8 de janeiro de 2014

Benesses camarárias

Li no Notícias do Centro que a Câmara Municipal de Pombal vai dar várias benesses aos funcionários camarários, tais como abonos para os filhos, dispensas do trabalho em várias ocasiões, almoços convívio, etc., tudo no seguimento que foi a “folga” do dia do circo.
Fiquei surpreendido e revoltado. Surpreendido porque esperava e já vinha a assistir a sinais de melhoria na gestão pública. Revoltado porque me senti enganado nas expetativas, porque as ditas medidas representam um benefício de alguns à custa de todos os outros, com muito maiores dificuldades e esforço fiscal, e porque também representam a criação e a cristalização de uma cultura viciada de favorecimento.

É compreensível que Diogo Mateus queira seduzir os funcionários da Câmara, de forma a criar neles uma imagem mais positiva do que a que ficou do vereador. Só que deveria consegui-lo com permanentes boas práticas de governação e não à custa dos outros cidadãos e de cedência no rigor, na exigência e na responsabilidade. 

37 comentários:

  1. Embora actualmente não resida nem Pombal, nasci e cresci até aos 21 anos no concelho e visito-o com alguma frequência. Sou social democrata convicta e esta situação envergonha-me, nauseia-me, repugna-me, dá-me nojo, entre outros sentimentos negativos. Quando aí estive na época de Natal tive conhecimento que a Câmara oferecera telemóveis a todos os seus funcionários, o que me fez questionar a forma como os dinheiros públicos são aplicados pelas autarquias num momento em que o Governo me corta 12% do ordenado e me aumenta os impostos. Onde está a coerência?

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  2. Boa noite
    Mais uma que nos surpreende!...
    Ao contrário da literatura sobre motivação profissional, e no enquadramento daquilo que os políticos nos têm ensinado, primeiro adoça-se a boca e depois pede-se trabalho!
    Isto é verdadeira menorização da inteligência dos trabalhadores!
    Parece que vamos continuar a ter mais do mesmo quanto ao despesismo público!

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  3. Boa noite senhor Fernandes
    Fui ler. Álvaro Cunhal estará a bater palmas, só falta o automóvel e residências para esta compostura ir ao encontro do "Manifesto Comunista" que Friedrich Engels e Karl Marx escreveram e teve algum sucesso após a segunda guerra mundial.

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  4. Muito Boa noite....
    Eu não sei porque é que existem pessoas espantadas com isto, na Democracia em Portugal o que não falta é destes "tachos" e "regalias". Seguramente Salgueiro Maia e Muitos Portugueses não estariam á espera que o caminho do país fosse este, desde a revolução em diante mas infelizmente está visto que o "desgraçado" tem de pagar sempre a mesma factura enquanto outros se ficam a rir nas costas.

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  5. E pronto! O Povo vai votando nisto. É disto que (algum) povo gosta. Comprar a vontade do voto, comprar a alma e corromper vontades....é a partidocracia no seu melhor (ou pior?!)
    Dar benesses a alguns, significa tirar dinheiro de algum lado para lhes dar essas benesses.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Caros "Farpistas" vamos por partes: 1º Dar algumas regalias aos que trabalham verdadeiramente não é necessariamente uma má aposta, motiva as pessoas e cria-se espírito de equipe. 2º Dar formação em Informática e Culinária também não é má aposta, muitas esposas e maridos vão agradecer. Quanto ao resto, o povo assim votou, a maioria quer o Concelho assim governado, que seja feita a sua vontade aqui na terra como no céu...

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    1. Caro Roque, uma coisa é Meritocracia. Outra coisa é corromper a vontade do trabalhador. Se por acaso o novo Presidente estivesse em funções há já largos meses, poder-se-ia falar em Objectividade do Programa Eleitoral, em prol da Meritocracia: atingidos os objectivos públicos em geral, avancemos para prémios aos trabalhadores do Município - isso sim, é Meritocracia. Agora....tão cedo?? Fica outra idéia no ar. E a minha nada tem a haver com motivação de pessoas e espírito de equipe.

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  8. Boa tarde
    Lendo a notícia, recomendo leitura sobre teorias da motivação, Maslow, ao executivo da CMP

    - Segundo o Jornal, os telemóveis, são oferta das operadoras, logo, é preferível oferece-los aos trabalhadores do que deixar depreciar os referidos nos arquivos, sem utilização.

    - Quanto aos livros escolares é pena que os mais carenciados não beneficiem da medida, por princípio de igualdade de cidadania. Provavelmente há muito pombalense mais necessitado da oferta que os trabalhadores da CMP.... Ainda, educar um filho, é um investimento muito elevado e quando chegam ao ensino superior o custo, segundo dizem, chega a atingir 1.200. euros mensais incluindo as propinas. Quais as famílias que podem suportar tal custo?

    - A natalidade no concelho têm diminuído muito, logo, o enxoval pré natal, devia ser extensivo a todas as mulheres de Pombal para incentivar a natalidade. Há muita mulher que sonha em exercer o direito mais lindo que a natureza lhe dá: o direito à maternidade e não o exerce por razões económicas, logo população envelhecida e menos futuro para o País.

    - Quanto aos almoços e jantares é uma panaceia que ronda o bajular dos poderosos, para não dizer outra coisa,


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  9. Meus caros,
    Sei que vou ser crucificado, mas... não concordo nada com as criticas, e concordo em absoluto com a iniciativa da CMP.
    Quanto eo pretenso "Marxismo" da medida, julgo que tal característica só a valoriza, e que em nada a diminui! :)

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  10. Boa tarde
    Senhor Mário Gonçalves, lembro quando jogava andebol, era fraquinho muito fraquinho, esta é a opinião que tenho do senhor como andebolista. Ao ler o seu comentário quase que adormeci, já tentou arpa? Quero dizer, já experimentou tocar arpa? Noto uma certa suavidade no que escreve e imagino a sonoridade que podia tirar da arpa e olhe que acompanhado do Dr Fernandes na tuba podemos imaginar belíssimas noites ao luar no novíssimo Cardal a acompanhar o gang da malha tão bem capitaneadas pela Paula Sofia.
    Caro Oliveira, garanto-lhe que não cai bem, tenho a certeza que gostam de ler ou ouvir coisas diferentes.
    Cumprimentos

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    1. Têm razão, nunca fui grande praticante da modalidade, gostava mais de matraquilhos,, quanto à arpa, bem, seria melhor um conjunto de arpa e dança

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  11. Se a câmara fosse uma empresa e Diogo Mateus o seu dono era o primeiro a bater-lhe palmas pelas medidas. Como faz este show off com o dinheiro dos contribuintes, em tempo de sacrifícios para a esmagadora maioria e não anunciou as medidas antes das eleições, é inaceitável.

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  12. Boa noite
    Por norma premeiam-se os melhores funcionários como o Sr. presidente é Médio/ Visionário, conseguiu prever o futuro, anunciou desde já os melhores de 2014 e premiou-os.

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  13. Caro Roque
    Penso que, no exercício da tua atividade comercial, vendes os produtos pelos preços que tens fixado e que anuncias. O preço recebido é a tua justa remuneração e a tua verdadeira motivação. Não é necessário entregar-te ainda mais um prémio monetário (uma motivação) acima do preço fixado. Se assim não fosse, estarias a praticar especulação e sonegação de bens.
    Ora, tu defendes uma prática nada séria (imoral) para a prestação do trabalho subordinado e o correspondente recebimento dos salários, acrescentando-lhes um privilégio económico, baseado na simples manutenção de um vínculo laboral e suportado por todos os outros cidadãos, mesmo os mais desprotegidos. Defendes também um acréscimo de custos económicos em tempo de crise e, bastante mais grave, uma cultura viciada de benesses que, quando faltarem, irão desmotivar os trabalhadores, reduzir a produtividade e levar ao absentismo. Depois, será muito difícil quebrar hábitos de recebimentos indevidos. Será uma armadilha para o futuro.

    Caro Gabriel
    A medida camarária que defendes leva obviamente a uma ostensiva violação dos princípios da igualdade e da proporcionalidade entre os cidadãos. Como sabes, não apoio romantismos políticos, por os mesmos serem sempre suicidas ou antropófagos. Se vingar a perspetiva que recuso, terei então de dizer, parafraseando Orwell, que todos são iguais mas alguns são mais iguais que outros.

    Caro Chainça.
    Sugiro que te identifiques. Talvez assim consigas expor alguma ideia bem estruturada e te deixes de piadas sem génio e sem ironia.

    Caro executivo camarário
    Se a Câmara Municipal tem receitas em excesso, então reduza a taxa do IMI ou prescinda da comparticipação na receita do IRS. Assim, iria beneficiar de forma igual todos os contribuintes do município, muitos deles desesperados por endividamento ou mesmo já insolventes.

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  14. Eu percebo a tentativa de aproximação, até porque era clara e notória alguma animosidade por parte de alguns sectores e de alguns funcionários. Percebo até que a face justiceira de Diogo Mateus cause estragos na laboriosa família criada por Narciso Mota.
    Mas a propaganda de momentos como este parece-me algo ridícula. Não havia necessidade...
    http://www.cm-pombal.pt/seu_municipio/notas_imprensa/index_notas.php?subaction=showfull&id=1388787188&archive

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  15. Amigo JGF, qual igualdade e proporcionalidade? Isto nao me parece caro, e é evidente que vai melhorar bastante a qualidade de vida dos trabalhadores da CMP. Se os outros tb merecem? É evidente que sim. Quem sabe se com esta medida ganho argumentos para o solicitar também à minha entidade empregadora... Mesmo que nao consiga, fico feliz com a melhoria conseguida pelos funcionários da CMP. E parece-me atendivel que isto seja, por exemplo, uma contrapartida para pedir ainda mais empenho... Quem recebe melhor, da melhor, nao é isto verdade?

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    1. Caro Gabriel, boa noite.
      É verdade o que perguntas no final. Mas...tão cedo assim, não soa a algo....fácil? Sem se ter lutado muito por isso? Extemporâneo, talvez? Acredito nos objectivos da medida ( a famosa Meritocracia!) , mas só com resultados palpáveis e minimamente cumpridos após algum tempo no poder. É nisto que acredito.
      Oferecer tão cedo sem algo de realmente feito, é comprar votos. Desculpa-me a minha opinião, mas eu entendo-la assim.

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    2. Talvez eu tenha entendido mal a medida... Vejo-a como sendo de aplicação generalizada, e nao dependente de um reconhecimento de mérito.

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  16. Boa tarde
    Volto aqui e desta vez sem ironia, as medidas que o Diogo tomou na sua relação com os trabalhadores do Município são aceitáveis, exigem-se e deve-se lutar para que nos contratos colectivos e trabalho em geral se adoptem estas mesmas regalias, eu vejo melhores condições no trabalho para o trabalhador e devia ser generalizado, a surpresa está em ser o Diogo e o PSD a darem esta pedrada no charco, contrariando esses Neo-Liberais como o Pedro Brilhante, Nuno Carrasqueira e o moço que perdeu as eleições em Vila Cã.
    Antes das eleições! Tivesse o Diogo introduzido este tema nos seus discursos generalizando-os e conseguia mais votos.

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  17. Caro Gabriel
    Onde está o teu sentido de justiça?
    Omites que as medidas demagógicas propostas, consubstanciadas em prémios monetários ou redução de tempo de trabalho, terão de ser pagas por todos os outros cidadãos, muitos deles com menor remuneração, com maior horário de trabalho e com maiores dificuldades económicas.
    Obviamente que a questão tem de ser analisada no âmbito geral do confronto entre os direitos e deveres de todos.
    Obviamente que as medidas propostas ferem o sentimento de justiça coletivo.
    Caro anónimo Chainça
    Não sabes o que dizes ou sabes que o que dizes não tem razão nem valor, motivo porque não tens coragem de sair do anonimato.

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  18. Como a câmara parece estar muito bem de finanças, em alternativa a este desaforo, convido-a a custear o transporte dos alunos carenciados da secundária.
    Posso falar na primeira pessoa: a minha esposa está desempregada há 3 anos e um dos meus filhos paga cerca de 70 Euros de transporte por estar no ensino secundário.Se a câmara contribuir mesmo com metade, seria uma grande ajuda.

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  19. Meu caro JGF,
    Compreendo o argumento, mas parece-me que a questão monetária parece-me pouco relevante, uma vez que parecem medidas pouco dispendiosas. E a sua nao concretização nao iria reduzir a contribuição de cada um dos demais munícipes para o orçamento camarário. Acresce que a função publica tem sido, de facto, particularmente afectada por esta questão dos cortes neste período de austeridade... Embora nao sofrendo o drama do desemprego que assola o privado. Há medidas menos pacificas... As despensas nos aniversários dos filhos, o prémio aos alunos do quadro de honra... Mas outras que me parecem criativas, baratas e muito facilmente aceitáveis (aula grátis na piscina, por exemplo). E o principio em si, de pretender melhorar as condições de trabalho sem um grande esforço financeiro, parece-me virtuoso.

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  20. Pois, meu caro Gabriel
    Continuas a não explicar bem ou eu a não entender bem os teus conceitos de justiça e de equidade. É que as mediadas não vão beneficiar todos os cidadãos mas vão ser pagas e vistas por todos, quer no aumento direto das remunerações quer na redução do horário de trabalho.

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  21. Amigo JGF,
    Este teu argumento poderia também ser aplicado ao proprio salario de cada um dos funcionários públicos. No fundo (e a interpretação poderá ser um pouco abusiva, mas os "extremos" permitem-nos ouvir o eco das nossas palavras), é um "eles não merecem tão boa contrapartida pelo seu trabalho".
    Eu percebo o desconforto em relação a benefícios que se apresentam como "menos trabalho" (embora não esteja certo de que isso não possa beneficiar o próprio serviço... mas dou esta de barato). Também perceberia se esses benefícios representassem um grande esforço financeiro, a troco de nada (as subvenções aos ex-politicos, por exemplo). Aqui parece-me um acto de gestão normal, e potencialmente com bons resultados. No minimo, acho a ideia defensável. Coloca-a da seguinte forma, e supondo que estamos a ouvir o Diogo Mateus a pensar: "vou melhorar as condições de trabalho deles, e de seguida exigir um serviço de excelência. Mais simpatia e prontidão, mais rapidez nas respostas, mais adaptabilidade, mais pro-actividade... estes tostões que as medidas vão custar, trarão um retorno bem maior à instituição, e por essa forma, ao município".
    Não te parece que esta ideia é, no minimo, defensável? Se o for, acho que o homem tem direito e legitimidade para a testar...

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  22. Caro Gabriel
    Continuas a argumentar como se o que não existe na Câmara Municipal não existisse no mundo ou com se a Câmara Municipal fosse o mundo.
    Diz-me tu:
    Só com incentivos destes, para além da remuneração contratada, se consegue trabalho de excelência em todos os organismos públicos?
    E nas empresas privadas?
    Estas benesses não acabam por viciar a médio prazo a qualidade do trabalho e as relações de hierarquia?
    Também tens incentivos destes no teu trabalho?
    Se não tens, já não prestas um serviço de excelência?

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  23. Boa tarde, para si também caro Gomes Fernandes
    Pobreza, pura pobreza esta de discutir as "benesses" que o executivo camarário decidiu por em pratica, e se a discussão partisse no sentido de aproveitar este exemplo para os trabalhadores do privado e outros.
    Esta discussão faz-me lembrar aquele trabalhador do estado que vai ao médico, quando entra na sala de espera os outros doentes do SNS atiram-lhe: "Você havia era de vir para a nossa caixa".
    Burros! Deviam era de dizer: "Nós vamos lutar para ir para a sua caixa".
    Ainda vão descer o salário mínimo e ninguém sai da poltrona, continuamos a ler na imprensa que o povo anda a pagar a fortuna que uns poucos açambarcaram e ninguém diz nada, um município oferece melhores condições aos seus colaboradores e aparece logo o falatório tipo peixeirada a roçar a inveja, não é um caso financeiro, aí sim, acho que o município podia poupar em algumas decisões, mas essa é outra conversa.

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  24. Caro anónimo Chainça
    Pela tua argumentação, todos podem ter as mesmas benesses, onde os bens são ilimitados e todos recebem e ninguém paga, e todos podem ser simultaneamente governantes no mesmo cargo, onde não há governados. Quando falas de burros, olha para o espelho. Já não tenho mais tempo para ti...

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  25. Caro anónimo José Gomes Fernandes
    Eu não o conheço. No seu blog nada encontrei por conseguinte é tão anónimo como o Samuel.
    Então homem eu posso vir aqui dizer que as "Benesses" são positivas para os trabalhadores do município e o exemplo até deve servir para outros patrões, mas eu sei que este tipo de politica assemelha-se a uma coisa que nós sabemos o que é, aí esta o tal papão que o senhor combate, quando nos fala aqui no financiamento das medidas isso é conversa fiada, o senhor não quer é que os trabalhadores do município tenham a tarde no dia em que os filhos fazem anos ou que lhes seja dado ajuda na compra de livros da escola, eu aplaudo e de pé, e entendo que é um exemplo que se devia generalizar por todos os que trabalham e ainda podem ser analisadas outras ajudas mas fico-me por aqui. O seu comentário das 16,59 não tem sentido algum.

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  26. Boa noite
    O melhor será parar a fábrica a empresa ou loja sempre que o filho do funcionário faz anos! Esta medida, a meu ver, faz me lembrar o novo riquismo que vigorou nos últimos anos r que levou ou o País à situação em que se encontra.

    Pelos vistos todos assumem que o Estado Social têm de acabar , chegada a hora da verdade, todos esquecem que não podemos gastar mais do que aquilo que produzimos.

    Se o Município têm uma conta de gerência excedentária deve criar um fundo para incentivar a natalidade, o estudo a alunos carenciados e incentivar a criação de empregos, bem como uma bolsa de empregos.

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  27. Amigo JGF,
    Eu não tenho a certeza que os resultados sejam bons. Parece-me sim que o modelo é defensável, e ainda por cima, se tiver baixos custos, vejo legitimidade no executivo para a testar. A minha proposta é que voltemos a este tema daqui a uns meses, procurando então informações que possam avaliar os resultados e custos da medida. Concordas?

    Tarantola,
    Nem todos assumem que o estado social tem que acabar. Eu não assumo, bem pelo contrário, oponho-me completamente a essa ideia.
    Se a ideia é extrapolar esta medida para planos económicos e sociais de estado, faço-lhe o seguinte dsafio: diga-me em que país gostaria de viver (atendendo às tais condicionantes), ou por outras palavras, que país tem um modelo económico e social que gostasse de ver reproduzido em Portugal. E diga-me se nesse país e nesse modelo, estas medidas teriam ou não cabimento. Porque o sr. e o JGF partem de premissas diferentes, ao que me parece. Entendo esta, que resumo da seguinte forma: "Neste momento, o país não suporta este tipo de medidas". Não compreendo o seu, quando infere que são este tipo de medidas que conduzem o país à ruina.

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    1. Bom dia
      Caro Gabriel só hoje é possível responder-lhe!
      Sem dúvida é apenas uma questão de interpretação, tanto eu como JGF, neste tema em discussão, estamos de acordo.

      Quando digo: todos assumem que o estado social têm de acabar, refiro-me, em particular à classe política, da sua parte não esperava posição que não fosse a que defende.

      No nosso País, apesar de tudo, ainda se vive razoável, por tal, gosto de viver aqui. Não há modelo económico que resista quando se distribui mais do que aquilo que se produz, o trabalho e os rendimentos são outra conversa.
      Sempre defendi e defendo que o segredo do sucesso de uma empresa ou instituição têm por base a motivação. Sei que estudou Maslow , Marks e Engel, mas, nunca podemos esquecer que as instituições devem promover a equidade e justiça social, a meu ver, no caso em discussão, não está a acontecer.

      O que escrevi, e afirmo, é que os estado social criado nos últimos anos, distribuiu riqueza que não tinha e, com tais medidas, promoveu injustiças sociais arrastando o País para a ruína, todos os dias observo indivíduos a passear em carros topo de gama e a viver do rendimento mínimo, ou seja: estado social sim mas em função daquilo que temos e produzimos, não podemos distribuir o pão que não o há!

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    2. Bom dia
      Caro Gabriel só hoje é possível responder-lhe!
      Sem dúvida é apenas uma questão de interpretação, tanto eu como JGF, neste tema em discussão, estamos de acordo.

      Quando digo: todos assumem que o estado social têm de acabar, refiro-me, em particular à classe política, da sua parte não esperava posição que não fosse a que defende.

      No nosso País, apesar de tudo, ainda se vive razoável, por tal, gosto de viver aqui. Não há modelo económico que resista quando se distribui mais do que aquilo que se produz, o trabalho e os rendimentos são outra conversa.
      Sempre defendi e defendo que o segredo do sucesso de uma empresa ou instituição têm por base a motivação. Sei que estudou Maslow , Marks e Engel, mas, nunca podemos esquecer que as instituições devem promover a equidade e justiça social, a meu ver, no caso em discussão, não está a acontecer.

      O que escrevi, e afirmo, é que os estado social criado nos últimos anos, distribuiu riqueza que não tinha e, com tais medidas, promoveu injustiças sociais arrastando o País para a ruína, todos os dias observo indivíduos a passear em carros topo de gama e a viver do rendimento mínimo, ou seja: estado social sim mas em função daquilo que temos e produzimos, não podemos distribuir o pão que não o há!

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  28. Peço desculpa ao Tarantola e ao Gabriel por me meter ao meio da vossa conversa, mas acho que tomou um rumo com uma questão pertinente e fundamental, na sociedade actual - que modelo político-económico a seguir?
    Se chegamos a este ponto de o questionar, então todos já ousaram pensar que o actual tem problemas....se calhar, esgotado...... Ou será precisamente o contrário: o Estado Social deve existir?
    Na minha óptica, basta olharmos para a História da Humanidade. Produziram-se evoluções sociais, económicas e políticas durante séculos, mas com especial ênfase nos últimos 250 anos de História. O culpado foi o dinheiro. Mais uma vez, o dinheiro. Com a franja da sociedade burguesa no comando.
    Por paradoxalmente que pareça, a burguesia foi a culpada do bom e do mau, na evolução económica do Mundo actual. Inventou-se a Banca por Médicis, já com regras de agiotagem bem baseadas em extorsão. Mas legalizada pelos Governos de Cidades-Estado Italianas, que precisavam de dinheiro fresco em caixa, subsidiando as guerras permanentes na Europa Medieval. No entanto, a Banca promoveu o desenvolvimento de mais e mais e mais burguesia, que fundaria o motor Económico até aos nossos dias! E essas regras básicas da Banca ainda hoje permanecem intactas na sua ideologia.
    Com o Iluminismo, criaram-se questões filosóficas e políticas, à medida que se queria controlar o poder financeiro da Banca. E conseguiu-se, em certa medida.
    Com a Revolução Industrial, a Banca progrediu para níveis nunca vistos!! Qualquer um podia pedir empréstimos e fazer fortuna e pagar à Banca. Até mesmo fundar um banco com essa nova fortuna....
    Com o início do séc.XX, o poder político precisava de gerar equilíbrios no seu Povo, que agora emigra com facilidade para onde houver trabalho e dinheiro - invenção do avião e desenvoltura do automóvel/comboio - então, criam-se países Socialistas para conter a sangria da pobreza, em que a Burguesia/Banca colocou o seu próprio País inteiro!
    Já existiam antes, mas no séc.XX os "Stock Markets" e Títulos do Tesouro Público adquirem o modelo e proporção de hoje em dia: dependência total de quem tem dinheiro!!
    Durante esse século, o Socialismo avançou lado-a-lado com o Nacionalismo: incompatibilidade total !!! Resultado? 2 Grandes Guerras. Onde o Socialismo venceu em parte. Do outro lado do Atlântico (e também Reino Unido), ainda antes das 2 Grandes Guerras, a Democracia fazia-se numa mescla de Nacionalismo-Proteccionismo-exportação massiva de Bens, onde os recém-criados sindicatos demoviam os trabalhadores, procurando chantagens com as Empresas. E o que é certo, é que a chantagem deu certo!!! Graças a conjuntos de medidas (a Labor Union), foi possível entrarmos no modelo que hoje conhecemos: social-democracia !
    A Social-Democracia foi importada pelos EUA, e adaptada à realidade da Europa destruída por Guerras sucessivas.
    Resumindo: temos a Social-Democracia como modelo político, em que o Estado Social é a sua base, fundamentando-se no equilíbrio da sociedade justa, onde o dinheiro é o instrumento de todos para os que não o têm. Por sua vez, o dinheiro é ganho com a força do trabalho individual, suportado pela Banca (que aqui regressa com lucros, depois de ter emprestado a quem trabalha).
    Isto faz algum sentido? Para mim não faz. O dinheiro é um grande malandreco, mas um mal necessário. Ou será que não?
    O que sei, é que a história repete-se. E continuará a repetir-se: por cada investida do dinheiro aos Povos, uma consequência política advirá.

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  29. Interessante, Eduardo... Interessante!
    Junto-lhe esta outra pitada: o poder sempre determinou ( no sentido de "legislou") consoante as vontades de quem o detém (ao poder, claro)! Sendo este nosso sistema denominado por "democracia", seria suposto que esse poder estivesse nas mãos do povo, o cidadão anónimo e que integra uma espécie de "aspirações colectivas" da comunidade, que conduzem a uma ideia de bem comum. Contudo, a realidade afigura-se diferente, quando vemos prevalecerem os interesses de uns poucos, devidamente armados com quase todos os poderes políticos disponíveis, quer os "formais", quer (e principalmente) os outros. A conclusão lógica é a de que este sistema político nao é uma democracia, embora se esforce por parecer que é. Desculpem lá este clichè, mas teve que ser! ;)
    Este ponto de partida é para dizer o seguinte: o nosso modelo económico é, a meu ver, subalterno do modelo político. Ou melhor, deveria ser subalterno deste. E nao é!!!
    Então, a minha sugestão é que curemos a politica, apliquemos o país uma verdadeira democracia, e vejamos as repercussões dessa cura no modelo económico do pais, e quais as suas repercussões.

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  30. Bom dia
    Caríssimos. ao meu ver, o que o Eduardo escreveu é uma resenha histórica da evolução política e económica da sociedade europeia e o Gabriel completa com os cliché, e eu acrescento que o poder política, tal como a democracia, entregou a alma ao capital, não o de Carl Marks, mas sim ao dos grupos económicos, logo a democracia é uma utopia.

    Há quem diga que o amor é esfregar o polegar com o indicador, portante até o amor está subjugado ao capital, logo também é utopia.

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  31. Boa noite, caros Farpeiros.
    Gabriel e Papagaio, será que podemos questionar o que é hoje a Democracia? Será semelhante àquela das cidades-estado Gregas? Será aquela que foi idealizada por Clístenes? É que a Democracia de Sufrágio Universal não se praticava naqueles tempos, era mais uma espécie de Oligarquia «à lá Ateniense». Mas o facto é que foi o princípio do (de algum...) povo a votar em representantes preferidos.
    Hoje, de facto, concordo convosco: money talks !!
    Ter partidos que são apoiados por grupos financeiros, para poderem manter as suas campanhas, materiais, etc, para mim é uma forma de subserviência !! De corrupção moral e até ideológica do próprio partido !! Se um partido quer sobreviver, que peça dinheiro aos seus militantes e aguente-se com esse dinheiro!! E as finanças de cada partido, devem ser inspeccionadas por identidades independentes, com o auxílio do fim do sigilo bancário dos partidos! E inspecionar transferências bancárias de militantes para a conta do partido, ainda que sejam descritas como «beneficientes». Mais: saber a proveniência desses mesmos dinheiros dos beneficentes!!
    Outra: fim das subvenções Estatais aos partidos com assento Parlamentar - é nunca dar hipóteses a outras ideologias que estão na fila para entrar lá também! Pior: é psicologicamente tentar aglutinar tudo em apenas 5 ou 6 partidos, quando existem tantas e tantas correntes de pensamento! (porque as hipóteses à partida são incomparavelmente menores com os que já lá estão!)
    Outra: devemos passar ao regime Democracia Semidirecta! Pelo menos aqui, conseguimos controlar melhor a corrupção e desvios faraónicos!
    Tenho mais visões e opiniões sobre este assunto, quem quiser, contacte-me. Adoro poder falar com quem não tem formatações ideológicas severas!

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