“It only takes two to tango” é o
nome de uma música antiga dos Stranglers que alude a uma verdade lapalissada:
para dançar o tango são precisos dois. Um será pouco e três serão demais,
obviamente.
Talvez não seja tão manifesto qual
o número de membros do executivo da Câmara Municipal de Pombal necessários para
administrar os seus vários pelouros. Com o afastamento de Pedro Brilhante (de
forma pouco digna e sem uma explicação audível) e a avocação dos seus pelouros
por parte do presidente, passarão a ser quatro os elementos do executivo com
essas atribuições.
Partindo do principio que este
processo foi gerido com algum sentido de responsabilidade (?!?!), será legítimo
pensar que quatro elementos com pelouros atribuídos serão suficientes para governar
a Câmara com a qualidade exigível.
No entanto, se atentarmos aos
dois executivos camarários anteriores a este, verificamos que tiveram,
respectivamente, seis e sete vereadores com pelouros outorgados (e respectivos
vencimentos: €2.899,53 de salário mais €592,52 de despesas de representação).
Face a esta evidência, talvez
seja lícito meditar se nos últimos dez anos não se terão despendido, desnecessariamente,
algumas centenas de milhares de euros do erário público.
Anibal, sabes bem que o trabalho técnico e importante não é feito pelos Vereadores. Portanto essa tua questão não faz sentido. Se alguma vez conseguires ganhar a Camara ( eu até votaria em ti, amigo) sabes bem que tinhas de dar pelouro a todos os Vereadores eleitos pelo teu partido, independentemente do numero de eleitos. Sabes bem disso e sabes bem que nunca farias diferente. Esse teu POST cheira-me um bocado a populismo e disso eu não gosto.
ResponderEliminarToninho, isso não é de todo verdade. Há imensos exemplos de executivos onde nem todos os vereadores da maioria estão a tempo inteiro. Isso foi um "modus operandi" (para citar o nosso autarca Gonçalo Ramos) criado por Narciso Mota. Existe a opção do tempo parcial.
EliminarÉ a tua nobre opinião. Abraço.
ResponderEliminarOh Aníbal já agora faltou fazer a conta ainda mais apuradinha ao ponto de questionarmos que se os pelouros são todos do presidente, por lei, porque não assumi-los todos sozinho, sem qualquer delegação? Isso é que era poupar dinheiro à bruta.
ResponderEliminarConcordo com o Roque sobre a distribuição de pelouros por todos os eleitos da da lista de forma a a câmara poder cumprir com mais eficácia a sua missão.
Os resultados eleitorais é que determinam se o serviço pode ser distribuído por mais ou por menos; Quando diminuem os eleitos sobrepesam os pelouros pelos vereadores.
No caso vertente, motivo de tristeza e preocupação de todos, obviamente que a avocação de pelouros antes delegados sobrecarregarão, para já, o PC.
É a aritmética da lei e a realidade da vida, mande o PSD, o PS, ou qualquer outro.
Um abraço
Por acaso gostava de ver qual o Presidente de Camara que tivesse a "lata" de não atribuir pelouros a todos os eleitos da sua lista, é que de certeza que a sua governação seria um inferno, pois se todos trabalharam para conquistar o poder esse poder tem de ser distribuído por todos os eleitos da lista vencedora. O meu amigo Anibal tem destas coisas pensa "sozinho" mudar o mundo...mas depois na prática tem de seguir as regras da maioria. Eu gostava e não estou a ser irónico de o ver como Presidente de Camara e não distribuir pelouros a quem o ajudou a conquistar a C.M.P. ao PSD...Iria ter um mandato completamente falhado e a reeleição impossível. É como eu digo o Anibal é dos puros e dos valentes.
EliminarCaro Manuel Serra, lamento que não tenha percebido que é um texto irónico. É disso que se trata: ironia (inspirada por um palpite que tenho…). Com certeza que quando a Manuela Ferreira Leite sugeriu suspender a democracia durante 6 meses, não lhe atribuiu o sentido literal. Pois não? Futuramente, quando escrever alguma coisa na galhofa, tentarei deixar mais pistas (além do título e da introdução) para que se perceba que é no gozo. Talvez pondo um asterisco no início do texto.
EliminarMas agradeço-lhe a sua resposta. É um belo texto informativo.