18 de junho de 2014

Desnorte

Na CMP reina o desencanto, a desconfiança e a desmotivação. O presidente, os vereadores e os funcionários estão de costas voltadas. É verdade que ambos tentam, ainda, fazer um esforço para se encontrarem, mas os desatinos têm sido muitos e tão frequentes que, neste momento, é muito mais o que os desune do que o que os une.
O caso Pires é o episódio mais grave e conhecido, mas é um de entre muitos. A entrada do novo vereador também não correu bem. Mas adiante. A situação é tão periclitante que todos tentam fazer um esforço para recompor a coisa. O presidente fez um ato de contrição e prometeu emendar-se, os vereadores prometem mais apoio e entrega, os funcionários (e a oposição) fizeram preces públicas, cantando umas quadras pelo presidente. Há quem garanta que já se mandaram rezar missas. Dizem as más-línguas que zelosa funcionária que andava a vender rifas, com a desculpa que era para ajudar o filho, procurava, dissimuladamente, arranjar um assessor para o presidente (foi mimoseada mas desforrou-se bem). Tudo, por agora, sem resultados!
O presidente procura evitar novas baixas mas mantém o registo. As justificações públicas sobre a renúncia de António Pires mostraram que não aprendeu nada com o episódio, porque foi ingrato com a vítima que o protegeu no sacrifício. Não se faz. Ao fazê-lo, forçou António Pires a justificar a rotura, enfiando-lhe dois diretos e um gancho. Não havia necessidade. Perde muito o presidente e perde, também, o Pires, que até agora tinha gerido bem a saída. O êxito é fácil de obter. O difícil é merecê-lo.
A prova do desnorte que se instalou naquela casa é a audiência que o presidente vai conceder ao ex-vereador, na câmara (a pedido deste, diz-se), depois da rotura pessoal (há vários meses) e politica (recente). Porquê e para quê? Que falta de tato político!

10 comentários:

  1. boa noite
    Tudo o que sei sobre os assuntos postulados é o que aqui está escrito sob a forma de insinuações veladas, de concreto apenas sei da surpreendente demissão de António Pires

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  2. Amigo e camarada Adelino Malho, boa noite.
    Mas que desnorte o teu.
    O post da camarada Paula Sofia ainda estava a dar.
    Colocaste este para boicotar o dela?
    Que falta de táctica a tua.
    Ou foi intensional?
    Se foi, isso fica entre nós.
    Abraço cúmplice

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    1. Caro Amigo Eng Marques,
      Registo a subtileza da observação. Não disse INTENCIONAL que queria eventualmente dizer com determinação, fito, objectivo...
      Disse outrossim INTENSIONAL que eventualmente quererá dizer cheio de TENSÃO.
      Enfim neologismos....
      Abraço

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    2. Amigo e companheiro, boa tarde.
      Foi, mas foi, erro ortográfico, de que me penitencio.
      Solicito a relevação da falta.
      Obrigado

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  3. Mais fumo Sr. Eng. Até ao final do mandato ainda vou ter de fazer umas Rifas para o Sr. Comprar um lança-chamas. O que vale é que estamos em época da Nª Senhora.... Aconselho-o a ir á missas da Nª Srª do Cardal (no bodo) e á missa da Nª Srª da Boa Morte, na terra dos Gauleses. Ao que fui informado, este ano com um alto patrocínio vão superar o bodo em termos de qualidade. Esta desde já Convidado para uma Fartura

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    1. Boa tarde
      Ó Roque a minha deslocação ao Louriçal por uma fartura, só? Se me convidares para um arroz de cabidela, desde que não mates o papagaio para a cabidela, dou-te a oportunidade de saberes quem sou.

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  4. Sr. Papagaio

    O senhor quer a fartura ou um upgrade para cabidela que era para o Sr. Eng, para ele saber quem você é. É mesmo o desnorte que o malho refere.

    CRUAC ...CRUAC

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  5. Bom dia
    Caro Sr. Paulo Baptista, o desnorte é seu, não admira, é novo cá no blog ou pelo menos parece,.
    além do mais, está a alimentar conversa sem discutir o assunto em causa
    As ,minhas desconversas com o meu amigo Roque são muito antigas, gosto de o ver nervoso.

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  6. Amigos e companheiros, boa tarde.
    Reconheço que não é fácil, aos da Casa, falarem em causa própria.
    Por isso não resisto de transcrever algumas ideias-chave do Dr. Adérito Araújo, publicadas na Revista dos 30 Anos do Jornal de Leiria, no dia 5 de Junho de 2014.
    Do seu longo e rico currículo (e estou a transcrever) consta que já foi duas vezes candidato à Câmara Municipal de Pombal, pela CDU e que actualmente faz a sua intervenção na cidade através do blogue Farpas Pombalinas.
    Respigo do que entende que é positivo:
    O Instituto Politécnico de Leiria mudou a face da cidade e da região. O forte investimento na cultura. A saúde de proximidade. As rádios locais.
    O negativo:
    Os custos do Euro 2004. A destruição do sector produtivo. O vergonhoso abandono dos recursos hídricos. A falta de planeamento urbanístico.
    O que falta cumprir:
    Políticos mais cultos. Preservação do pequeno comércio. Colaboração das Universidades com o mundo das empresas. Mobilidade. Integração mais sábia dos emigrantes.
    E disse.
    Adérito, Abraço, Grande
    Rodrigues Marques

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    1. Enquanto contraponto ao desnorte desta câmara, foi um belo exemplo, que aqui lhe agradeço. Ideias claras, versus ideias parvas. Muito bom.

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