O doutor Pimpão fez-se gravar a inaugurar um pequeno parque de estacionamento no Casarelo – a última zona nobre livre no centro da cidade. Depois apagou o vídeo. Compreende-se – há ridículos que matam.
A infeliz ideia veio da dupla Diogo – Murtinho, mas a execução é da dupla Pimpão - Navega. Não há obra mais inútil do que aquela que nunca deveris ter sido feita (como aqui expliquei em devido tempo). Mas pior, muito pior, é fazer o que não se deveria ter feito e fazê-lo torto.
No dia da inauguração alguns residentes alertaram para o inseguro acesso ao parque e para o estrangulamento da via. E logo ali o presidente Pimpão encarregou o encarregado Navega de corrigir a infeliz obra.
Não há correcção que valha ao que nasce torto.
Amigo Malho, há obras lançadas no mandato anterior que têm de ser terminadas no mandato seguinte, porque a maioria delas está já num estado de maturação que não permite grandes recuos sem consequências funestas, em termos legais e financeiros, para o município.
ResponderEliminarSe o Presidente conseguiu, sem recuar na obra, fazer alterações de maior vantagem para a segurança ou circulação, cumpriu a sua obrigação.
Sobre o mérito e oportunidade da obra sabemos que cada um tem a sua opinião e onde uns encontram vantagens outros encontram desvario e manda quem pode e faz quem deve, como foi o caso.
Para mim, dado tratar-se de uma obra ligeira, irá cumprir a sua função nos próximos tempos, mas sempre a tempo de fáceis alterações e reconversões que um futuro que pense de forma diferente poderá fazer sem condicionamentos ou prejuízos inultrapassáveis.
Coisa diferente é fazerem-se os projetos possíveis de sopetão, nos espaços disponíveis de última hora, a tempo de se concretizar ou candidatar a fundos comunitários em final de mandato, onde a qualidade se sacrifica à oportunidade, como foi o caso do projeto de ampliação da ZIG Norte da Guia.
Por acaso o projeto felizmente não mereceu aprovação de Bruxelas, pelo que para já há projeto mas não há dinheiro para o concretizar, o que é uma janela de oportunidade para se reverem e alterarem bem esses espaços e respetivos projetos que, mal ou bem, irão condicionar por 70 ou 80 anos as futuras estruturas industriais que lá se vierem a instalar.
Eu sempre pugnei e continuo a pugnar para que se pensem e decidam estas iniciativas com estudo, audição dos interessados, dos quais os habitantes locais são parte essencial, e se dêem os passos necessários para a obtenção de todos os terrenos necessários à implementação de um projeto bem estruturado que dê resposta ao que todos dele pretendem.
E, da minha experiência, se há coisa notável neste executivo, é a sua capacidade de auscultar os outros e escolher as melhores opções, mesmo que não sejam coincidentes com o inicialmente decidido.
Amigo Malho, a humildade de saber procurar as respostas aos problemas na diversidade de opiniões que com ele se preocupam, dão a verdadeira importância do líder.
Querem-lhe chamar de busca da felicidade? Pois que chamem.
O Pedro Pimpão até agora tem-no sabido bem demonstrar e assim espero que continue a dar o exemplo, a puxar pelos seus pares e a dar boas respostas autárquicas.
Amigo Serra,
ResponderEliminarQue há décadas, esta é a terra do Faz&Desfaz, sabemo-lo bem;
Que esta (des)governação é uma das causas do nosso atraso, é uma evidência;
Que passado tantos anos e com tantos exemplos ainda alguém a defenda, custa a compreender.
Sobre o Pedro: deixá-lo andar a pregar, até se cansar, e a tentar acabar o que o outro lhe deixou lançado.