Realizou-se ontem a
última sessão da Assembleia Municipal (AM) deste mandato. Foi uma sessão
política, aproveitada pelos políticos que por lá ainda restam para balanço e
campanha eleitoral.
O presidente da
assembleia – Narciso Mota – despediu-se do cargo com mais desculpas que brilho.
Não conseguiu compatibilizar o exercício do cargo com o de candidato opositor.
Deveria ter renunciado ao cargo após o anúncio da candidatura.
O presidente da
câmara – Diogo Mateus – foi o que mais política fez na sessão e ao longo de
todo mandato; mal, vezes demais, para ele e para os outros. Conseguiu transformar
um passeio triunfal num calvário com final imprevisível. Mas fez correctamente o
balanço dos outros: uma oposição preguiçosa e cómoda, quando deveria ser mais
estudiosa, mais assertiva, mais rigorosa e trabalhadora.
A bancada do PS, por comodismo
e por não gostar de incomodar, por preguiça e falta de capacidade de trabalho,
nunca fez política - desperdiçou até factos políticos que provavelmente não
surgirão na próxima década. Foi uma bancada de gente em serviços mínimos e de
corpos presentes.
No CDS nunca existiu
bancada, só dois atiradores: Ricardo Ferreira e Henrique Falcão. O primeiro foi
uma surpresa: Jovem, astuto, preparado e com intento político em tudo que faz;
o segundo foi uma desilusão: acomodado e colaboracionista (os favores pagam-se),
limitou-se a dar uns tiros de pólvora seca. No entanto, na última intervenção mostrou
que, se quisesse, poderia ter feito um bom mandato: desmascarou as figuras que
se pavoneiam pelos cargos públicos, pedindo-lhes que reportassem à assembleia as
actividades e os resultados atingidos nas entidades/comissões para onde tinham
sido eleitas como representantes da AM. Não se ouviu uma única informação
substantiva; mas ficou a saber-se que algumas só tomaram posse…
Do representante da
CDU não vale a pena falar.
A bancada do PSD não
quis ou não conseguiu fazer política. Muito corpo presente e pouco
discernimento político. O Pedro Brilhante foi o único que cresceu ao longo do
mandato – melhorou a retórica e a substância, falta-lhe abandonar o que resta
de paleio jota.
PS1: a maioria dos
membros da AM terminou o mandato sem nunca ter lido o regimento, e o democrata
Pedro Pimpão tentou aproveitar essa fragilidade para silenciar a oposição mas
não deu carta-branca à sua malta para violar o dito regimento.
PS2: A oposição (e os
desalinhados) pouco rigorosa e pouco estudiosa vai ao tapete sempre que levanta
a garimpa porque esquece-se que aprovou uma medida e mais tarde faz oposição à
medida.
Mas que aborrecido que o representante da CDU fica!
ResponderEliminar