Os políticos da cidade uniram-se em torno de uma causa comum: uma horta comunitária (urbana). Pombal sempre foi uma terra de agricultores. Mas a agricultura nunca deu nada de relevante à terra. Serviu, quando muito para ir matando a fome ao povo, mas este, quando quis melhorar o nível de vida teve que abandonar as terras. É verdade que ainda por cá existe uma cooperativa agrícola, na mão de políticos e burocratas, mas não tem agricultores nem produtos agrícolas. Ainda comercializa um vinho que da terra pouco mais tem que o nome.
Agora, os políticos urbanos querem incentivar o regresso à terra. Talvez seja tarde. Pombal, a urbe, há muito que deixou de ter terra (agora é só asfalto e betão) e nunca teve gente que a soubesse trabalhar. O projecto até pode vingar e tornar-se um viveiro de futuros agricultores mas falta-lhe terra…As couves e os nabos não crescem no asfalto.
Malho
ResponderEliminarA ideia não tem a ver com um alegado "regresso à terra". Nem de criar um viveiro de agricultores. Nem eu, nem a outra propositora o defendemos. E penso que a Assembleia percebeu isso.
A proposta está à disposição de quem a quiser ler.
E quem conhecer outras hortas sabe bem que estes projectos muitas vezes não se destinam a esses fins mas sim a criar um espaço, normalmente urbano onde quem queira, e por falta de espaço em casa, ou mesmo pelo convívio, cultive desde ervas aromáticas a flores (e se quiser, nabos e couves), se lhe apetecer. Não é preciso imaginar muito para, de forma modesta, aparecer algo de diferente. Talvez algo que contraste com o betão e com o desaproveitamento de zonas verdes que, aí sim, concordo, não existem.
O projecto, que de oneroso pouco tem, dispensa simbolismos que não procura. E em termos de urbanismo pode ser uma mais-valia. Pode ser. Basta vontade. E quanto a isso, depois se vê.
A ideia das hortas é gira, mas é o exemplo, exemplar, da política que o Sr Alvim sonhava implementar na Freguesia... Esta política de coisas giras e bonitas (tipo bandeira) não acrescenta nada se significativo, pouco ou nada melhora; é mais um "esbanjar de recursos".
ResponderEliminarÉ coisa de Esquerda: bonito e tal, o outro paga, a fantochada acontece, o povo parece gostar até a troika chegar.
Mas tudo bem, plantem lá nabos e couves de corte.
Cara AsRicardasvipombas
ResponderEliminarLeia a proposta, se quiser, e depois diga aqui, ou onde quiser, onde está o "esbanjar de recursos" que a mesma implica.
Agora sobre as bandeiras da minha candidatura (esta foi uma proposta de dois membros da assembleia) e aquilo que defendo, estou sempre pronto para as discutir (até Dezembro há mais na Assembleia).
Mas não com quem tapa a cara quando mais não faz que mandar umas bocas. Isso é outro "esbanjar", mas de tempo.
Passe bem
Caros,
ResponderEliminarPombal é uma cidade pequena, com enormes potencialidades. Para que, no futuro, possa ser uma localidade muito atractiva e reconhecida pela sua qualidade de vida, tal como acontece com muitas cidades europeias da dimensão da nossa, é necessário que os nossos autarcas queiram inverter o modelo de crescimento baseado apenas no alcatrão e no betão. Agora obrigaram-nos a mudar. Mudemos, então.
São precisas novas ideias. Ideias assentes no conhecimento profundo da realidade local e adequadas ao orçamento disponível. Fomos, durante anos, um concelho eminentemente rural, gerido por políticos rurais (espero que, no contexto deste post se perceba o que quero dizer com esta dicotomia) que nem para a agricultura foram bons. Surgem agora políticos urbanos, com ideias novas, mais cosmopolitas. Para bem da nossa terra, espero que rurais e urbanos se saibam ouvir, consigam trabalhar em conjunto e, por fim, acabem com essa dicotomia sem sentido.
Abraços,
Adérito