A CMP tem fama antiga – não o proveito – de ser bom (rápido)
pagador aos empreiteiros. Nos últimos anos, conquistou, também, junto dos
próprios empreiteiros, a fama de ser um bom receptor das obras – recebe-as
quando os empreiteiros as entregam, tarde e más horas, e não quando deviam ser
entregues.
Os prazos estabelecidos nos cadernos de encargos das obras
são, salvo raras excepções, muito longos – o dobro do que seria necessário para
fazer a obra. Mas, mesmo assim, a CMP estende-os, uma, duas, três vezes…! Tem
sido sempre assim nas principais obras: Centro Saúde, Centro de Negócios,
CIMU-Sicó, Obra dos Governos, Casa Varela, etc…
O prazo excessivo e os atrasos na execução das obras não são
problemas menores, evidenciam falhas graves de organização e gestão que
acarretam prejuízos significativos. Ao contrário do que dizem o presidente e o
seu ministro das obras, a responsabilidade pelos atrasos não é dos
empreiteiros, é da câmara. Estranha-se, ou nem tanto, que ninguém da oposição
seja capaz de o dizer, e de exigir responsabilidades e medidas concretas. Uma
obra, antes de incumprir o prazo, antes de ficar atrasada, vai-se atrasando. E
vai-se atrasando por falta de acompanhamento, desleixo ou incompetência.
Que câmaras que pagam mal – tarde, a más horas e aos
bochechos – sejam mal servidas, compreende-se; mas que isso aconteça,
sistematicamente, numa câmara que se gaba de pagar muito bem, demonstra
incompetência grave.
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