19 de janeiro de 2017

Viver no passado


Aqui há tempos um grupo de adolescentes reunido no Cardal (à espera do Pombus, esse bem-maior) olhava para a agenda do Município que ali se exibe e constatava, resignado: "Já viste que só fazem cenas de velhos, tudo no passado? Nunca há nada para o futuro...". Não me recordo se era o mercado medieval ou qualquer coisa do Marquês, pouco importa. Para quem escolheu viver aqui, às vezes é desolador, sim. Bem sei que a nossa população está envelhecida - e que ainda é essa que vota e decide tudo. Sei também que a sociedade civil quase não existe, mas também por isso mesmo o poder político (que aqui faz tudo, e que criou esse modo de vida) tinha obrigação de olhar o mundo - pelo menos o nosso - por outras perspectivas. 
Esta é a agenda do Município de Pombal para este fim-de-semana. Não nego importância à investigação, à escrita, à memória. Mas quando vivemos mergulhados no passado...é difícil ter futuro. Sobram a garra e o suor na pista de atletismo, para aliviar o bafio.

2 comentários:

  1. Se reparares bem ( 1927-1974 ) Estado novo...novamente D. Diogo manifesta umas profundas saudades do tempo do ESTADO NOVO. Ele deve sonhar com Salazar todas as noites...Ainda vai dispensar as actuais bonitas Vereadoras e convidar a Theodora e a Ferreira Leite para a futura lista á Camara de Pombal. O Bafio alastra-se.

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  2. Sem dúvida fazem falta eventos dedicados aos mais jovens de forma a incutir o bairrismo necessário à juventude. Comparar um grande Estadista com a democracia actual é desconhecer a história. Lembro o seguinte no ano de 1910 ocorreu o regicídio na qual estiveram subjacentes todas actividades políticas hilariantes que se preconizam nestes momentos; de 1914 a 1918 ocorreu a primeira guerra mundial, só estes dois factores somados equivale a dizer cofres vazios e País ingovernável, razão pela qual ninguém queria ser primeiro ministro. Não se pode distribuir riqueza se não a há

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