Uma casa cheia, no sábado passado, no lançamento do projecto "Um dia pela Vida", de queni falei, deixou perceber que, afinal, a Sociedade Civil ainda existe em Pombal (mesmo que o tema não mereça comentários aqui no blogue, isso não quer dizer que não esteja a mexer com este concelho).
Por isso, agora o desafio é outro: conseguirmos inscrever o maior número de equipas de voluntários. E o que eu gostava de ver nascer uma equipa dos comentadores do Farpas.
Digam se há alguma coisa que possa fazer, que farei.
ResponderEliminarPois bem, no seguimento do que escrevi no anterior “post”, o pessoal gosta mesmo é de farpear. Sr. Roque não é a unanimidade relativamente a uma causa que a torna menos comentável, mas sim o interesse ou o valor que lhe damos. Por exemplo, o “post” que foi colocado a seguir como é de maldizer, já tem muito mais comentários, mais uma vez sublinho, quem quer estar na vida pública tem de ter uma atitude mais séria e responsável perante as causas públicas. Que se pode discutir relativamente a este “post”? Que tal as iniciativas que os bloggers do farpas podem realizar contribuindo assim para o seu enriquecimento e para a participação nas actividades da sociedade civil?
ResponderEliminarCaro João,
ResponderEliminarDuas coisas.
Primeira. Muitos dos "bloggers do Farpas" estão envolvidos variadíssimas actividades de ordem social, cultural e política. Como não o conheço, não sei de que forma tem contribuído para o "enriquecimento" da sociedade civil, mas se quiser partilhar connosco, esteja à vontade. Seguindo o seu raciocínio, seria mais construtivo se, em vez de farpear os "blogguers do Farpas", avançasse com ideias para o projecto em causa ou, melhor ainda, constituísse uma equipa de trabalho e comunicasse esse facto à sua organização local do “Um dia pela vida”: Andreia Azevedo (915082086); Marlene Matias (913344404) ou pelavida.pombal@ligacontracancro.pt.
Segunda. O "post que foi colocado a seguir" não é a maldizer. Antes pelo contrário. Conheço pessoalmente o Engenheiro Narciso Mota e quando digo que aprecio a sua costela de folião não estou a ser irónico.
Abraço,
Adérito
Bom dia!
ResponderEliminarÉ difícil dissociar este post do anterior e, dentro deste espírito crítico, entendo que há muita gente a consultar e ler o Farpas remetendo-se ao silêncio por comodidade ou tabu.
O Engº Marques, no post anterior, decidiu abrir um tabu e revelar questões que lhe doeram muito a ele, ao filho e à Dra. TEREZITA", brincado com o peso da prótese em suma desmistificando um tabu, uma forma de viver mais uns anos.
No que respeita à saúde, por razões diferentes mas muito sérias, eu também gosto de brincar é a única forma de viver mais uns anos:
Fiz diálise 3,5 anos, tempo que aguardei por um rim, quando me perguntavam se eu que queria ser transplantado eu respondia que sim e que o rim podia ser de porco ou cabra, era indiferente. Fui transplantado há 23 anos com um rim de cadáver e quando pergunto o segredo da longevidade do rim eu respondo que os canalizadores, fizeram a coisa bem feita, e que o rim é de qualidade.
Peço desculpa por lhes contar isto neste post, é certo que se trata de saúde, serve apenas para lhes transmitir uma mensagem: os tabus nem sempre resolvem o problema, é necessário enfrentá-los.
Obrigada Paula Sofia por esta iniciativa (da qual tu também fazes parte), ser um destaque no Farpas.
ResponderEliminarPegando na sugestão do Adérito,reitero toda a disponibilidade (quer minha quer da Andreia), para prestar todos os esclarecimentos/informações a quem tiver interesse em participar no Projecto "Um dia pela Vida".
Amigo Roque conto contigo para dinamizar a terra dos gauleses!!!
Enº Rodrigues Marques, obrigada pelo seu testemunho, e também por toda a colaboração que tem dado ao Projecto!
Abraço
Boa noite Adérito, julgo que me posso considerar uma pessoa activa na sociedade civil investindo boa parte do meu tempo em actividades que espero contribuam para o melhor desempenho de algumas instituições associativas da cidade ás quais me dedico. Quando faço as criticas que faço é para acicatar a participação das pessoas nas causas, é assim que criamos coesão social e construímos uma sociedade mais solidária e exigente com quem trata das causas públicas. Gostaria que o farpas assumisse muito mais vezes uma participação mais activa em termos de construção e discussão de novas ideias e soluções para a sociedade pombalense, no fundo, algo de mais estratégico e próximo das reais preocupações dos pombalenses. Este é também o desafio que deixo.
ResponderEliminarCaro João,
ResponderEliminarImagino que não pretende dizer que as suas críticas são construtivas e as dos "bloggers do Farpas" destrutivas. Isso não seria correcto.
Agora que tomou o gosto de aqui comentar, lanço o desafio para que o faça mais vezes. O Farpas pretende ser um espaço de cidadania aberto a todos. Como tal, será tanto mais rico quanto melhores forem as opiniões aqui expressas. Sejam "nossas" ou "vossas".
Uma coisa também aprendi ao fim de quase quatro anos nestas andanças: o espaço para discutir profundamente novas ideias ou soluções estratégicas não é um blogue, ou o facebook, ou qualquer outra plataforma virtual. É mesmo o "mundo real". O blogue pode (e deve) alimentar, iniciar, promover essas discussões. Mas elas só darão frutos se a sociedade pombalense tiver energia suficiente para as pôr em prática. Como, alías, estão a fazer as meninas (e alguns meninos) que dão corpo à (excelente) iniciativa "Um dia pela vida".
Abraço,
Adérito
Claro que não Adérito, seria de muito mau tom fazer essa afirmação, pois tal como disse muitos dos bloggers são pessoas que têm uma intervenção real na sociedade civil e como tal têm de ser respeitados pelo trabalho que fazem junto da comunidade. Bem sei que temas mais sérios e abrangentes exigem outros espaços de discussão, mas porque não o farpas ser o local de lançamento de alguns temas que tenham desenvolvimentos noutros círculos? e serem os próprios mentores do farpas a dinamizar esses espaços de debate como complemento de discussões iniciadas?
ResponderEliminarJá comentei alguns "Post" do farpas, prefiro no entanto, os que têm conteúdos mais dinamizadores da acção local, são os que mais me atraem, sem me preocupar se as opiniões são das "nossas" ou das "vossas", interessam-me que sejam as que intelectualmente me parecem mais razoáveis para ter uma participação positiva na nossa sociedade. Gosto particularmente desta iniciativa, porque surgiu na sociedade civil e pretende mobilizar até a sociedade politica eu gosto por vezes de coisas que funcionam ao contrário..., até porque provavelmente funcionam melhor.
Caro João,
ResponderEliminarOs três "posts" de 2012 que considero terem pretendido iniciar uma discussão mais profunda e estruturante sobre a nossa realidade local foram escritos pelo João Alvim: o da fusão das freguesias, o da política cultural e o da região de turismo. Pelos vistos, nenhum deles mereceu (até agora) a sua opinião. Espero que, num futuro próximo, o consigamos motivar.
Até lá, um abraço,
Adérito
PS O desafio para o Farpas se corporizar no "mundo real" é interessante e, garanto-lhe, já foi muitas vezes proposto. Quem sabe um dia...
Caro Adérito,
ResponderEliminarEmbora possa concordar que alguns dos “Post” que referiu sejam dos mais estratégicos, acabam sempre por traduzir tentativas de ataque pessoal ou crítica fácil, o que os torna pouco “sérios” quando pretendemos que tais temas tenham uma discussão a nível mais elevado. São tentações em que não podemos incorrer, embora admita que o próprio blogue se revista de tais características.
É um facto que não os comentei; considero que a forma como foram colocados, não são o essencial do problema. Apenas me vou centrar no tema das freguesias (que nem é o mais estratégico mas se calhar o mais fácil de explanar pois é de maior domínio de todos) a título de exemplo, pois fazer uma explanação completa de todos os temas que referiu e outros que não referiu e quiçá mais importantes para a região e para o país, exigiria muito tempo e explicação. No caso das freguesias estamos a tratar de um “fait-divers” até porque se insere num problema de organização global do território, onde se inclui CCDRs, CIMs, Câmaras, Freguesias e Administração Central (definição das competências desta e das restantes). Mas como sempre cingimo-nos (inclusive a administração central) a discutir o acessório e não a discutir o essencial, que neste caso seria, qual a forma de servir as populações locais melhorando as suas condições de vida, incentivando as famílias a permanecer e outras a considerar determinados locais como regiões excelentes de vivência (tema lato porque incorpora temas como a igualdade de oportunidades no acesso á cultura, lazer, desporto, rendimento económico...). Ao discutimos o tema, se as pessoas passam a ser geridas por determinada freguesia, ou qualquer outra, sem especificar as competências, que inclusive estão consagradas em lei, e a melhor formas de as colocar à disposição das populações, numa relação custo/beneficio, parece algo de falacioso e muito redutor.
Mas o mundo (diga-se Europa) chegou onde chegou porque passamos o tempo a discutir o acessório e não o essencial, não conseguindo definir políticas, baseadas em acções estratégicas que tenham por base planos de acção com objectivos mensuráveis por métricas controláveis e verificáveis regularmente. Poderia continuar a explanar este tema, mas fica para um outro local e um outro contexto…
Mas o tema deste “Post” é, “E o no entanto ela existe”, ela... sociedade civil, e enquanto a tivermos activa e viva temos motivos para ter esperança pois sabemos que alguém em algum lado estará pronto para nos auxiliar sem compromisso e apenas porque… porque acha que é o seu dever, sem mais.
Caro João,
ResponderEliminar"Fais-divers"? Como temos visões diferentes... O meu amigo preocupa-se em salvar o mundo; eu estou mais interessado em ajudar a minha mãe a lavar a louça. Num blogue assumidamente local, o pequeno, o que está próximo, é o que merece ser discutido. E se a discussão sobre as freguesias se centrou (eventualmente) nas questões numéricas, foi porque assim quis quem comentou. Também acho que é uma visão redutora do problema, mas disse-o na altura.
É um facto que este blogue assume um tom crítico, provocador. Por alguma coisa o baptizámos como Farpas, roubando descaradamente a ideia ao Eça de Queiroz e ao Ramalho Ortigão. Mas acusar-nos de crítica fácil e de fazer ataques pessoais, é que não é sério. Damos a cara e o corpo ao manifesto. Defendemos as nossas ideias, colocando-as à discussão pública e não nos escudamos numa identidade anónima.
Um abraço,
Adérito
Quem sabe, quem sabe... (O Farpas a corporizar no mundo real). Eu estou-me a guardar para quando o engenheiro Marques for presidente da Câmara e o João seu vereador!
ResponderEliminarBom dia!
ResponderEliminarSubscrevo as palavras do Adérito, Se este blog não assumisse um tom crítico não fazia jus ao nome. O tempo do "Yes men" já lá vai
Pois bem, não pretendo alimentar mais polémicas, até porque já vimos que não nos levam a lado nenhum. Já percebi que este blogue pretende apenas ser um blogue, não mais do que isso, apenas um blogue.
ResponderEliminarTambém é verdade que os “Post” que o Alvim escreve, e faço aqui “mea culpa” pois posso ter dado azo a interpretações erradas, são sem dúvida dos mais estratégicos, tentando puxar por assuntos que podem trazer valor acrescentado para a “nossa terra” local onde vivemos e pelo qual devemos lutar, por nosso bem e pelo dos nossos descendentes.
Talvez sim, me ocupe de coisas demasiado estratégicas, mas se nos ocupamos apenas das comezinhas, elas tornam-se interessantes até ao momento que as vemos de longe e tratamos delas nas visitas dos fins-de-semana, mas se temos de viver com elas todos os nossos dias, tornam-se a cruz da nossa vivência até nos cansarmos, a isso chama-se desertificação.
Mas sim reconheço, talvez eu quisesse demais apenas de um blogue…
Espero que a sociedade civil continue a lutar por causas de forma pragmática, vamos participar todos no projecto “Um dia pela vida”. Bem haja!