Para não variar, compra-se primeiro para ver o que se faz depois. Mas para variar, parece-me um investimento interessante. Primeiro porque é património que merece ser protegido e porque o preço não é uma monstruosidade. Despesa por despesa, há muita mais que merece críticas diárias.
Note-se que, dada a obsessão por placas, gosta-se muito de fazer e depois ver como se ocupa. Mas estando o "mal" feito e já que a própria autarquia não sabe o que fazer, que se lance uma discussão pública. Eu sou daqueles que gostaria de ver uma Casa da Cultura, com espaço para colectividades (as que têm trabalho que se veja) e um espaço para algumas actividades mais pequenas. Sobre a Pousada da Juventude, tenho dúvidas, mas não a descarto. E quem diz isso, diz outras coisas. Como um Museu do Concelho. Logo, nada descarto e deixaria nas mãos dos cidadãos, sempre com respeito por quem, tecnicamente, pode acrescentar. Mas isto são ideias de um cidadão que, louvando a preservação do património, gostava de ver um fim útil para cada investimento que é feito.
Note-se que, dada a obsessão por placas, gosta-se muito de fazer e depois ver como se ocupa. Mas estando o "mal" feito e já que a própria autarquia não sabe o que fazer, que se lance uma discussão pública. Eu sou daqueles que gostaria de ver uma Casa da Cultura, com espaço para colectividades (as que têm trabalho que se veja) e um espaço para algumas actividades mais pequenas. Sobre a Pousada da Juventude, tenho dúvidas, mas não a descarto. E quem diz isso, diz outras coisas. Como um Museu do Concelho. Logo, nada descarto e deixaria nas mãos dos cidadãos, sempre com respeito por quem, tecnicamente, pode acrescentar. Mas isto são ideias de um cidadão que, louvando a preservação do património, gostava de ver um fim útil para cada investimento que é feito.
É sem dúvida um edifício histórico de Pombal que merece ser preservado. Julgo que seria o local ideal para instalar o museu do Marquês de Pombal, para definitivamente tomarmos para o nosso concelho a preservação da grande obra deste estadista. Traria muitas visitas inclusive de escolas no movimento Lisboa, Porto e assumiríamos como nosso o património deste grande estadista, provavelmente o mais brilhante que tivemos a governar este país. Esta iniciativa seria a primeira para criar uma grande marca associada á imagem do Marquês.
ResponderEliminarcARO jOÃO
ResponderEliminarTenha lá calma com essa do grande e do brilhante, senão entretanto tá a dizer que era Deus no Céu e Stalin na terra.
O Edificio é lindo. É de toda a justiça pertencer ao povo ( propriedade de todo o Concelho). Agora tem de se dar um destino digno.
ResponderEliminarTenho aqui um amigo e colega que, como o amigo José (G. F.), tem muita admiração pelo Salazar, como a minha admiração é aquela que se conhece, ele costuma dizer: o Salazar ao pé do Marquês de Pombal era um Santo. Veja que ele até matou o Malagrida e produzia vinho do Porto em Carcavelos. O Marquês não foi santo nenhum, e atendendo à época, existiriam outros edifícios mais adequados. Fala-se pouco dos Castelo-Melhor que, possivelmente tiveram mais directa ligação a Pombal do que o Marquês.
ResponderEliminarP.S.: Será que com a entrada no período litúrgico de Pentecostes, a graça do Espirito-Santo penetrou nos corações do Rodrigues Marques e do José (G.F.) como não têm comentado no Farpas, quero acreditar que já será tempo de concluirem tão grande penitência e tão demorado recolhimento.É tempo para voltar a ouvir-se as suas vozes e mostrarem que voltou a paz ao seio dos irmãos desavindos. Que bonito seria vê-los juntos no Bodo! Nem que seja esse o milagre.
Boa noite, só agora estou a escrever pois os afazeres profissionais têm sido bastante exigentes, mas gostaria de sustentar o apoio a que um edifício desta envergadura para ser o Museu do Marquês de Pombal.
ResponderEliminarEm primeiro lugar dizer que se existe figura que possa elevar o nome de Pombal, é o Marquês, claro que os Pombalenses que gostem de história conhecem os Castelo-Melhor, mas mais alguém conhece? Será que historicamente têm peso para trazer turistas a Pombal?
Bom, sobre o Marquês de Pombal e sobre ser o maior estadista de todos os tempos, não devem existir grandes dúvidas, claro está que também cometeu os seu atropelos aos que lhe faziam frente, algo não muito diferente do que se faz hoje, claro está com a diferença do método, que tem a ver com os tempos. Mas voltando á figura do Marquês, só gostaria de recuperar alguns elementos históricos que suportam, provavelmente, a época mais empreendedora da nossa sociedade, nomeadamente:
- Reconstrução de Lisboa, com características absolutamente extraordinárias para a época sob o ponto de vista arquitectónico, que fazia com que muitos estrangeiros visitassem a cidade mais moderna e emblemática da Europa;
- Criação do primeiro sistema anti-sísmico do mundo e criação dos fundamentos para o aparecimento do estudo da sismologia;
- Criação da primeira região agrícola demarcada (a do Vinho do Porto) uma inovação económica em termos de definição da qualidade do produto e defesa da marca;
- Desenvolvimento de uma economia aberta, favorecendo o aparecimento de uma indústria Manufactureira de grande valor, impondo respeito inclusive à Inglaterra, levando ao Desenvolvimento da Teoria de David Ricardo (curiosamente também de origem Portuguesa) para combater a nossa supremacia;
- Enorme respeito por toda a Europa onde inclusive era o expoente máximo da Maçonaria;
- Um homem absolutamente extraordinário na realização de reformas na área agrícola, industrial, comércio e educação.
Como gosto e valorizo muito a competência, não poderia deixar de me render a uma figura absolutamente impar, que nos projectou no mundo e que nos fez respeitados, sendo uma figura de Pombal é incrível como não aproveitamos esta mais valia e deixemos que apenas nos conheçam pelo “arroz de tomate”, por sinal bastante bom, pois ainda hoje o degustei.
João,
ResponderEliminarAo Marquês de Pombal, reconheço-o como um grande estadista da sua época, mas isso, não nos deve deixar fechar os olhos ao seu lado negro em relação a quem lhe fazia - ou de quem desconfiava - que lhe fazia frente. Acrescento, também, que por vezes, também se esquecia de separar o património público do privado. Depois também tem o seu lado anedótico de que tendo criado a Região Demarcada do Douro, comercializasse os seus - bons - vinhos de Carcavelos como sendo originários dessa região demarcada do Douro.
Não basta o panegírico do Mário Domingues, para que Pombal possa beneficiar dessa imagem de grandeza do seu Marquês. Por outro lado, duvido que em Pombal exista um espólio com envergadura e qualidade bastantes para justificar um Museu dedicado exclusivamente à figura do Marquês de Pombal, capaz de se afirmar e concorrer com Oeiras, que tem feito essa promoção à exaustão e é onde se encontra o essencial do património (palácio e seu recheio, jardins e seu espólio em estatuária e quintas).
Finalmente, do meu ponto de vista, seria um contra censo colocar um Museu dedicado ao Marquez de Pombal, num edifício projectado por Korrodi, no princípio do sec. xx, junto à ponte de D. Maria, sua inimiga figadal, quando existem alguns edifícios da época pombalina na zona da Praça Velha (celeiro, cadeia, etc.) mais adequados para o fazer.
Parece-me, a mim, que deveremos ser mais humildes, e, do meu modo de ver - sem deixar de dar relevo ao Marquês – quem merece mesmo ser destacado é povo Pombalense – os do Pombal – que pela sua humildade, pelas suas inatas qualidades de trabalho, capacidade de luta contra as contrariedades, consegue vencer, dentro e fora do país, mostrando que podemos não ser os melhores do mundo, mas que somos tão bons como os melhores, mesmo quando as condições de que partimos não nos favorecem.
Bom, a humildade é uma grande qualidade se não nos tolher a iniciativa, e o facto é que em Pombal a iniciativa não é algo que abunde, temos o que temos, mas se continuarmos como estamos daqui a algum tempo vamos ter de certeza muito menos do que o que temos hoje. Falta estratégia, falta iniciativa e segundo a argumentação que nos é apresentada todos fazem alguma coisa em algum lugar melhor do que nós, portanto o melhor é ficarmos a farpear no nosso canto.
ResponderEliminarAté concordo que o edifício pode não ser o ideal, não pela denominada ponte, pois a D. Maria I, apenas foi mais uma das loucas que passou pela nossa história, que destruiu em pouco tempo o que tanto demorou a construir, mas pelo facto de realmente ser na Praça Velha que se encontram os edifícios da sua época.
Chamo apenas a atenção para o facto de Óbidos ser hoje um concelho altamente visitado, com muitas iniciativas, muitas delas inovadoras, e que em potencia tem muito menos condições do que nós e está em redes onde Pombal nem pode sonhar chegar. É a diferença entre a estratégia a iniciativa e a abordagem prática da realidade em contraposição pelo imobilismo e pelo suposto panegírico sem iniciativa.
Sobre Óbidos, não leve tanto a sério. Nem sempre a realidade e a publicidade coincidem. Todavia, ainda em Pombal não se sabia o que era turismo, já óbidos, era um destino turistico de renome, uma das âncoras mais fortes do SNI que ali instalou uma das Pousadas mais presigiadas, e obrigou a manter o Centro intacto. Gosto das inciativas de Natal e do Festival de Música clássica no verão. Só que,financeiramente, devem ser uma desgraça. Portanto situações, dificilmente sustentáveis nos tempos que correm, apesar de todo o investimento no turismo de praia e de golf que por lá se faz, com grande qualidade, seja uma realidade bem sucedida porque bem promovida e a aproveitar a próximidade a Lisboa.
ResponderEliminarVenham ver o Museu de Portimão, que é um museu polivalente em temáticas e amostragens, onde a figura carismatica da terra (Teixeira Gomes)se integra e valoriza, pois não há espólio para ter um museu dedicado só à sua figura. O que me parece ser também o caso do Marquês de Pombal,não vejo que peças possam existir para atrair os referidos milhares de visitantes.