A IGAL constatou que não existia um regulamento adequado aos subsídios que a Câmara dava (sim, dava). Não havia critério, portanto. Tal como tantas e tantas vezes se disse e criticou. Finalmente, por imposição da IGAL apareceu um regulamento.
Que podem consultar aqui e onde se propõe "a publicitação dos critérios que estão na base da definição da política cultural do Município de Pombal" apesar da "definição dos apoios concedidos aos promotores culturais" ter sido até agora "rigorosa, transparente, criteriosa, incentivadora e amplamente consensual, no sentido de preservar e estimular a fruição de momentos culturais e de lazer." Mas que maçada esta de fazer um regulamento quando a coisa até já estava a correr bem, não é? E por isso, fez-se. Ou melhor, fez-se que se fez. Porque em bom rigor, critérios objectivos, nada. Mas deixo à vossa apreciação, que alguma opiniões já tenho recolhido, seja de quem está na área cultural, seja de quem vê isto de forma jurídico-administrativa.
Acrescento que para mim, é mais um exemplo da rede montada (por aqui e por muitos municípios fora): todos se queixam do Estado, mas agradecem que ele, nas mais variadas vestes, lhes assegure uma verbazinha (ou o emprego para o familiar ou para o conhecido). E a degradação da nossa democracia também vem desta perversão. Mas já sabemos que antes isso que uma sociedade onde não se ajuda o amigo...
Por último, este regulamento visa definir a política cultural do Município de Pombal. E o que é essa coisa de Política Cultural? Podem ler este trabalho sobre o que é política cultural. Mas deixo aqui um excerto: "A política cultural autárquica (...) define-se por um conjunto de princípios e de objectivos estruturantes, de prioridades e de critérios de actuação, quer quanto à natureza e às modalidades dos projectos, quer quanto aos modos de financiamento, quer ainda quanto à natureza da relação a estabelecer com os diversos actores do campo cultural. Exige sistematicidade e coerência; planificação, concertação e parcerias entre os actores directamente envolvidos, sejam os políticos e os culturais, seja a própria sociedade civil. Exige diagnósticos de situações sociais e culturais e de públicos. Exige avaliação de actividades e de resultados."
Eu fiquei esclarecido. E à espera que haja um dia uma Política Cultural em Pombal, já que não será este regulamento que a criará ou definirá. Já agora esqueçam a questão de prioridades, que uma política cultural não significa desperdício ou com elitismos, que a cultura não tem que ser "alta" ou "baixa", "urbana" ou "rural", tem é que existir como parte de uma sociedade que se quer desenvolvida. Talvez até de charneira, quem sabe?
A primeira regra para um "esboço" de politica cultural, era envolver gente EFECTIVAMENTE ligada à cultura. E não pessoas caídas não se sabe bem de onde, nem porquê, nem (e principalmente) para quê! Dificilmente pessoas com pouca cultura opinarão bem sobre os assuntos culturais.
ResponderEliminarPubliquei no meu blog "A Terceira Dimensão - Fotografia Aérea" imagens aéreas de Pombal ...
ResponderEliminarVejam-nas em:
A Terceira Dimensão - Fotografia Aérea de Portugal - Pombal
Agradeço divulgação do link e comentários ...
Boas tardes!
ResponderEliminarCaríssimos blogueiroa:
Não se irritem! trata-se apenas de um projecto de regulamento municipal, vejam que por lapso não contemplaram o futebol mas, no seu artigo 2º numero 2 alínea h) consta um saco azul, onde cabe tudo até os grupos de sueca. "Outras entidades cujas actividades evidenciem interesse cultural.
Prometemos que na versão final constam:
- Subsídio de instalação anual fixo a todas as colectividades no valor de 150 euros.
- Subsídio em função do interesse cultural e promoção da nossa terra.
- Subsídio bimestral em função do número de praticantes de qualquer actividade cultural ou desportiva sendo que a ocupação dos jovens dos 5 aos 15 anos será sempre majorada.
- as parcerias são estudadas caso a caso mediante pareceres técnicos credíveis das entidades competentes.
Os senhores munícipes compreendem que o NDAP de Pombal, o Grupo de Vermoil, o Sporting de Pombal de entre outros, têm os mesmas despesas de instalação mas os seus custos sobem em exponencial, não só pela representatividade que têm como pelo número de atletas que têm idade escolar.Ou seja: O Sporting têm cerca de 120 atletas até aos 17 anos e as Meirinhas têm meia dúzia nestas idades, logo os custos são menores, já o grupo de sueva dos Meires não têm nenhum jovem na prática da modalidade, o TAP têm menos gente e têm o projeto cultural ambicioso. Não de preocupem o saco Azul dá para tudo
Boas tardes!
ResponderEliminarCaríssimos blogueiroa:
Não se irritem! trata-se apenas de um projecto de regulamento municipal, vejam que por lapso não contemplaram o futebol mas, no seu artigo 2º numero 2 alínea h) consta um saco azul, onde cabe tudo até os grupos de sueca. "Outras entidades cujas actividades evidenciem interesse cultural.
Prometemos que na versão final constam:
- Subsídio de instalação anual fixo a todas as colectividades no valor de 150 euros.
- Subsídio em função do interesse cultural e promoção da nossa terra.
- Subsídio bimestral em função do número de praticantes de qualquer actividade cultural ou desportiva sendo que a ocupação dos jovens dos 5 aos 15 anos será sempre majorada.
- as parcerias são estudadas caso a caso mediante pareceres técnicos credíveis das entidades competentes.
Os senhores munícipes compreendem que o NDAP de Pombal, o Grupo de Vermoil, o Sporting de Pombal de entre outros, têm os mesmas despesas de instalação mas os seus custos sobem em exponencial, não só pela representatividade que têm como pelo número de atletas que têm idade escolar.Ou seja: O Sporting têm cerca de 120 atletas até aos 17 anos e as Meirinhas têm meia dúzia nestas idades, logo os custos são menores, já o grupo de sueva dos Meires não têm nenhum jovem na prática da modalidade, o TAP têm menos gente e têm o projeto cultural ambicioso. Não de preocupem o saco Azul dá para tudo
Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
ResponderEliminarAcabei o livro e começo a ter tempo disponível para estas coisas do éter.
Mas, agora, tenho que construir a acta de ontem, se não isto não ata nem desata.
Prometo-te vir ao tema.
Mas não vou falar de cultura, porque a única cultura que conheço, de vida vivida, é a dos nabos que se semeiam a seguir à recolha das batatas.
Abraço.
Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
ResponderEliminarAcabei o livro e começo a ter tempo disponível para estas coisas do éter.
Mas, agora, tenho que construir a acta de ontem, se não isto não ata nem desata.
Prometo-te vir ao tema.
Mas não vou falar de cultura, porque a única cultura que conheço, de vida vivida, é a dos nabos que se semeiam a seguir à recolha das batatas.
Coisa de rurais, está visto.
Abraço.
Amigo Rodrigues Marques
ResponderEliminarEssa discussão dos rurais vs urbanos está esgotada. Esgotada porque nunca houve para venda. Mas lá ao lado há uma bancada. Uma bancada onde se vendem cortinas de fumo. Nessa não compro, nem vendo eu, mas se quiser ir lá regatear, esteja à vontade.
Abraço
Meu caro Rodrigues Marques,
ResponderEliminarNão acredito que só conheça a cultura dos nabos. Mas se calhar, sem querer (ou não, que o sei um homem consequente na escolha das palavras), identificou muito bem o problema do "panorama cultural" da cidade. É que quem tem os meios (públicos), em regra, só conhece (de cultura falando) essa dos nabos. E de nabos já estamos servidos, obrigado! :)
Caros,
ResponderEliminarEste regulamento mostra claramente que, no que toca à cultura, no PSD é tudo nabo. E isso até não seria nada mau se tivessem a humildade de promover parcerias claras com quem realmente percebe do assunto.
Mas para quê promover a cultura numa altura de crise como esta? A cultura só dá prejuízo e apenas serve para alimentar o ego a meia-dúzia de iluminados! Além disso, um povo inculto é um povo submisso, um povo trabalhador. Pouco dado a inovações e a rasgos criativos, é certo. Mas, se formos a ver, a criatividade pode ser subversiva e isso é muito mau.
Enfim, camaradas, é o que temos...
Abraços,
Adérito