. Numa semana em que Mário Soares partiu e em que, muito oportunamente, colocaram dois posts sobre o Homem e o seu grande legado - a liberdade - é lamentável a censura que é feita neste blogue.
    Dir-se-á que "bem prega Frei Tomás...".
    Percebe-se as promiscuidadezinhas que existem entre os administradores do blogue e alguns dos seus "comentadores" e os grandes zig-zagues nos "critérios editoriais", executados habilidosamente em função do fim em vista.
    Este, como muitos outros comentários, poderá não ser visto pelos leitores do blogue, mas constituirá, decerto, uma "farpa" às Vossas consciências.

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  5. Anónimo Luís Afonso,
    Os administradores deste blogue não são da sua índole; têm carácter e fazem tudo, para o demonstrarem em cada acto. Aqui as agendas são todas claras, ao contrario da sua, porque feitas por gente sem máscara e de cara lavada.
    Aqui, os comentários são publicados se respeitarem os critérios que vê sempre que escreve um comentário - leia-os novamente antes de escrever baboseiras - e quando os administradores têm disponibilidade para o fazer (não são profissionais).

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  6. As questões colocadas, no post e nos comentários, são pertinentes e apontam para eventuais irregularidades graves no funcionamento da AICP, que exigem respostas claras dos seus dirigentes - não podem remeter-se ao silêncio; a não ser que prefiram a dúvida, a suspeita.
    Os dirigentes da AICP têm a obrigação de administrar com zelo o património da entidade que dirigem ou fiscalizam; mas têm, também, o dever de o fazer com transparência, de prestar contas e informação aos sócios; e à comunidade em geral, porque beneficiam, e muito, de dinheiros públicos.

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