O Rio Arunca, principalmente a partir da cidade de Pombal, é um esgoto a céu aberto. É um problema que envergonha Pombal e os pombalenses porque é, essencialmente, dentro da cidade que o rio é poluído. Nos dias de hoje será difícil, senão impossível, encontrar no País um rio tão contaminado. Há muito que os rios Alviela e Cávado deixaram de ser a vergonha nacional em que o nosso rio ainda se mantém. Se mantém e se agrava. Há uns anos atrás tínhamos a desculpa da falta de ETAR, hoje é a própria ETAR a fonte de contaminação.
Ontem encontrei o rio num dos seus piores dias e tentei perceber as origens do desastre. Concluí que até ao ponto de descarga da ETAR a água não sendo boa é razoável, é minimamente transparente. Após a descarga da ETAR (ontem estava a descarregar um caudal significativo) não se pode falar em água mas de um efluente negríssimo e pastoso, como as imagens procuram mostrar. Como é possível?
A culpa não era, de certeza, da indústria em frente à ETAR, muitas vezes acusada de ser a principal fonte poluidora, porque estava encerrada e não descarregava nenhum efluente.
Por quanto mais tempo temos que viver com este atentado ambiental?
Há dezasseis anos que o PSD e Narciso Mota prometem a despoluição do rio Arunca. Há dezasseis anos que falham! E contaminam-no.
Como é possível?
Ontem encontrei o rio num dos seus piores dias e tentei perceber as origens do desastre. Concluí que até ao ponto de descarga da ETAR a água não sendo boa é razoável, é minimamente transparente. Após a descarga da ETAR (ontem estava a descarregar um caudal significativo) não se pode falar em água mas de um efluente negríssimo e pastoso, como as imagens procuram mostrar. Como é possível?
A culpa não era, de certeza, da indústria em frente à ETAR, muitas vezes acusada de ser a principal fonte poluidora, porque estava encerrada e não descarregava nenhum efluente.
Por quanto mais tempo temos que viver com este atentado ambiental?
Há dezasseis anos que o PSD e Narciso Mota prometem a despoluição do rio Arunca. Há dezasseis anos que falham! E contaminam-no.
Como é possível?
Se vocês tivessem, como eu, alguma vez ouvido o Presidente da Câmara falar dos que se preocupam com o ambiente ou com a defesa do consumidor, não acreditariam, pois não julgam, certamente, possível, uma pessoa chegar a engenheiro com tal falta de cultura geral. Lembram-se da Pedreira do Galinha e das pegadas de dinossáurios? Se o nosso presidente fosse, na altura, o autarca de Ourém, aquelas relíquias ancestrais nunca tinham visto a luz do dia. Ele jurava a pés juntos que aqueles sulcos eram uma fraude, tinham, sido feitos de propósito para sobrevalorizar a pedreira. O ambiente em Pombal está bem defendido. Vê-se!
ResponderEliminarO problema de alguns autarcas é que só tem em mente o negócio do betão e esquecem-se que para a vida continuar na terra é fundamental cuidar do meio ambiente. A questão é que o meio ambiente não proporciona boas negociatas, nem se vê como bandeira nas alturas de campanha, em que o pobre culturalmente, só se fascina pelas grandes obras do betão, sejam elas edificios, estradas ou outras obras com utilidade muito duvidosa.
ResponderEliminarÉ muito triste, e até nojento, principalmente com aquela originalidade k se encontra junto à BMP e que faz o favor de salpicar os k andam nesta zona cm uma água tão pura e tão agradável. Fico tão feliz quando passo naquela zona, porque assim já não preciso de tomar banho em casa, poupando um bom dinheiro!
ResponderEliminarOriginalidade essa que não deveter sido nada barata, JA.
ResponderEliminarAfinal, qual é o problema essencial? Mau funcionamento da ETAR? Erro humano? É uma inevitabilidade? Eu pergunto por desconhecimento puro, é um assunto em que estou de facto em branco. Quem tiver informações, que diga!
Para que a água tenha melhor qualidade, a ETAR deveria fazer pelo menos mais um tratamento, que fica caro e em Pombal não se realiza. A qualidade da água supostamente está dentro dos parâmetros recomendados, mas não é o que parece. Talvez os parâmetros estabelecidos não estejam de acordo com aquilo que são os desejos da população quanto à qualidade da água.
ResponderEliminarÉ sempre assim...contenção de custos!
Assim com a poupanca na ETAR; despejando agua contaminada sobre o rio Arunca o Presidente da Camara pode pagar o Monumento a Ferrugem aquilo que ele chama de estatua de homenagem aos emigrantes onde tambem alguns camioes limpam os pneus pois os ilustrados tecnicos da Camara nao tiveram olhinhos nem capacidade para na unica saida para norte de acesso a IC1 para quem vem duma Zona industrial e da cidade onde os camioes sao compridos e bastante pesados e com espaco mais que suficiente para construir uma faixa de aceleracao e evitar uma rotunda muito apertada para as manobras sobretudo com camioes e trailers
ResponderEliminarmas enfim e a lideranca do Narciso Mota....... e isto mesmo.Coitado falta-lhe tudo.!!!!!! E CASO PARA DIZER "CABELOS LONGOS E IDEIAS CURTAS"
Adelino Malho, bom dia.
ResponderEliminarA peça que tu fizeste intitulada: “Rio Arunca: Um desastre e uma vergonha” é uma peça exclusivamente política e, como tal, tem que ter um comentário político.
Vamos a ele.
É de uma desonestidade política colocar a questão como tu a colocaste, como que isolando uma árvore da floresta.
Como sabemos os níveis freáticos estão, perigosamente, a baixar.
Por outro lado o vertente, parte Sul do concelho de Pombal, que divide as águas que se destinam ao Estuário do Tejo e ao do Mondego foram, pelo homem, alterados.
Nos anos 50 e 60 o túnel do comboio de Albergaria foi rebaixado mais de um metro para lá poderem passar dois comboios em simultâneo.
Antes destas obras o Rio Arunca começava aqui a ser alimentado.
Depois das obras, por questões técnicas, essas águas foram encaminhadas para o Estuário do Tejo.
E é sabido que a encosta Norte deste vertente (do lado de Pombal) não tem águas em profundidade, contrariamente à encosta Sul, já virada para o Estuário do Tejo, que tem muita e abundante água, de tal forma que existem inúmeros furos artesianos, um pouco por todo o lado, de que é exemplo, que se pode ver, o furo artesiano que está dentro de um Restaurante junto à Estação da CP, em Caxarias (concelho de Ourém).
Aliás o furo executado pelos americanos, nos anos 50, na Ribeira do Fárrio, (também concelho de Ourém)para prospecção de petróleo, está hoje a abastecer de água muitas casas e algumas da Freguesia de Abiul.
Por outro lado, ainda, o aumento da rede de saneamento municipal fez aumentar os afluentes que chegam à ETAR.
Nos anos 80, ao tempo do Engº Guilherme Santos como Presidente de Câmara, foi construída, em Albergaria, uma pequena ETAR de Biodisco que, à data, era a melhor tecnologia disponível.
Vais ser desactivada, estando já a adutora construída nas margens do Rio Arunca até à ETAR de Pombal.
As ETARs têm como objectivo o bem social e ambiental e são de utilidade pública indiscutível.
Na ETAR de Pombal.
A tecnologia que aqui foi utilizada, ao tempo do Dr. Armindo Carolino como Presidente da Câmara, era a mais desenvolvida à data.
O seu princípio de funcionamento é o de Leitospercoladores com tratamento biológico.
A sua taxa de eficiência é a relação entre os afluentes que lá chegam e os efluentes que de lá saiem.
A ETAR de Pombal tem tido uma taxa de eficiência sempre acima de 80%, aproximando-se, muitas vezes, dos 90%.
Esta taxa de eficiência é monitorizada trimestralmente através de análises e fiscalizada pela CCRDC que detém esta competência.
O aumento da rede de saneamento público municipal vai obrigar a aumentar a sua capacidade de tratamento e, simultaneamente, melhorar ainda mais a sua taxa de eficiência.
A nossa amiga JA está dentro do assunto e equaciona a questão na sua devida dimensão.
O tratamento terciário poderia resolver a questão que o Engº Adelino Malho levantou por via técnica e não por política como ele o fez.
Aí sim, estaria a contribuir para aquilo que são os desejos da população quanto à qualidade da água, como diz a nossa companheira JA.
Da forma negra como a questão é colocada, só mesmo pelo Engº Adelino Malho e por mais ninguém.
Com um veemente apelo de colaborarmos, pela positiva, para a melhoria da qualidade de vida das populações, sou com um
Bom dia.
Amigos e companheiros, boa noite.
ResponderEliminarFico triste!
Não é que volvidas 32 horas sobre o meu comentário não há, ainda, nenhuma reacção ao meu comentário sobre a desgraça que o Engº Adelino Malho profetizou para a nossa ETAR de Pombal?
Valha-me Nossa Senhora da Boa Morte.
Será que as férias que o nosso Primeiro prometeu acabar ainda não acabaram e está tudo de férias?
De qualquer forma continuação de um
Bom Domingo.
Amigos e companheiros, boa noite.
ResponderEliminarFico triste!
Não é que volvidas 32 horas sobre o meu comentário não há, ainda, nenhuma reacção ao meu comentário sobre a desgraça que o Engº Adelino Malho profetizou para a nossa ETAR de Pombal?
Valha-me Nossa Senhora da Boa Morte.
Será que as férias que o nosso Primeiro prometeu acabar ainda não acabaram e está tudo de férias?
De qualquer forma continuação de um
Bom Domingo.
Amigos e companheiros, boa noite.
ResponderEliminarNão é que a máquina duplicou o meu comentário.
Mil desculpas.
Quem não sabe, não sabe, ponto final.
De qualquer forma reitero a continuação de um
Bom Domingo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Rodrigues Marques
ResponderEliminarA sua resposta lembra-me a do antigo vereador do ambiente da CMPombal, quando no verão de 2007 (se não me engano) lhe foi colocado o mesmo problema das "poias" a boiar no Arunca a jusante da ETAR: "eu não falo com S. Pedro" (ou algo do género). Justificar que é a falta de caudal do rio a causa do que se vê actualmente e se repete pelo menos em verões mais secos, é um pensamento de meados do século passado...
É um facto que a ETAR não funciona bem (ou não tem capacidade de tratamento para as necessidades actuais), que este problema se repete com grande frequência e que em 16 anos, esta autarquia nada fez para que o problema se resolva. É vergonhoso sermos nós os responsáveis por água desta qualidade chegar a um concelho vizinho.
Pouco me interessa se há aproveitamento político destas situações ou se é o partido A ou B a resolvê-las. O que realmente me interessa é que estas situaçãos não aconteçam e quando acontecem, que sejam resolvidas o mais rapidamente possível.
Por fim deixo algumas questões: será que os desejos da população são mesmo uma água de melhor qualidade? (não me estou a referir à água para consumo público)
Se sim, qual é a percentagem do concelho que ainda não tem saneamento básico? E qual a percentagem de votos que o PSD teve nas áreas que ainda não possuem esse saneamento?
Fique bem,
poias.e.poias
Amiga e companheira Poia, boa noite.
ResponderEliminarPreferia que fosse a Poia do pão ou bolo que se deixa ao dono do forno em retribuição da cozedura da fornada.
Mas optou, está visto, por ser a poia da quantidade de excrementos.
São opções.
Relativamente à pergunta que faz sobre a percentagem de fogos que estão ligados ao saneamento público municipal fique sabendo que poderia ter ir ao sítio da Câmara Municipal de Pombal para ficar informada que se aproxima dos 60 %.
E sobre a percentagem de votos que …… sabe, melhor do que eu, que um quarto da população do concelho reside na cidade de Pombal que, há anos, tem saneamento básico ligado e sem se preocupar onde vão desaguar.
Desaguemos, então, com um
Fique Bem.
A única coisa de menos negativo que vejo nisso (e perdoem-me ser tão mordaz), é que o esterco que em Pombal se produz, em Pombal se contempla! Quase parafraseando o Rodrigues Marques, diria "valha-me nossa senhora do Cardal, que é santa democrática, e a cada um dá os ares que de si saem". Se fosse como em outros assuntos, haveriam os Pombalenses de "defecar para o rio", e mandar o "embrulho" para as freguesias. Mas é muito pouco de positivo para tanto que tem de negativo!
ResponderEliminarNão é bem assim Gabriel, todo o tipo de poluição que se faz não afecta apenas o local em que ela é realizada, mas sim uma vasta área.
ResponderEliminarNão nos podemos esquecer que os lençóis freáticos contaminados levam os efeitos negativos da poluição a muitos locais. O que se vê ainda é o mal menor!
Estimado Colega Rodrigues Marques
ResponderEliminarHoje, com a sua ajuda, compreendi o mau funcionamento da ETAR de Pombal.
Afinal o defeito encontra-se no indicador utilizado que é a eficiência, que corresponde á relação entre os resultados obtidos pela ETAR e os recursos empregados, que sabemos são nulos.
Tal como sabe, e de acordo com as sebentas, que creio que ainda detém, estamos na presença de uma indeterminação. A mesma que Pombal detém há 16 anos.
Aconselho o colega á utilizar o indicador eficácia que mede a relação entre os resultados obtidos e os objectivos pretendidos para a ETAR.
Relativamente á monitorização e fiscalização das descargas, aconselho-o a consultar o Decreto Lei 46/94 e fornecer informações sobre as mesmas afim de nos nivelar pelo Pombal de verdade.
Cumprimentos
Amigo Rodrigues Marques
ResponderEliminarEstou grato pelo histórico que me deixa ver que não houve redução de caudal no rio Arunca, o que a Câmara Social Democrata investiu ao longo de dezasseis anos, a idade da Etar e tudo somado aos 40% que faltam, obviamente o mais oneroso, permite-me concluir que, mantendo o ritmo médio de investimento dos últimos dezasseis anos, só daqui a mais de vinte anos é que todo o Concelho tem saneamento básico. Até lá há que registar as fossas, presumivelmente substituí-las por fossas estanques e está bom de ver que são as minorias “desprotegidas” da sorte que vão ter que enriquecer a PMU e quem está bem que se deixe estar.