Na última reunião da “Junta”, a doutora Odete quis saber se, depois de decorrida mais uma extensão do prazo de entrega da obra, estabelecido para o próximo dia 4 de Julho (já se perdeu a conta ao prazo e às extensões - vai com mais de OITO anos de tempo de construção), a obra estava finalmente concluída e quando poderia ser visitada.
A doutora Odete não terá tanto carinho por esta “obra-estratégica” (como lhe chama o profeta Pedro – Deus lhe perdoe) como o Pedro, mas gostaria, com certeza, de dar o seu passeiozinho até à Nossa Senhora da Estrela, fazer a sua oraçãozinha na capelinha e posar para as fotografias no Mamarracho. Mas o Pedro, coitado, não lhe pode fazer a vontade. O Pedro é um Profeta da Boa-vontade, dos desejos, não das concretizações materiais. Dessas julgava, ele, que o Navega tratava; mas o infeliz arquitecto, se alguma vez teve essa vontade perdeu-a quando se viu metido naquele delírio. Daí que ninguém saiba como e quando vai acabar a estouvada obra. O obras-tortas anterior (P. Murtinho) foi justificando os atrasos do empreiteiro com indefinições da câmara sobre as instalações técnicas (água, luz, comunicações), o actual com as exposições.
Toda a gente com dois neurónios a funcionar já percebeu há muito que aquela tontaria foi desvario absurdo e megalómano que ninguém sabe como finalizar, que vai continuar a consumir recursos e vai ser um enorme sorvedouro deles no futuro.
Bem pode a doutora Odete esperar sentada pelo seu passeiozinho político-religioso à serra. O Mamarracho não terá fim ou terá um fim que não merece visita.
Aquela obra só vai servir para gastar dinheiro ao Município, o melhor é acabar aquilo e dar a explorar a quem pelo menos garanta a manutenção. Mais uma vez digo. Não gastem o dinheiro do contribuinte em futilidades. Custa-me tanto a pagar os meus impostos. Deixo de fazer tanta coisa para poder ter as minhas contribuições em dia e depois ver estragar dinheiro dessa maneira é muito duro.
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