A Paula Cardoso vai, naturalmente, cessar as suas funções
de Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara. É, portanto, altura de, aqui, lhe
endereçar algumas palavras simples mas - penso eu – justas. A Paula Cardoso soube
estar à altura do cargo.
O cargo de chefe de gabinete é um lugar delicado porque, sendo
de nomeação política, exige solidariedade política e pessoal; e, fazendo parte
da estrutura, está sujeito a obrigações e deveres comuns. É este duplo
constrangimento que exige descrição, perspicácia, diplomacia, serenidade e
acima de tudo respeitabilidade: por si, pelo cargo, pela organização e seus parceiros e pelo Presidente. A Paula soube, sempre, tê-las.
A forma como matou à nascença um potencial conflito público
que um conhecido desbocado, por aqui, quis provocar, deixou-me convicto que a Paula
era a pessoa certa, naquele lugar e naquelas circunstâncias.
A Paula Cardoso sempre foi uma pessoa extremamente competente. Tive o privilégio de trabalhar com ela no IPJ em Leiria, quando era assessora do Delegado Regional, isto entre 1989 e 1990. Desejo-lhe as melhores felicidades para o futuro.
ResponderEliminarPalavras justíssimas, Adelino Malho. No tumultuoso percurso do engº Narciso Mota com os jornais e jornalistas em geral ( e comigo em particular...) sei de muitas vezes em que foi ela quem colocou a necessária quantidade de água na fervura, usando de toda a diplomacia, bom senso e parcimónia com que desempenhou as funções ao longo destes 20 anos. Muitas vezes a senti ali como a agulha no palheiro. Espero que a vida lhe devolva tudo aquilo que deixou a Pombal, sem exibicionismos, sem esquemas, com muita elevação.
ResponderEliminarPaula,
EliminarEm circunstâncias normais o desempenho da Paula Cardoso não merecia realce. Mas aqui, na terra de uns ou os outros, connosco ou contra-nós, merece-o. Porque sempre soube ser respeitadora das diferenças, e isso, infelizmente, só está ao alcance de poucos/as.
Sem dúvida, Adelino... Isso só está ao alcance de poucos/as! Bem-haja pelo post... sempre se afasta da vossa já tradicional veia de escárnio e maldizer!
ResponderEliminarOlá Andreia,
EliminarEstamos, finalmente, de acordo – já não era sem tempo – e em toda a linha!
Curiosa a forma como abençoou – talvez sem querer – aquilo que designa, com certeza bem, como a nossa “tradicional veia de escárnio e maldizer”.
Subscreveu, também, que são poucos/as os/as que convivem bem com a diferença, não vêem no adversário um inimigo, não rotulam, sistematicamente, as pessoas em boas ou más. E é por serem, infelizmente, poucas, que a dose de escárnio e maldizer tem que ser (muito) maior.
La réalité oblige!
Boas
AM