O “novo” PS – anunciado pelos actuais dirigentes – morreu à nascença. Pode-se afirmá-lo, com aquela verdade que não precisa de flores para
se saber que está morta. A demissão de Aníbal Cardona (ideólogo do “novo” PS)
foi só a confirmação do desfecho que a debandada de dirigentes e representantes
nos órgãos autárquicos já anunciava.
Este PS não tem nada de novo – para além do slogan – e não
tem futuro – como o slogan prometia. É o velho PS com a mesma roupa: sem liderança,
sem estratégia, sem discurso político, sem pessoas (bases). Pior: sem uma ideia
sequer do que deve ser e do que quer para o concelho (sobre qualquer das
funções nucleares da administração municipal). O partido não tem massa crítica para
fazer oposição política - não dispõe das competências necessárias para o fazer.
O pouco que faz é sem razão, vive demasiado à parte para ter razões pró ou
contra tal coisa.
Os dirigentes do PS não podem continuar a enganar-se e a
enganar os militantes e os pombalenses que ainda acreditam. O partido por e
simplesmente não existe como força política. É um organismo sem vida; corroído
até ao tutano pela intriga, mesquinhez e inimizade; incapaz e impotente;
movido unicamente pelo ciúme e indolência; resignado ao non far niente; preso de pés
e de cabeça desligada; onde nada medra e tudo definha. A gravidade maior é que os
seus crónicos dirigentes não têm sequer consciência disto…
O partido foi afastando ou
escorraçando os quadros com valor político (pensamento próprio, sentido
crítico, capacidade política), hostilizando-os tanto mais afincadamente
quanto mais méritos têm. Resume-se actualmente a meia-dúzia de criaturas
que acreditam sem acreditar, e outras tantas almas penadas que se assaparam à
estrutura por oportunismo ou inveja pueril. Há muito que o partido perdeu o
amor-próprio, e se foi transformado num covil de desgostos e desgraças onde todos
submergem.
O partido precisa urgentemente que alguém desligue a luz por
uns tempos, para que, cada um na solidão consigo próprio e depois todos em
conjunto, façam uma catarse que expurgue maldades e ódios de estimação. Só
assim se pode refundar localmente uma estrutura que já foi triunfadora, que a
nível nacional goza de simpatia e liderança invejáveis, mas aqui entrou numa
espiral de destruição que conduziu à agonia interminável.
Já sem falar dos militantes que perderam nos últimos meses.
ResponderEliminarEste PS Pombal bateu no fundo.
Caramba, o PS está mesmo mal! Mas as intrigas dos jogos do poder também afeta outros meridianos... Aliás a descrença nos partidos está generalizada na nossa sociedade...
ResponderEliminarDepois da idade das trevas surgiu o #renascimento.
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