Eu até percebo os jovens que se querem divertir e ter algum protagonismo junto dos amigos. Agora a Rádio Cardal alinhar numa rubrica que de criativo apenas tem o conceito e de qualidade nem se fala, é que custa ver.
Esta iniciativa da Rádio mostra que há espaço em Pombal para projectos arrojados, originais, irreverentes. Mas o ser "diferente" não justifica tudo e os nossos filhos nem sempre são os artistas que gostávamos que fossem. Se for para repetir a experiência - como espero - deixo um repto aos jovens protagonistas: revejam o que fizeram, sejam os vossos maiores críticos e trabalhem (muito) mais. O vosso potencial só tem hipótese de se traduzir em algo interessante se forem muito mais exigentes convosco próprios.
Deixo também este último conselho também à Rádio Cardal. Sou um grande defensor das rádios locais e, por isso mesmo, contem sempre comigo para vos criticar. Acredito no sucesso dos meios de comunicação regionais de qualidade, geridos com rigor, comprometidos com as causas sociais da comunidade em que vivem, que saibam recuperar as redes locais de identidade e não cedam à tentação da subserviência ao poder. Já não acredito em projectos que valorizem o supérfluo e descurem o essencial.
Tens razão Adérito...os putos bebem muito...todos sabemos não havia necessidade de ficar registado. Também já tivemos a idade deles cometemos as nossas "doidices" mas ficou registado somente na nossa lembrança. Rádio Cardal, acham mesmo que o familiares dos miúdos vão gostar de os ver assim expostos ? Se fosse o meu filho diria claramente: BIGBROTHER NÃO OBRIGADO.
ResponderEliminarCaro Roque,
ResponderEliminarO meu post nada tem a ver com bebida; essa é a tua opinião. Muito menos tem a ver com a conduta dos jovens (não sou santo nem moralista) e o seu eventual impacto familiar. O que me interessou comentar foi apenas uma rubrica da Rádio Cardal.
Abraço,
Adérito
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ResponderEliminarCaro Nuno,
ResponderEliminarMuito obrigado pelo teu comentário. É verdade que, estando longe, corro o risco de ser muito injusto. Se o for, conto com os meus amigos para me criticarem.
Eu acredito em projectos como o "Bodo no tape" e na capacidade dos jovens pombalenses para os concretizar. Mas fazer algo de irreverente, ousado, caritativo, moderno, é muito mais difícil e dá muito mais trabalho do que repetir velhas fórmulas. Os casos de sucesso que todos conhecemos dão uma falsa ilusão de que tudo é simples, mas a verdade é que essa simplicidade não é fácil de conseguir. A não ser que sejam protagonizados por pessoas dotadas e muito criativas (o que é raro) e, nessa altura, tudo é mais orgânico e natural.
Espero que os jovens pombalenses continuem a acreditar nas suas ideias e que a Rádio Cardal as continue a acolher. As rádios locais devem ser espaços de criatividade, onde se pode experimentar e errar à vontade. Mas só com uma cultura de exigência é possível atingir os patamares de qualidade que, estou certo, todos os radialistas anseiam.
Um abraço,
Adérito
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EliminarCaro Nuno,
ResponderEliminarEu valorizo muito as críticas. Em todas as iniciativas em que estive (e estou) envolvido, sempre valorizei mais quem me critica do que quem me dá palmadinhas nas costas. É muito mais fácil passar ao lado, dizer que tudo é espectacular, brutal, 5 estrelas, do que criticar, principalmente quando estão em causa projectos de nossos amigos.
É verdade que há críticas justas e outras injustas. No Farpas procuramos fazer uma crítica comprometida, onde expomos os nossos argumentos e damos a cara. Se formos injustos, superficiais, merecemos uma farpada sem qualquer piedade. Os criadores e os críticos sempre viveram relações conflituosas mas, para bem de todos, não podem passar uns sem os outros.
Já várias vezes critiquei a Rádio Cardal, sobretudo por me parecer que se tem demitido de assumir o papel de quarto poder. É esse o sentido do que escrevei (tanto no post como nos comentários) em http://farpaspombalinas.blogspot.com/2018/02/os-guardioes-do-status-quo.html. Valorizo a componente jornalística da rádio e é por isso que me custa ver certas atitudes demasiado subservientes em relação ao poder instituído.
Gosto de ver a paixão que tens pela Rádio Cardal, tal como sei que outros a têm (o Gonçalo, por exemplo, mas também os jovens que protagonizaram o Bodo on tape). Mas essa paixão não te deve diminuir o espírito crítico nem te deve levar a concluir que quem te critica é quem te quer mal.
Grande abraço,
Adérito
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ResponderEliminarGrande Gonçalo,
ResponderEliminarO Farpas não é o único espaço na Internet que modera comentários. Muitos blogues jornais e referência o fazem sem daí vir qualquer perigo à democracia. Nós assumimos que "se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado". Que eu saiba, nenhum comentário foi eliminado com critério diferente.
A moderação dos comentários não é consensual. Muitos entendidos em comunicação social afirmam que, muitas vezes, os comentários acabam por descredibilizar a notícias (veja-se o caso do Observador) e, por isso mesmo, aconselham os jornais a moderar os comentários ou, simplesmente, não os admitir.
Não discuto a tua decisão de não voltares a partilhar a tua opinião no Farpas. Eu também não tenho Facebook e vivo bem sem isso. Não percebi foi o "obviamente" e o "pensei que podíamos ter um debate aberto" depois de teres debatido este assunto comigo, mas talvez seja um defeito meu.
Abraço,
Adérito
PS Por vezes os comentários aos meus posts demoram a ser publicados porque não estou sempre on-line.
O “pensei que podíamos ter um debate aberto” prendeu-se apenas com o facto de todos os outros comentários terem sido aceites de imediato e o meu último só mesmo depois de ter escrito que ia apagar os outros, eu não sei como funcionam os filtros do Farpas. Nem tenho intenção de saber. Foi uma estreia e um final. Na realidade prefiro falar com as pessoas frente a frente e sem filtros. Abraço.
ResponderEliminarCaro Gonçalo,
ResponderEliminarMuito me espanta que suspeites que pudesse apagar um comentário teu (ou de outra pessoa qualquer) por esse motivo.
Um abraço,
Adérito
PS A Rádio Cardal tem o meu número de telefone e tu também não terias dificuldade em o arranjar. Se a tua intenção fosse a de ter uma conversa "frente a frente e sem filtros", saberias como o poderias fazer.
Adérito e tu pensas que não o farei quando estivermos juntos? Não acho que se justificasse estar a ligar para debater este assunto, quando estivermos juntos falaremos com certeza deste e de outros assuntos, naturalmente, e sem qualquer problema como já fizemos noutras ocasiões. Um grande abraço meu caro e com a certeza de que a tua opinião é bastante respeitada, pelo menos por mim.
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