28 de junho de 2014

€400.000,00, é o deficit das contas da ETAP

Vamos colocar mais dinheiro dos nossos impostos na ETAP para tapar mais um buraco de €400.000,00.
Consta que as despesas foram reduzidas e que os alunos voltam a procurar a escola mas que o pessoal administrativo e até o docente são excessivos.
Vamos ficar atentos às medidas da administração da escola para solucionar o problema mas não deixaremos de exigir conhecer as respetivas causas e os responsáveis.

13 comentários:

  1. Por certo que a auditoria realizada pelo ROC identificou as causas e os responsáveis. E, sinceramente, não acredito que a culpa fosse só da directora de então...

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    1. Isto é política senhor. A não ser que ROC seja um partido da oposição (Retaliação às Opções Camarárias).

      Este papel é vosso e não está a ser feito em condições. Depois admirem-se de eles estarem no poder há 20 anos, creio. E não escrevam que não sabem o porquê das pessoas não votarem noutro partido. Já agora não me lembro de nenhuma intervenção sua no debate de campanha, aquele do Teatro-Cine, se calhar era melhor o CDS ter enviado o ROC.

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    2. Lamento tê-lo desiludido (será?) Sr. Paulo Batista mas também eu fiquei desiludido com a minha prestação. Há dias assim. Contudo, alguma coisa lhe escapou uma vez que não se lembra de nenhuma proposta que eu tenha apresentado!

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    3. E já agora continuo atento. Não me limitei a passar por aqui, apesar da enorme desvantagem da oposição não representada no executivo, já que o poder e a oposição representada são sempre convidados para os eventos e pagos para participar nas reuniões do órgão. Quando apareço sou sempre um "penetra". Por isso deixei a minha posição no post "O príncipe". E não me peça mais porque nem sequer sou membro da concelhia do meu partido!

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  2. Na minha opinião todo o anterior executivo é responsável pelos buracos da ETAP. A três níveis diferentes, mas todos altamente comprometedores, quer em termos políticos quer em termos de responsabilidade pessoal.

    1º nível – responsabilidade direta do executivo na estrutura de gestão da ETAP (estamos a falar de gestão de dinheiros públicos e, não menos importante, a gestão do futuro de milhares de alunos)

    2º nível – responsabilidade na representação e no acompanhamento da direção da ETAP, que deveria ser regular, de supervisão;

    3º nível – responsabilidade política e pessoal de todo o executivo, perante os vários sinais que foram sendo dados aos longo dos anos, que algo de errado se estava a passar na ETAP, nada tendo sido feito e exigido para que a lei fosse cumprida e a supervisão executada.

    Solução encontrada pelo atual executivo – despede-se a Ana Pedro, faz-se uma auditoria, operações de marketing, somos novos nisto, agora é que é.

    As últimas notícias - inquéritos arquivados, prescrições, marketing, … - fazem antever o que vai acontecer. A culpa vai ser unicamente da Ana Pedro, o narciso logo se vê como param as modas. O buraco, os contribuintes resolvem.

    Questão:

    Neste executivo estão vários elementos do anterior executivo, atenção, com as responsabilidades que tinham nesse executivo (todos eles, vice-presidente, educação,…). Certo?

    Politicamente, que lições tiram estes senhores e senhora disto tudo. A culpa foi da Ana Pedro e do Narciso (neste último caso, é claro, dito em conversas restritas).
    Mas não é, a vossa responsabilidade é muito mais do que isso, primeiro é política, não fizeram o vosso trabalho, fizeram de conta que não estavam a ver, são uns perfeitos YES MAN, puseram os vossos interesses pessoais à frente da vossa cidade e do vosso país (isto lembra-vos alguma coisa, ensinado nas universidades de verão do vosso partido. Pelos vistos não aprenderam esta importante lição – informação a mais, certamente). A vossa responsabilidade também é pessoal, porque a partir do momento que permitiram que isto chegasse a este ponto e não atuaram, E NÃO ATUAM, são responsáveis pelos dinheiros deitados ao LIXO e pelo futuro de milhares de alunos que foi hipotecado.

    Esses alunos já não têm qualquer EPIS que os salve. Engraçado, apesar de terem tidos a associação de empresários e a autarquia com responsabilidades na gestão da escola.

    De dignificante só vos falta uma ação – ATUEM E DEPOIS DEMITAM-SE, ASSUMAM AS VOSSAS RESPONSABILIDADES, PELOS MENOS AS POLÍTICAS, PORQUE AS PESSOAIS NÃO ACREDITO QUE TENHAM CORAGEM PARA TAL (com o vosso passado nesta história, era pedir demais).

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    1. Muito bem Sr. Paulo Batista. Isso seria política à moda antiga quando os melhores eram escolhidos pelo mérito, uma vez que eram escolhidos com base na competência mostrada no desempenho das suas profissões. E isso não foi só no Estado Novo. Também no pós-Abril foi assim até que as juventudes partidárias se apropriaram da política partidária. É que isto de gerir o dinheiro dos contribuintes não é só para bons rapazes, daqueles que nunca tiveram que fazer contas ao fim do mês. Mas esta perspectiva pessoal e profissional colide com uma visão demasiado "futebolística" da maioria dos votantes pombalenses.

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  3. Concordo, meus caros. Com o Paulo Baptista, com o José Guardado, e com o José Gomes Fernandes.
    A ETAP foi uma boa ideia com uma péssima aplicação. Um exemplo do mal que a partidarização das instituições pode fazer. A culpa tem rostos, não deveria morrer solteira. A oposição também tem culpa, porque admite discutir "EDUCAÇÃO", em Pombal, sem forçar a que se discuta a ETAP, que só não é (????) uma empresa municipal por meras (e mal intencionadas) artimanhas que em nada dignificam a CMP. Uma vergonha pública que não tem merecido o proporcional repúdio de quem tem por obrigação não estar só a abanar a cabeça.
    Mas o seu a seu dono, a responsabilidade quase total do que tem acontecido, está alojada nos paços do concelho.

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    1. A oposição tem muito terreno fértil para ajudar a população a sair deste pântano, mas tem que deixar de ser tão promíscua com o poder, tem que ser uma verdadeira oposição.

      Tem que dizer CONSTANTEMENTE a estes senhores que não são novos nisto, que tiveram responsabilidades no que aconteceu na ETAP, nos subsídios avulsos, nas obras ridículas, …., mas identifiquem as responsabilidades sem medo, estudem bem o que eles não fizeram e o que fizeram, responsabilizem-nos pela omissão consentida e consciente que decidiram assumir no que faziam, pelo papel ativo que tiveram ao não atuarem, ao serem uns perfeitos YES MAN. Existem rostos e eles estão identificados, têm que ser denunciados.

      Este pântano adensa-se, por exemplo, quando se vê uma vereadora da oposição a dançar e a cantar nas festas populares deste ano, não falando da participação ativa em cantarolar a letra estúpida escolhida.

      Este pântano adensa-se, por exemplo, quando a oposição não traz para a praça pública o debate destas questões, parece ter medo de dizer OS NOMES PRÓPRIOS de quem são os culpados dos buracos na ETAP e da destruição do futuro de milhares de alunos, das obras estúpidas, …

      PORRA, SEJAM INOVADORES NA COMUNICAÇÃO.

      A OPOSIÇÃO NÃO PODE SER ISTO. Demarquem-se claramente deste poder, em todas as vossas ações institucionais, é esse o vosso papel. Depois se são amigos e jantam todos juntos, dançam em conjunto na discoteca, …., já é outro assunto, É A VOSSA VIDA PARTICULAR.

      Mas no exercício das funções de oposição assumam as vossas responsabilidades, vocês são a esperança de milhares de pessoas que não se revêm nestas políticas, nesta fase já muito menos, INFELIZMENTE. Sejam uma verdadeira oposição em todos os locais institucionais e em todas as iniciativas deste executivo.

      DEIXEM DE SER MANSOS.

      SER OPOSIÇÃO, neste pântano que é Pombal, é dizer-lhes a todo o momento, em todas as ações, que se a consciência deles alguma vez chegasse realmente ao poder “OBVIAMENTE DEMITIA-OS”.

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  4. Bom dia meus caros. Tenho umas dúvidas que gostava que o Sr. Gabriel Oliveira me esclarecesse. É verdade que o Sr. deu aulas na ETAP? Foi dispensado ou optou por se demitir? Foi contratado num período coincidente com aquele em que o senhor seu pai mudou-se do PS para o PSD e integrou a lista "laranja" para a Freguesia do Louriçal? Obrigado.

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    1. Ahahah... Adoro este bom humor, sr. Santos!
      Desconheço qualquer filiação do meu pai, creio que nunca esteve filiado em qualquer partido, mas estou certo que poderá discutir esse assunto com ele mesmo.
      Quanto a aulas na ETAP, nunca dei (nem nada que se assemelhe), pelo que o resto das afirmações são um disparate.
      Não fosse a boa disposição e o non-sense da paródia que foi o seu comentário, e a minha resposta seria muito menos educada.

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  5. Alheio à actividade política e económica em torno da escola (as minhas actualizações resumem-se ao acompanhamento do Farpas), gostaria de deixar aqui o meu testemunho dos anos que passei na instituicão.
    Passaram 16 anos (tantos quantos tinha na altura) desde o meu ingresso naquela escola, como aluno. Cumpri com os 3 anos propostos e gabo-me da média-acima-da-média com a qual acabei o curso.
    Mas antes veio a desilusão, nunca cheguei a construir o robot que vi nas brochuras e que me levou a seguir tal caminho. O curso de Electromecânica foi "convertido" em Mecânica/Manut. Industrial, facto do qual só tive conhecimento no primeiro dia de aulas - vou para a "ferrugem", pensei. Os equipamentos eram obsoletos e os consumíveis inexistentes, ou muito limitados.
    As instalações eram improvisadas (CR Charneca) e as oficinas de mecânica estavam a uns 2 kms da escola, num anexo de uma empresa do ramo, onde, no inverno, fazíamos uma fogueira dentro de uma lata para aquecer as mãos. Os colegas, esses, pareciam professores, não pelos conhecimentos académicos mas pela idade e aparência. Assim concluí que esta escola era o último recurso para estudantes "encalhados", cuja aspiracão se remete a aprender uma profissão e obter, ao mesmo tempo obter o 12° ano. Pelo meio fumam-se uns cigarros, fazem-se uns peões e bebem-se umas minis no café da Lurdes. Está visto, entretanto estou um gandim como eles. Os peões só vieram aos 18, devo referir.
    As aulas começaram e depressa senti que a libertinagem não passava da porta para dentro. Os alunos eram tratados como adultos (pudera!) e as responsabilidades faziam-se sentir. As faltas eram convertidas em multas (1000$00 por falta injustificada, se bem me lembro) e os horários eram para cumprir à risca – julgo que nem havia campaínha, mas posso estar enganado. Foi o meu primeiro contacto com gente da indústria. Muitos dos professores tinham no currículo anos de experiência e provas dadas no terreno e não estavam ali para aturar merd@s de putos indisciplinados. Quem não se adaptava saía, por livre vontade, ou não. Os que ficavam cresciam.
    Apendi a soldar nas cadeiras que iam partido e a tornear réplicas de moedas de 50$00 para pôr nos matraquilhos (a D. Lurdes ainda as deve ter guardadas). Os "estica-fios", como chamávamos ao pessoal de Electricidade faziam os biscates e remendos necessários nas instalacões e dos "talochas" nada se sabia. Esses tinham as suas aulas no Parque Ind. Manuel da Mota e, claro está, equipamentos topo-de-gama e até sabão nas casas de banho - a malta costumava dizer que estavam a construír as novas instalacões - hoje sei que teriam sido capazes disso.
    O último ano foi nas novas instalacões: computadores novos, uma oficina maior que toda a Gosimac e muito espaco vazio para preencher. De repente a ETAP estava na moda, novos cursos, novos alunos, novos funcionários e docentes. A média de idades baixou drasticamente - este caminho tornava-se uma primeira opcão depois do ensino básico e ainda bem, a meu ver.
    Os professores, no entanto, continuavam incansáveis a usar a imaginacão para fazer acontecer e proporcionar melhores condicões e experiências aos alunos, inclusivamente fomos buscar bancadas antigas à escola secundária. Até o raio das cadeiras ainda tinhamos de soldar!
    Não sei o que mudou, ou se mudou algo desde então, para mim e para os outros gandins daquela fornada estava sempre tudo mal. O director, o tesoureiro, a psicóloga, o engenheiro… Mas foram estes, sobretudo o último que me fazem sentir orgulho de ter entrado nesta intituicão com o ranho no nariz e de ter saído, praticamente um homem (quase) feito.
    Emigrei recentemente, não por necessidade, mas por oportunidade. Esta viagem comecou na ETAP, há 16 anos.
    PS.- Desculpem o enorme texto e eventual off-topic, mas estas notícias (ainda que reais e preocupantes) aborrecem-me e revoltam-me. A ETAP merece que algo de bom também seja escrito.
    PS.2 – Neste país a cedilha não se gasta, pelo que também não se encontra neste teclado.

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    1. Bem-vindo, de forma ativa, ao Farpas.
      Não o conheço, mas gostei de conhecer a sua história na ETAP e a forma escorreita como a contou. O Farpas cumpriria melhor a sua função com mais comentadores como o Luís.
      Felicidades por essas bandas.
      Boas,
      AM

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    2. Boa noite,
      A ETAP, com a sua relevância política, continua a fazer correr muita tinta e muito dinheiro dos pobres contribuintes de Pombal, sem que ninguém assuma as suas responsabilidades. Senão vejamos:
      1º Politicamente, dizem as boas línguas, que a ETAP terá sido um dos pontos de rotura entre Pires e Diogo. Está claro, que um excelente gestor de escola pública, com provas dadas, não poderia alinhar com a injeção permanente de dinheiros públicos para salvaguardar os interesses da cor laranja local…

      2º Quanto às responsabilidades políticas, em qualquer país do norte da europa já meio elenco camarário se teria demitido ou seria demitido… Como puderam permitir tanta negligência na gestão da instituição (pelouro Ana Pedro) sem se ouvir qualquer sussurro discordante? É de se dizer que o silêncio compensa…

      3º Nesta senda, é de se questionar quantos milhões de Euros já foram injetados nesta esponja de dinheiros públicos? Nos jornais locais e regionais, há cerca de 5 anos, falava-se em milhões de Euros de passivo e nessa altura parece ter havido um aumento de capital de 5000 Euros para 100 000 Euros. Ora, resta-nos perguntar a que anos se reportam os tais 400 000.00 Euros que o JGF refere.

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