3 de janeiro de 2017

Orgulhosamente sós

                                   Ansião, noite de passagem d'ano

Quem atravessou o Cardal na madrugada de 1 de janeiro, encontrou o mesmo cenário desolador de sempre, a fazer lembrar o que aqui escrevemos há um ano atrás. Mas desta vez a vergonha sobe-nos até à face. Dos diversos municípios que fazem fronteira com o concelho de Pombal...só o nosso é que não investe numa festa de passagem de ano para o povo. Ansião deu (mais uma) bofetada de luva branca, com um programa de excelência. Mas aqui, conseguimos a proeza de desmontar o Natal mesmo antes de ele chegar, deixando-lhe o rasto na fogueira do Cardal, ao estilo "numa casa pobrezinha, mas toda cheia de luz".
Quando olho para as imagens de Leiria, Figueira, Ansião (para não falar da Marinha Grande, Alcobaça, Nazaré...) lembro-me dos nossos jovens que abalaram logo na sexta e só voltaram ontem, dando vida e dinamismo ao comércio de outras terras. A história ensina-nos que nunca é bom ficarmos orgulhosamente sós. Para mais, continuo sem perceber onde é que gastámos os 100 mil euros. 
Bom ano a todos!

4 comentários:

  1. Este Concelho está com uma equipe sem ideias e esgotada na sua essência de fazer diferente e melhor. Ao menos uma missa no pavilhão de exposições. Temos um pavilhão fabuloso para contratar um bom espectáculo e as Associações e clubes poderiam explorar as barracas de comes-e-bebes e assim a CMP investia para fazer uma boa passagem de ano e os clubes aproveitavam e angariavam fundos. Pode ser que no próximo ano e com novo Executivo Pombal saia do marasmo.

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  2. Após todas as tentativas de afastarem um candidato ficou o medo. Vejam as newsletters do município e respetivas notícias nos media e constatem a ânsia de tudo querer fazer e tudo querer gastar.
    É intrusivo receber 2, 3 ou quatro informações por dia das "novidades" de quem passou 3 anos parado. Não me incomodam a missas mas incomoda-me a beatice das atitudes e ações. Cansa a propaganda, cansa a gestão do medo, cansa o impor fictício de um trabalho que é ausente de práticas.
    Haja decoro e bom senso. Haja verdade e conformidade. Haja contenção de poder.

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  3. Calçado vai para a câmara
    Deogo tão santo e puro,
    Vai fermoso, e não seguro.

    Leva na cabeça o mote,
    No gesto mão de maltrata,
    E mostra-se com toda a lata,
    Pedindo a quem lhe vote.
    Traz a ronha sem malote,
    E logo benzeu o murmuro,
    Vai nervoso e não seguro.

    Descobre boca ao Pança,
    Grita todo borrado,
    Adita ordem zurrado,
    Com modus que o mundo espanta.
    Chove neles merda tanta,
    Que desgraça a fermosura.
    Cai o pano olhai a feiura.
    Nem fermoso, nem seguro
    (Luísa Vaz)

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