17 de setembro de 2019

Os problemas da PMUGEST não se resolvem chacinando o encarregado

Dizem os livros que uma empresa é um conjunto de recursos (materiais, humanos e técnicos) organizados com vista à concretização de um determinado fim económico. A PMUGEST não é uma empresa, nem na realidade nem na verdadeira acepção da palavra. É - como, aqui e aqui, referi na altura da sua criação/reestruturação - um emaranhado de actividades sem nenhuma complementaridade, que não geram um objecto de negócio nem um fio condutor (uma estratégia) que permita assegurar rentabilidade mínima. A PMU nasceu, simplesmente, para ser um apêndice da câmara, um estratagema para contornar os mecanismos de controlo da administração pública. Alimenta-se e mirra com o próprio veneno.
A “empresa”, apesar de explorar actividades geram proveitos sem custos significativos (estacionamento e publicidade), é deficitária porque não é competitiva em nenhuma das actividades onde concorre com os privados (apesar de parte dos custos serem suportados pela câmara). Enferma de todos os males das empresas municipais (dependência da câmara, ausência de exigência na cadeia cliente-fornecedor, incapacidade para desenvolver competências-chave); a que juntou a total desresponsabilização dos administradores. É incompreensível que nem no período de escassez de oferta de serviços de limpeza florestal - últimos 2 anos - a empresa tenha conseguido aumentar as receitas e equilibrar a exploração. 
Bem pode o presidente da câmara chacinar, em directo e ao vivo, o Eng.º Carreira - suposto administrador-executivo que nunca o foi (nunca foi mais que um aplicado Encarregado da Manutenção), que da responsabilização não se livra. A situação insustentável da PMUGEST tem um responsável: Diogo Mateus, o mentor e o executor da coisa. E tem, por agora, uma solução: a mesma que foi aplicada à PombalViva.

1 comentário:

  1. O grande problema disto tudo é que 30 anos de "Ditadura da maioria laranja", conduziram este Concelho ao mais profundo estagnamento. As Empresas Municipais servem só para alimentar as clientelas e para se fazerem negociatas. O culpado deste estado de coisas é o eleitorado do Concelho, votam sempre nos mesmos e esperam resultados diferentes na sua governação. Ainda estamos á espera dos investimentos Sul Americanos no Concelho de Pombal que foram prometidos pelo D. Diogo em 2013.

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