O Homem doente (doente
de espírito, doente de valores e doente de vida), do final da Idade Moderna, que Nietzsche caracterizou e os artistas do movimento Modernista retrataram, foi o
que protagonizou, umas décadas depois, os maiores horrores e desgraças da
história recente. O Homem contemporâneo (dos nossos dias) não é melhor, padece
das mesmas doenças: fraca energia vital (potência), mais apreciador da boa
reputação do que do sentimento de poder, dormente, fraco, fútil, covarde, sonhador
débil desfocado da realidade ou negador de parte dela, portador do sentimento
de culpa e de pecado, crente na redenção ou em amanhãs que cantam, profeta e
justiceiro ao serviço da moral pitoresca ou de causas perdidas, mero reflexo da
espécie humana, que não age, reage por estados de alma, coleccionador de desgostos
e depressões, que se indigna com o marginal e despreza o essencial da vida: o
prazer, os sentidos, a potência, a criação.
Vivemos um tempo em
que o Homem doente – maioritário - quer impor o seu padrão de vida, um padrão
que nivela por baixo, onde o comportamento medíocre é promovido e promove, onde
se recrimina o prazer, a exaltação, a volúpia, o sexo, se abafam diferenças,
tons, estilos, se procura igualar o inigualável: essências, pessoas, géneros,
etc.
O retrocesso a que assistimos em tantas áreas nota-se também aqui, Adelino Malho. Eu cá (que não sou adepta do estilo do cartoon, como sabes) partilho da opinião do Gonçalo Pessa, no que ao modo/gosto de vestir diz respeito. E por isso mesmo fixei atenções na mensagem. Outros preferem ignorá-la, e concentrar energias nas formas, em vez dos conteúdos. Retive a última frase do segundo post: "isto é muito beato e marialva, não tem futuro nenhum". Os comentários provam isso mesmo. Continuamos para bingo?
ResponderEliminarPara mais, é de uma pessoa se atirar para o chão a rir ver tanto equívoco entre machismo/feminismo e outros conceitos. Mas como opinião cada um tem a sua...
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