8 de maio de 2019

Pombal está no top 10 dos municípios da região centro?


A Bloom Consulting fez um estudo, a nível nacional, para avaliar a atratividade de cada município em 3 dimensões: negócios, visitar e viver.
Pelos resultados, Pombal não está “mal” -  porque fica em 49.° lugar do total dos 308 municípios. E a nível do centro é o 10.° num total de 100.
Este “não está mal” é das principais ratoeiras em que podemos facilmente cair, porque compara-nos com a mediocridade e faz muitas vezes baixar a ambição. 
Pode explicar, por exemplo, a parcimónia com que a coisa pública é gerida sem grande contestação pública a nível municipal, e por que razão a alternativa política é fraca e ausente de argumentos (para não falar da qualidade).
O estudo peca, no entanto, por outra razão:  porque não falou com pessoas e empresas, não lhes perguntou a opinião, e não avaliou o que pensam realmente dos municípios. Seguramente que o “ranking” seria muito diferente e não veríamos o enviesamento dos melhores resultados serem para as capitais de distrito...
Será que todos estamos contentes ou vamo-nos contentando com a mediocridade?


7 comentários:

  1. Os números valem o que valem...Vão "passear" pela ("Small...Small...Small city) e verificam que o movimento das ruas são típicas de Vilas do interior. Só uma "avenida" com vida...tudo o resto deserto.

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  2. O ranking tem exactamente esse enviesamento porque usa dados secundários e, espanto, os primeiros lugares vai para os maiores municípios. Será que não se pode viver, visitar e fazer negócios numa pequena cidade?

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  3. Luís, o problema maior não está nesse suposto enviesamento; está em indicadores que não dizem nada ou pouco da realidade.
    Pombal tem um bom equilíbrio financeiro, mas o retorno/eficiência dos seus investimentos é miserável; logo, se não tivesse receitas garantidas estaria insolvente, não está mas o desfalecimento confirma os erros sistemáticos.

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  4. Esta história dos rankings tentam funcionar por um lado como um estímulo à confiança mas por outro podem funcionar como ilusão.
    Isto de não ser tão mau como o pior, estar a decrescer mas a um ritmo inferior aos outros,ou a empobrecer menos do que os vizinhos, funcionam como eufemismos ingénuos onde se tenta dar a ilusão de não estamos realmente a decrescer, a empobrecer ou a piorar.
    Os rankings positivos são eficazes os rankings negativos ilusões.
    Temos de encontrar o caminho da construção e da qualidade ou pelo menos irmos tentando até morrer. Esta é uma crença virtuosa na qual é muito útil a fé individual.

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    1. Questionar o status quo é muito importante. Mais importante do que saber agir em situações de crise é ter a capacidade prospectiva em situações de aparente acalmia. Desenganem-se. Se ficarmos apáticos e acomodados com o medíocre o destino será medíocre. E quando um período crítico chegar já vai tarde, muito tarde. E os sinais estão para quem os quiser ver.

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  5. Adelino, quando se utiliza a expressão enviesamento quero dizer deturpação ou desvirtuação. São as manias de quem viveu muitos anos no estrangeiro e tem como referência biased que quer dizer o mesmo que tu.

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  6. Questionar o status quo é muito importante. Mais importante do que saber agir em situações de crise é ter a capacidade prospectiva em situações de aparente acalmia. Desenganem-se. Se ficarmos apáticos e acomodados com o medíocre o destino será medíocre. E quando um período crítico chegar já vai tarde, muito tarde. E os sinais estão para quem os quiser ver.

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