Pedro é um rapaz muito esperto, trabalhador e ambicioso. Querido por todos, ganhou rapidamente o estatuto de líder junto dos seus amiguitos, que o respeitavam e admiravam. Nos seus tempos de escola, Pedrocas foi muito feliz e a sua aura ofuscava tudo à sua volta.
Infelizmente, nada dura para sempre e a felicidade de Pedro não é excepção. A sorte começou a mudar quando, um dia, perdeu o seu coelhinho. Mais do que um amigo, o simpático bichinho era a sua grande referência e o segredo da sua força. Qual Sansão privado do seu longo cabelo, assim murchou o rapaz quando perdeu o coelhinho. Sem a clarividência e sagacidade que o caracterizavam, Pedro deixou-se enredar em aventuras inconsequentes.
O moço é hoje uma pálida sombra de si próprio. Desprezado pelos mais velhos, que se recusam a dar-lhe o protagonismo que julga merecer, ganhou tiques de ditador junto do mais jovens. E se, em tempos, tudo lhe era perdoado, actualmente são poucos os que estão dispostos a pactuar com a arrogância e a vaidade. Sem surpresa, os seus maiores críticos passaram a ser aqueles que antes lhe vaticinaram um futuro brilhante.
O sempre jovem e bonito Pedro que, tal como Dorian Gray, se recusa a envelhecer, já não consegue esconder as primeiras rugas que lhe revelam o carácter.
Conheci o menino que brilha somente na AM e logo na sua primeira intervenção deu-me logo para verificar que tipo de politico se tornaria. Depois dos seus primeiros minutos de discurso, respondi-lhe á letra e sai da sala para evitar confusões. Os clementinas meus amigos vieram no final dessa AM falar comigo e disseram-me que o Pedro é bom rapaz e toda aquela atitude arrogante não passava de uma personagem criada por ele, não era o Pedro na realidade. Perante isto nunca mais fiquei preocupado com as atitudes dele, pois se era bom rapaz e só estava a representar aquele papel, lá tinha a sua estratégia. Mas como o poder tem essa característica: Apurar os bons e azedar os maus. Assim que o poder lhe foi atribuído, pois foi por ele exigido, logo o seu lado mais negro se revelou. Se na C.M.P. sempre foi um corpo estranho e D. Diogo nunca lhe deu grande importância, no interior do laranjal foi ganhando prestigio, mas logo se revelou e ter a sua concelhia a critica-lo e tentar queimar a doce Nicole não lhe dá grande margem de manobra. A continuar assim acaba a carreira politica antes mesmo de a começar, a não ser que consiga dar um salto mortal, arriscar tudo e ganhar.
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