20 de agosto de 2010

Conselho charneira (o conselho é mesmo com s)

Quando se utiliza a palavra "intelectual" para tentar ofender, há comparações que são uma tentação. Mas a tentação é excessiva porque há comparações que quando são feitas, no mínimo, são grotescas. Tão grotescas como certas e determinadas tentativas de insultar.

Depois há a utilização da palavra "intelectual" para estabelecer uma distinção. Uma distinção, diga-se, que é apenas mais uma das heranças negativas do ciclo Narciso: a divisão - falsa - entre "os" da cidade, esses "intelectuais" (deve ter faltado o "perigosos") e a população do resto do Concelho. É que é tudo tão infeliz que até me apetece fazer uma comparação com tempos idos, mas ainda passava por intelectual...

7 comentários:

  1. seu intelectual! seu urbano! Tens a mania, tu. Tens, tens.

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  2. E eu que pensava que Pombal era de charneira, humanista e solidário. Afinal é só para quem não for intelectual, queres ver?

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  3. Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
    A tua cabeça anda, mesmo, à roda.
    Ou, pergunto eu, não estarás lélé da cuca?
    Não é possível confundires cidadãos urbanos com cidadãos intelectuais.
    Já aqui dissertei (fica-me bem, não fica?) sobre a estratificação social do nosso concelho.
    Quem toma banho, quando e a que horas. Quem lava os dentes, quando e em que altura. Quem separa o lixo doméstico e o destino que lhe dá.
    Voltamos à mesma?
    Parece a pescadinha de rabo na boa.
    Mesmo assim, com abraço, mas muito, muito pequenino.

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  4. No Concelho de Pombal, segundo o ENG., ha três tipos de cidadãos: Os intelectuais da cidade, Os Gauleses, e os que vão aos porcos no espeto e votam nele.

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  5. O Presidente parece viciado no uso do da palavra “intelectual”. Eu tenho um grave problema com isso, confesso. É que ainda não consegui perceber o que significa “intelectual”, no entendimento do senhor presidente.

    Temo que estejamos perante uma situação equiparada ao conto “A palavra mágica”, de Vergílio Ferreira, em que não conhecer o significado da palavra “inócuo”, faz com que esta seja tomada como uma séria ofensa e entendida como “ladrão”, “devasso”, “bêbado”, e afins. Sendo que o verdadeiro significado só foi conhecido após consulta do dicionário.

    Porém, no caso de “intelectual”, uma consulta ao dicionário não dissipará por completo as dúvidas, uma vez que há algumas divergências quanto ao conceito, principalmente quanto à delimitação. Acresce o facto de ser um conceito muito recente.

    Há que realçar, desde já, que uma definição completa só seria possível perante uma análise muito bem contextualizada, e sempre tendo em conta a importância da cultura, da sociedade e da profissão. Por isso, é mais fácil pegar nas palavras de Lipset: “Consideramos intelectuais todos aqueles que criam, distribuem e empregam a cultura – esse universo de símbolos que compreende a arte, a ciência e a religião”. Sem entrar em questões relativamente aos conceitos de “cultura” e de “arte”, e muito menos tentar encontrar ligações entre a ciência e a religião, acrescento que intelectual é o homem público que procura o caminho da verdade, produzindo, confirmando e exprimindo novas visões do mundo, através de uma actividade em que predomina o esforço do espírito.

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  6. Só agora consigo começar uma análise à frase “os Louriçalenses são tão Pombalenses como os intelectuais da cidade de Pombal”. Partindo da premissa de que os “intelectuais” correspondem a um grupo restrito, fico sem conseguir saber se os Louriçalenses são mais, ou são menos, Pombalenses que os “não intelectuais da cidade de Pombal”. De qualquer modo, atendendo à relevância dos intelectuais, os Louriçalenses não estarão certamente mal cotados com esta observação.

    Poderia colocar a possibilidade de o Presidente querer dizer que os Pombalenses que vivem na cidade de Pombal são todos (ou em maioria) intelectuais, mas é uma hipótese fora de questão, porque existe uma relação de proporcionalidade directa entre desenvolvimento sócio-económico e o número de intelectuais.

    Tendo em conta o contexto de festa, não ousarei dizer que neste caso estaria a ser usado no sentido pejorativo, como é muito frequente acontecer nas discussões políticas.

    Tenho menos dúvidas quanto ao “Acham-se muito intelectuais”, dirigido às pessoas que se mantém na vida activa, e que ainda conseguem ter tempo para escrever em blogues (há quem tenha como passatempo ler os blogues após impressos, e comentá-los em reunião de câmara, que é para aproveitar o tempo tão escasso). Ironia evidente, com elevada carga negativa. Contudo, o presidente esquece-se que, por um lado, mesmo que se achassem intelectuais dificilmente o admitiriam, pelo receio de acusações de vaidade. Por outro lado, é preciso ter muito cuidado com os “rótulos”, não só por que são quase sempre baseados em preconceitos, mas também porque um indivíduo só pertence a um determinado grupo se tiver consciência da sua situação e do seu papel.

    Eu até desconfio que “Intelectuais” seja a versão 2010 de “Iluminados”. Em 2011, talvez seja “Espirituais”, ou “Inspirados”!

    Conclusão: tantas voltas, para ficar a saber o mesmo!

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  7. Sr. Engenheiro, que dê o corpo às balas é uma táctica que até percebo, já quando defende com imagens infelizes ou apenas para lançar a confusão - já que responder com bugalhos a alhos ou graus a horas foi o que fez a este post - é estratégia que lhe fica mal. Muito mal. E infeliz.

    Sem abraço

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