O serviço de abastecimento de água da CMP nunca teve (porque não pode ter) grande qualidade. Mas é um dos mais caros do distrito de Leiria. No entanto, o executivo aprovou (com votos contra do PS) o aumento das tarifas.
A avidez pela receita persiste...
Porque não pode ter? Será que dá para explicar? Aqui fica um link para os interessados: http://www.ersar.pt/website/ViewContent.aspx
ResponderEliminarÉ melhor tentarem este:
ResponderEliminarhttp://www.ersar.pt/website/ViewContent.aspx?GenericContentId=91&SubFolderPath=%5CRoot%5CContents%5CSitio%5CConsumidores%5CServicos%5CQualidadeAgua&Section=consumidores&FolderPath=%5CRoot%5CContents%5CSitio%5CConsumidores%5CServicos
Boa noite,
ResponderEliminarRelativamente à qualidade do abastecimento de água do Município de Pombal, só posso dar opinião tendo em conta os resultados das análises da água, que em regras não têm revelado situações graves, e as ocorrências normalmente são identificadas e corrigidas.
Aumentos, neste momento, são o prato do dia, ou seja, nada de anormal.
Portanto, o que me atormenta é o facto de um deputado da Assembleia Municipal, João Coelho, ter várias vezes alertado que no futuro fatalmente seriam verificados aumentos na factura da água, e não ter sido ouvido sequer com atenção, antes pelo contrário.
Passados dois anos, acredito que menos do que o próprio imaginava, o tempo dá-lhe razão.
Aqui a prova de que não estávamos perante uma questão política, como alguns tentaram fazer pensar.
Bom dia!
ResponderEliminarAfinal qual a razão para o aumento da Água?
- trata-se de um produto que a natureza generosamente nos dá.
- investimento na rede de distribuição foi feito há já muitos anos.
- investimentos de grande monta na rede não houve, que eu saiba.
- houve congelamento de salários na função pública e este ano temos diminuição efectiva das remunerações da função pública.
- há aumento significativo do número de consumidores de água.
Sinceramente não entendo.
Âh estava a esquecer: temos de pagar o desfalque do Sr. Robin da Noite.
O investimento na rede de captação, tratamento e distribuição da água e na rede de saneamento estão a ser renovadas "em grande monta". Se pensarmos que estes equipamentos têm uma vida útil entre 20 e 30 anos... vocês saberão melhor quanto tempo têm os que estão em funcionamento. Para mais pormenores de custos de investimento e manutenção é perguntar à Câmara.
ResponderEliminarEu só avisei para a inevitabilidade destes aumentos porque:
a) a água tenderá para mais cara para reflectir um valor na factura proporcional ao desequilíbrio ambiental que tem o seu consumo desregrado;
b) os investimentos de estruturas de captação e tratamento são cada vez mais caros (pela economia e engenharia) e mais necessários (pela poluição);
c) Pombal, estando isolado nestes investimentos, terá sempre água mais cara porque não tem economias de escala que terão os sistemas multimunicipais;
d) Pombal mantinha o preço da água artificialmente mais baixo por a Câmara assumir bastante do seu custo, nunca o transferiu para o consumidor. É uma opção política legítima, só que devia ter sido assumida publicamente e nunca foi e agora, quando as obras têm que ser pagas, é que a coisa se dá.
Curiosamente, neste timing, os munícipes até dirão que os aumentos são por causa da troika, por isso foi bem lembrado pela Câmara.
É a demagogia com o dinheiro dos outros "at his best" mas em Pombal até que é normal.
Eu só cumpri o dever de avisar, mesmo que nem de um lado nem do outro tivesse sido acompanhado, mas isso...
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ResponderEliminarDesculpem lá, mas alguma pode estar mal nas considerações tecidas a propósito do abastecimento de água em Pombal. Não conheço o suficiente para comparar preços com rigor, ainda que o sistema e qualidade da água não me pareça pior do que por cá. Aqui em Lagos existe um sistema intermunicipal que fornece água em rede alta ao Município (Águas do Algarve).
ResponderEliminarNos últimos 2 anos, em nome da crise, o preço da água passou para mais do dobro. 33 m3 custam 41,19€. Depois, acrescem IVA e taxa de saneamento que elevam a conta quase para o dobro. Esta empresa está inserida na estrutura da Águas de Portugal, SA. Curiosamente, hoje, no C. Manhã, vem uma pequena nota em que o Engº Pedro Serra, seu Presidente, refere que o grupo Águas de Portugal tem cerca de 3 000 000,00€ divida acumulada. Sendo que, mais de 300 000, 00 € correspondem a dívidas das autarquias, que são igualmente sócias no capital das empresas sectoriais do grupo e participantes na sua gestão.
Pedro Serra refere, que se o Estado não assumir as dívidas das autarquias a empresa corre o risco de, no ano de 2012, não haver dinheiro para salários e que pode haver colapso financeiro, nomeadamente por penalizações do Banco de Europeu de Investimento, por incumprimento dos contratos de financiamento em curso. Refere também, que o preço da água não reflecte a estrutura dos custos de produção, o que, nesta situação de crise, torna inevitável o aumento do preço da água ao consumidor final. Parece-me pois, que ao invés de uma economia de escala, o que vamos ter com maior probabilidade, é o aumento generalizado do preço da água e a falência e colapso do sistema gerido pela Águas de Portugal.
Neste contexto, que é um contexto real, sem conhecer minimamente a realidade daí, não vejo que economia vantagem possa haver na integração do abastecimento de água ao Município de Pombal nessa estrutura em que a Águas de Portugal domina. A qual, como se disse, corre o risco de colapsar e não assegura, porventura, nem melhor preço, nem melhor qualidade no abastecimento. Manda o bom senso, julgo eu, nestas mesmas circunstâncias, que tais opções sejam melhor ponderadas do ponto de vista de uma estratégia de abastecimento de água para o futuro próximo e mais distante.
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ResponderEliminarDo que tenho lido, fiquei com a informação de que os aquíferos de Pombal, em termos nacionais, estão bastante acima da média, podendo assegurar, sustentadamente e de forma excedentária, todas as necessidades actuais e futuras do Município, e, se for desenvolvida uma politica correcta em termos de poluição e protecção ambiental, essa água será de boa qualidade. Pode, pois, pela quantidade e qualidade, ser a água, uma reserva estratégica do Município de Pombal, que pode, inclusive, beneficiar do facto de a poder fornecer a municípios vizinhos que dela sejam deficitários.
Na política e na sociedade são sempre dominantes as modas. Actualmente, a moda, é falar em concentração e economias de escala. Esquecem é que esta crise é também um problema de concentração e de economia de escala. Se o Lehman Brothers e mais dois ou três dos Bancos americanos fossem pequenos, possivelmente a sua falência seria controlável e o sistema financeiro não teria entrado e, colapso.
Já houve a moda do “Small is Beautiful”. Nem um nem outro são conceitos que se excluam em absoluto. Cada caso é um caso. Neste caso, parece-me estrategicamente sensato manter o sistema de abastecimento de água no domínio municipal. Não porque o preço seja necessariamente mais barato do que a alternativa, mas porque permite independência e flexibilidade na gestão desse recurso fundamental e estratégico que o Município de Pombal tem em abundância, enquanto, na solução alternativa, mais tarde ou mais cedo, esse recurso irá cair nas mãos das 3 ou 4 grandes multinacionais do sector, e aí, serão elas a ditar as regras e nós a dançarmos a sua música e a satisfazer os seus interesses. Isto é uma apreciação de quem está longe e não conhece bem a realidade local. Não vale mais do que isso.
No mínimo confundiu tudo. Eu não conheço nenhum Pedro Serra nem qualquer dos injustamente demasiado remunerados quadros das empresas do Estado. E falei apenas em dados objectivos.
ResponderEliminarO que temos é uma água que custa consideravelmente mais do que aquilo que gera. A CMP decidiu não passar essa diferença para o consumidor, tudo bem. Mas devia ter dito isso e não andar com o mesmo discurso "das modas, dos que exploram o Estado, dos Lehman Brothers!", etc. Tanto em Pombal como nos outros concelhos isto é inevitável pelo que referi, quer se queira quer não.
Exemplo: A Carris, a CP, a Refer, o Metro... têm administrações compostas por aproveitadores? Sim. O custo mesmo sem esses aproveitadores é maior que o preço dos bilhetes? É.
Na água é a mesma coisa. Podia ficar mais barato? Não, apenas atenuar os custos de investimento. Como? Unindo-se em estruturas maiores de custos partilhados. Isto é factual.
Quanto à ideia de os reservatórios naturais de água serem um activo de Pombal também já dei a minha visão pessoal: eles são antes de tudo Portugueses e não pombalenses e deveriam ser defendidos como tal, questão que vai ser colocada entretanto por alturas da privatização das águas.
O resto, já disse, é perguntar à CMP, têm todos a possibilidade de exercer esse direito enquanto munícipes nos locais próprios.
Em suma, esta é mais uma das ilusões em que vivemos durante demasiados anos, juntamente com PPP, algumas das garantias do Estado Social, funcionamento das Administrações Central e Local, "and so on". Falei disto nas campanhas em que participei, sem favores para ninguém. Cansado, continuarei...
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ResponderEliminarCada um pode mandar os "bitaites" que quiser sobre o preço, o custo e a qualidade da água fornecida pela CMP. Mas era conveniente que suportassem as afirmações com alguns dados/informações credíveis. Como era conveniente distinguir o que é o serviço de abastecimento de água (e saneamento) do que vai ser. Do que vai ser, ainda não tenho uma ideia consistente formada. O que é, tenho: é caro e de baixa qualidade.
ResponderEliminarÉ caro porque é dos mais caros do distrito de Leiria (1.º, 2.º e 3.º nos diferentes escalões). Basta fazer as contas (somar parcelas) ou consultar o estudo do IRAR.
No entanto, há políticos, até da oposição, que acham que é não cara, e criticam a câmara por estar a subsidiar o preço, mas deveria sê-lo. Opiniões/posições. Gostaria de conhecer os números que fundamentam estas curiosas opiniões.
No que se refere à qualidade da água, o sistema de abastecimento de água não a garante porque é arcaico: um furo, uma bomba, condutas e contadores. De quando em vez adicionam um pouco de cloro para matar a bicharada. É em tudo idêntico ao que as pessoas tinham/têm nas aldeias. Mas muitíssimo mais caro.
Boas,
AM
V. Exa. fala de algo que eu não consigo avaliar, a qualidade. Ao que sei há uns critérios científicos para isso mas eu não falo do que não percebo.
ResponderEliminarQuanto ao preço, fala V. Exa. como se este fosse simplesmente fixado. Entretanto virá a Perestroika, o Muro cairá e o preço terá uma relação com o seu custo, as obras terão que ser pagas. Eu não disse que o preço terá que aumentar mas que aumentará inevitavelmente o subsídio pela Câmara para aquele preço continuar no mesmo patamar. Defendo com unhas e dentes é que seja dita a verdade e que se assuma este subsídio, até pode ser referendado: se os pombalenses quiserem que o orçamento camarário seja para isso continuemos a aumentá-lo, senão aumentem-se os preços, de qualquer forma o que for preciso para manter e renovar a estrutura.
Quanto ao custo da água, das últimas contas que consegui fazer, estava nos 1,70€/m3, mas confesso a dificuldade de imputar completamente todos os custos (com recursos humanos por exemplo...).
Abandono a discussão invocando as doutas palavras do Ministro das Finanças, "V. Exas. tendem a esquecer das minhas palavras o seu contexto".
Excelência,
ResponderEliminarAbandone a discussão quando quiser, mas não precisa de invocar a máxima do Ministro das Finanças, até porque não se aplica.
Essa de fixar o preço a partir do custo é um argumento pobre e uma técnica que até no capitalismo, em economia de mercado, já não se usa.
Quanto ao custo da água que V. Excelência refere (1,70€/m3)gostaria de ver os cálculos, pelo menos as grandes parcelas. Deve estar só a somar... E mesmo assim acho muito.
Boas,
AM
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ResponderEliminarJoão André Coelho e Adelino Malho, eu percebi bem o que o João disse e, condescenderão, que não mando “bitaites”. Água de qualidade é aquela que corresponde aos padrões fixados para o consumo humano. No essencial, a que é isenta de contaminação (poluição química e orgânica). Quanto ao aos aquíferos analisei um estudo técnico (Sistema de Aquíferos em Portugal Continental, do Instituto da Água) onde é são referenciados os sistemas do concelho, mencionadas as suas capacidades e os riscos de contaminação.
ResponderEliminarTive o cuidado de referir o parco ou nenhum conhecimento da questão politica local. Ignoro por completo a posição do João Coelho na Assembleia Municipal. Intervim, por continuar a pensar que duas experiências e posições motivadas e sérias iluminam a discussão e tornam as conclusões mais esclarecidas.
Os dados sobre a Águas de Portugal são os que o Presidente da empresa deu ao C. Manhã de hoje. Se tem um passivo acumulado de cerca de 3 000 000 000;00 de euros e está em risco de não poder pagar salários no próximo ano, é inegável que é uma empresa em passo acelerado para o colapso, e depois a caminho da privatização colocando-a em mãos de uma das 3 ou 4 grandes multinacionais do sector. Podem não achar mal, mas eu acho que este recurso deve ser gerido por nós. Nacionalismo, seja. Ainda que haja quem não acredite, apesar de tudo, ninguém nos governa melhor do que nós.
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ResponderEliminarPortanto, não estará em grandes condições para fazer grandes investimentos em sistemas de captação e em redes de abastecimento. Tal como não estará em condições de assegurar preços competitivos no custo da água, que ao contrário do que afirma, no meu entender, não pode ser tratado como qualquer outro produto de consumo, por ser um bem essencial à vida humana e um recurso estratégico, que virá a ser tão ou mais valioso do que o petróleo. Tem de ser assegurado, a todos, o acesso água potável em boas condições, com boa qualidade e a um custo acessível. Também no sistema intermunicipal de que falei, tecnicamente, os municípios subsidiam o preço. Só que, com a crise aumentaram esse preço para o valor que referi e não estão a pagar, no caso, o fornecimento feito pela Águas do Algarve, além de não haver conservação na rede baixa instalada. Não sei se por aí existe outro sistema alternativo que não seja o ligado ao das Águas de Portugal. Foi nesse pressuposto que falei.
De um modo ou de outro, que eu digo é que, nas condições actuais, o sistema alternativo gerido pela Águas de Portugal não dá condições de assegurar um melhor sistema de captações de água e a possibilidade de ter menos custos para o consumidor. Por isso, reafirmo que se o Município conseguir ter padrões de qualidade e eficácia na gestão do sistema de abastecimento, sem preconceitos bairristas, assumo que, nas condições actualmente existentes, pode ser de bom senso preservar a gestão desse recurso estratégico nas mãos do Município. Isto, na falta de melhor alternativa, que ninguém aqui apresentou, e esse é o ponto, falou-se mal do existente mas não se mostrou alternativa. Não basta dizer que em Leiria é mais barato e melhor. Por aqui me fico.
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ResponderEliminarEscalereço que O Engº Pedro Serra é um dos maiores especialistas do país no sector da água. Também posso dizer que, ganhando muito ou pouco,isso decorre de decisão do governo Socialista que o indicou para o lugar de Presidente na Empresa Àguas de Portugal, isto depois de ter sido Secretário de Estado num desses Governos.
ResponderEliminar.
Caro Jorge,
ResponderEliminar"Podem não achar mal, mas eu acho que este recurso deve ser gerido por nós. Nacionalismo, seja. Ainda que haja quem não acredite, apesar de tudo, ninguém nos governa melhor do que nós."
Apoiado! Se o abastecimento de água é um serviço público, é nas nossas mão que deve ficar. Porque além do mais, se passar para as mãos de privados e a coisa correr mal, é à nossa porta que vão bater para pagar os prejuízos.
O mesmo é válido para os bancos (e aqui, se calhar, até tu achas mal). Se todos dizem que os bancos não podem falir porque prestam um serviço público, então que se nacionalizem. Se somos chamados a pagar, como no BPN, porque não receber também os lucros?
Abraço,
Adérito
Bom dia!
ResponderEliminarHá muitas opiniões " bitaites" relativamente às águas.
Salazar e outros pensadores diziam: tudo o que for estratégico deve permanecer nas mãos do Estado. A água é um bem estratégico, nos cafés é bem mais cara que a gasolina.
Fala-se em investimentos, economias de escala e preços políticos, até agora, ninguém falou na estrutura dos custos das Águas das Portugal, nomeadamente dos seus administradores, não admira que o passivo seja tão elevado.
Relativamente a nós, gostaria de ver referido aqui qual o valor dos investimentos bem como a estrutura de custos do departamento e o prazo estipulado para o retorno do referido investimento, sem esta informação não posso formar opinião sobre o custo da água, se é político se é exagerado ou não.
Subscrevo inteiramente as palavras do Jorge, bem como as do Adérito. Relativamente aos bancos não estou de acordo: eles prestam um serviço a eles próprios, usurpam os clientes e têm práticas comerciais pouco claras sendo piores que as dos agiotas. Até hoje ninguém os responsabilizou pelo mau serviço que prestaram ao País, na última década, tivemos que pagar as suas asneiras bem como alguns dos seus ofshores.
Já que aqui falam tanto em bitaites, aqui fica o verdadeiro sitio dos bitaites:
ResponderEliminarhttp://bitaites.org/
http://www.forumpombal.com/index.php?option=com_content&view=article&id=349:relatorio-da-ersar-coloca-qualidade-da-agua-em-pombal-acima-da-media-nacional&catid=4:noticias-pombal&Itemid=15
ResponderEliminarO relatório da ERSAR será mais que um bitaite?