Ao fim destes anos, convenço-me de que aquilo que faz verdadeiramente falta em Pombal é terapia de grupo. Chego a imaginar uma sala, tipo sessão espírita, com todo o executivo da Câmara sentado em círculo, em que cada um dos elementos libertava os seus fantasmas. Foi mais ou menos isso que voltou a passar-se na última reunião de câmara, em que, à falta de assuntos que verdadeiramente importem ao município e contribuam para o seu desenvolvimento sustentado (é assim, engº?), a vereação e seu presidente dispenderam coisa de uma hora a discutir os posts do Farpas bem como os artigos do que resta da comunicação social em Pombal. Obrigado, obrigado, pela parte que nos toca.
Mas isto não deixa de ter tanto de cómico como de trágico. Uma vez um empresário contou-me, escandalizado, que no dia da morte de de terminada figura da terra aparecera à porta da Câmara um vereador vestido de calção, chinelo e boné, pronto para a reunião de emergência para a qual fora chamado. Dizia-me o homem que pese embora o facto de ser fim-de-semana, um vereador deveria "ter noção". Bom senso. E isso é o que tem faltado ao longo de vários mandatos. Não só a esse nível, como a outros. Atente-se, por exemplo, no relacionamento tumultuoso entre o poder e os media. Basta fazermos uma conta rápida e simples: Quando o engenheiro chegou a Pombal, em 1993, havia quatro jornais. Quantos restam?
Por estes dias, vale-nos sempre a internet e seu famigerado Facebook, por onde circulam fotografias de verdadeira silly season. Se calhar o que tinha sucesso em Pombal era mesmo uma revista social, ou um jornal côr-de-rosa. Porque os jornais sérios são sempre chatos.
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
2 de agosto de 2010
O admirável mundo da comunicação
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Gestão Autárquica,
imprensa local
10 comentários:
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Cara amiga Paula, ja me tinha apercebido disso, pelos recados que o Sr. Eng. me tem mandado por diversas pessoas do Louriçal que têm reuniões com ele. Diz a toda a gente que fui eu que deixei de falar para ele, mas isso é mentira. Pois foi ele, que depois de me insultar em pleno gabinete dele, deixou pura e simplesmente de me falar, agora só me manda recados. Não percebo, se ele quer mesmo falar comigo porque não me telefona? Ele até sabe o meu numero pessoal de telefone... Quero aqui deixar bem expresso que não tenho nada de pessoal com o Sr. Eng. Narciso Mota, mas quanto ás acções politicas dele isso é outra coisa. Nunca confundi acções politicas com acções pessoais, alguns é que confudem tudo e depois tomam-se atitudes pouco dignas e pouco éticas.
ResponderEliminarqual é o vereador??
ResponderEliminarCara Srª. Paula Luz,
ResponderEliminarSó em modo de lembrança, dado que por lapso deve ter-se esquecido de mencionar um outro meio de comunicação que certamente se recordará de seguida, o qual era fruto de uma distribuição e ao que tudo indicava seria efectuada durante o período nocturno ou durante a madrugada, fazendo com que surgisse logo de manhã nas caixas de correio dos pombalenses um pasquim, talvez satírico e comediante para uns, importunador para outros, vai-se lá saber. Qual será o motivo de este também ter desaparecido?
É que já não me recordo muito bem dessa história, mas nunca mais ouvi falar nele… mas recordo-me de ter havido qualquer problema com isso.
E qual era o nome apropriado do pasquim, só me recordo também vagamente que estava relacionado com uma ave de rapina, mas não era nem Coruja, nem Mocho… e também não era “Morcego Nidificador”, será que alguém se lembra?
Já agora será que também alguns dos utilizadores deste blogg possui tais edições nas bibliotecas pessoais?
É que seria de todo interessante poder voltar a lê-los, já que não me recordo muito bem do seu conteúdo, agora será mais fácil e acessível de digitalizá-los, alojá-los nalgum sitio e enviar só o link para este blogg, caso haja alguma impossibilidade de postá-los aqui directamente.
Pessoalmente gostaria de reler alguns e ler ainda outros, os quais nunca obtive a oportunidade de aceder, e ainda de entender o motivo que possa ter estado na origem com que deixassem de editá-lo ou pelo menos de distribuí-lo, já que nunca mais acedi a nenhum desses exemplares.
Até à já algum tempo achei isso estranho … mas pensei que talvez não existisse matéria suficiente para novas edições.
Mas nos tempos actuais, matéria nas terras pombalenses não faltam, até para várias edições satíricas ao bom estilo do tempo da velha senhora se for o caso.
Será que se encontram algum desses pasquins culturais literários locais ou até a colecção toda na Biblioteca Municipal, ou no Arquivo Municipal, é que futuramente deve ser classificado como património cultural local, se até já não o for para alguns?
Desculpem, mas é que os Morcegos não são grandes apreciadores de revistas e jornais cor-de-rosa, já que falam muito e quase sempre só de corujas e como é consequente sem conteúdo algum apreciável.
A questão de um vereador ir de calções e de boné a uma reunião de Câmara é totalmente irrelevante, até poderia ir todo sujo e com roupa velha e rasgada, o importante é se faz ou não um bom trabalho público para a população que têm que servir. Isso é como a história do Ministro que é demitido por causa de fazer a figurinha triste, é certo, com os dedos na cabeça, na A.R. e não ter sido demitido por causa de ter promovido a concessão a privados da maior revolução de produção energética em Portugal (já classificada por alguns especialistas do sector e até recebido elogios) sendo que o fornecedor de energia directa à população (EDP) usa subsídios do Estado para pagar parte do preço dessa energia produzida, que é mais cara do que as restantes.
O motivo real que deveria ter sido demitido (numa óptica) seria o de não ter avançado com empresas públicas ou incentivado até empresas municipais para o sector (já que estas ultimas estavam mais em alta na altura do que agora) e que mesmo com tais investimentos Estatais por meio de subsídios o custo para o consumidor final manteve-se, aliás para ser mais correcto, aumentou e bem nos últimos tempos como todos o sentimos na carteira.
Mudando-se de assunto.
ResponderEliminarQuiçá a reunião que menciona, foi sobre tal assunto por causa dos poderes dos amuletos. É que o Xamã deve ter alertado as corujas que a água do Arunca também já começava a ficar poluída para eles próprios de tanto guano de Morcegos e Mochos, e que a ETAR dele já não estava a dar conta do recado, e que teriam mesmo assim de a consumir.
Será que é desta, que vão aumentar a ETAR para poderem despejar para o Arunca maior volume de resíduos líquidos de cada vez que estiver avariada (como quase sempre se encontra)?
Ou será, que lá se resolveram a criar mais pontos de recolha de resíduos líquidos de pecuárias e outras indústrias poluidoras, ou então vão inventar um sistema de gestão inovador e controlador q.b., para que não se sucedam mais descargas ilegais para o Arunca? Hummm…já era tempo de surpreenderem positivamente. E a A.M. extraordinária é para quando mesmo, é que o Bodo já passou e continuam a existir decibéis a mais (quiçá até ilegais) no ar noctívago, perturbador da caça às corujas? Ou talvez não.
não foi uma hora mas sim hora e meia ou mais. E não foi só em esclarecimento ao que para aqui se escreve (convencidos), foi tamém no esclerecimento dos senhors vereadores da oposição, e houve outro assuntos discutidos, se por exemplo ouvissem a cardal (que também tem emissão na internet) ficariam a saber que se fez um balanço às festas do Bodo, que a esplanada do jardim do Cardla vai deixar de ser concecionada etc... Enfim!!!
ResponderEliminarDo que me recordo das minhas aulas no ISPA, as «Terapias de Grupo» só funcionam quando a inter-relação se processa de todos para todos e é falível, quando a inter-relação só passa através de um líder formal ou informal. Será por isso que a nossa Câmara Municipal tem um funcionamento tão deficiente?
ResponderEliminarOh Srª. Jessica,
ResponderEliminarEntão presume-se (é merecido não é?), também saiba mais do que aqui escreveu (“convencidos”? talvez fica-se melhor especificar isso de forma personificado), e também por exemplo, se nessa reunião falaram de qual a fundamentação de a esplanada deixar futuramente de ser concessionada, e quais os valores totais da festa do Bodo, dos orçamentos, das receitas e das despesas realizadas e do saldo final.
Bem como o conteúdo da informação que foi esclarecido aos Vereadores da oposição, e porque só agora aos Vereadores da oposição, isso significa que os outros têm mais acesso de informação de que estes, onde anda o cumprimento do princípio da transparência de actuação pública administrativa, então e nem ao abrigo da LADA, tem a oposição acesso aos documentos administrativos, quanto muito às actas de reunião do executivo da Câmara, ou tomam decisões sem cumprirem com o princípio da precedência.
Nas palavras do Sr. Presidente da CMP na Rádio Cardal, foi mais ou menos isto resumidamente: “Palco secundário com outras condições, com melhores condições para se assistir aos espectáculos. Os expositores e associações que ali se encontraram este ano vão já para o próximo ano para o espaço desportivo, que ali há muito espaço e é o local onde devem estar. Já não há esplanada para ninguém, não faz sentido estar concessionada a um privado e vender cervejas é nos cafés ali em frente, que há ali dois, nos restantes estabelecimentos da cidade existentes e na zona desportiva. Não haverá também mais cerveja à venda no palco alternativo no jardim do cardal.” In: Rádio Cardal, notícias pelas 10:00 horas do dia 03 de Agosto de 2010.
Sempre tinha a esperança que andassem atentos aos meios de comunicação da terra, e a reunião tivesse também abordado assuntos relacionados com as notícias dos jornais locais, como afirmado inicialmente pela Sr.ª Paula Luz e reiterada pela Sr.ª Jessica, deitem uma vistas de olhos só:
“A Turismo Centro de Portugal (TCP) e o Ginásio Clube Figueirense celebraram hoje, em Coimbra, um protocolo que aposta na criação de circuitos náuticos de remo de lazer em planos de água da região.
O acordo de cooperação entre as duas entidades prevê o desenvolvimento daqueles circuitos turísticos especialmente nos rios Mondego, Zêzere, Vouga e Tejo (troço do Tejo Internacional).
“Queremos apostar em novos nichos de mercado e tirar partido da existência destes importantíssimos cursos de água”, declarou à agência Lusa o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado.
O turismo náutico “é um produto turístico com uma elevada taxa de crescimento e capacidade de atracção”, ao cruzar ofertas como a natureza, o desporto ou a cultura.
“Os rios e albufeiras do Centro de Portugal apresentam excelentes condições para a prática de modalidade náuticas diversas, sendo o remo de lazer uma actividade com grande número de adeptos em toda a Europa”, refere uma nota da Turismo Centro de Portugal.
“Ao potenciar o desenvolvimento de circuitos turísticos nesta área, a TCP procura comunicar, nacional e internacionalmente, as valências náuticas existentes no território regional”, adianta.
Desta forma, a Turismo Centro de Portugal quer “contrariar o fenómeno da sazonalidade e estimular a realização de eventos náuticos”.
“Estamos a abrir portas para um nicho de mercado que está em crescendo”, salientou Pedro Machado.
Alem de Pedro Machado, participaram na assinatura do protocolo de cooperação Isabel Maranhas, vereadora da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Joaquim Sousa, presidente da assembleia geral do Ginásio Figueirense, e Rute Costa, atleta responsável pelo remo de lazer desta colectividade.”
in: http://noticiasdocentro.wordpress.com/2010/07/28/turismo-do-centro-centro-aposta-na-criacao-de-circuitos-nauticos-de-remo-de-lazer/#more-1100
E, que daí resultasse uma forte medida na despoluição total e reabilitação do Rio Arunca. Enfim, afinal continuam a não surpreender positivamente.
ResponderEliminarEm relação às contas do Bodo, nas notícias das 10:00hrs da manhã de hoje, da Rádio do Cardal, não se entendeu nem o orçamento, nem as receitas e despesas, e muito menos o saldo final da festa (a não ser que tenha sido só um mero resumo da comunicação do Sr. Presidente).
Só se entendeu de algumas mudanças relacionadas com a Festa do Bodo, e nessas o Sr. Presidente nem afirmou por exemplo a gratuitidade futura de cedência dos espaços para as Associações sem fins lucrativos, que queiram participar no evento do ano que vem, como mais uma forma de incentivar o Associativismo em Pombal, até incentivando a participação das mesmas com actividades na Festa como deveria ser à moda do Bodo Antiquíssimo.
Será que um verdadeiro balanço agora é só relativo ao que o Sr. Presidente mencionou, ignorando-se a parte financeira? É que mesmo que não estejam fechadas as contas, poderia ter avançado essa informação.
Já na questão da esplanada não se entende a fundamentação avançada publicamente, peca por muito parca, não faz sentido de estar concessionada a um privado?
Então não é este o líder do PSD local?
E, o contrato vai ser cumprido até ao fim com o concessionário, ou lhe assistirá algum direito a indemnização?
O engraçado é que a “Esplanada do Cardal (Pérgula)” estando bom tempo, se encontra quase sempre bem composta de clientes.
À priori e com a explicação avançada não se entende, não se podendo aceitar tal decisão de ânimo frio, podendo-se para já classificar como infundada tal decisão. A existir concurso público legal para a concessão, adjudicando-se com um procedimento correcto, pagando o concessionário a licença devida e cumprindo sempre com o contrato celebrado, estando tudo dentro da legalidade, é estranho rejeitar-se uma receita para a CMP, em tempo de crise, e de um espaço frequentado por várias pessoas, ou seja aprazível.
Só falta haver no futuro lugar a indemnização ou então a cedência de uma nova concessão a esse título, será a cereja em cima do bolo para a oposição e com toda a razão.
Ultimamente os líderes do PSD local parecem assemelhar-se ao líder nacional (proposta da revisão constitucional) é só tiros nos próprios pés, e de lembrar que estes apoiaram um outro candidato nas eleições internas.
Um jornal de qualidade teria leitores? Ou melhor, deixariam que existisse durante muito tempo?
ResponderEliminarAmiga e companheira Paula Sofia, boa tarde.
ResponderEliminarAfazeres, por conta da Pátria amada, têm-me cerceado do vosso convívio.
Todavia agarraste num tema assaz interessante.
E eu socorrendo-me dos mais conceituados psicólogos vou dar a minha opinião.
Façamos o seguinte exercício.
Objectivo: Conhecimento recíproco do grupo.
Grau de dificuldade: Fácil.
Fase do grupo: Inicial (há muitos novatos).
Idades: Todas.
Dimensão do grupo: Qualquer uma.
Duração: 15 minutos ou mais, conforme a dimensão do grupo.
Desenvolvimento: Todos os participantes devem estar sentados em círculo. O animador apresenta-se em primeiro lugar e convida os participantes a fazerem o mesmo. Devem dizer o nome, a idade, o emprego ou o trabalho (não é a mesma coisa), estado civil, signo do zodíaco, actividades preferidas, etc.
Concluída a apresentação, exploram-se as expectativas de cada um dos participantes em relação ao trabalho que se está a iniciar e, eventualmente, as fantasias, pensamentos ou preocupações.
A verbalização dos pensamentos e das expectativas que precederam o início do encontro, alivia a tensão e a ansiedade e predispõe os participantes para o trabalho do grupo.
Pode-se utilizar uma narração ou uma recordação como ponto de partida para realizar um psicodrama.
Sugestões para o animador: Não devem ser os nove do Executivo camarário (é muito redutor) mas sim os nossos cinco magníficos administradores e adicionar os comentadores, q.b..
Lançar a discussão sobre o que resta da comunicação social em Pombal com a informação de quem tem no cofre cheques, que nunca recebeu, de um semanário que felizmente ainda é vivo e, também, de quem está a tirar uma rádio do fundo do poço para onde a lançaram.
A partir daqui está tudo em aberto.
Na firme expectativa de que a minha modesta contribuição contribuirá para alavancar esta dinâmica de grupo, sou com um
Beijo.