Os políticos experimentados evitam afrontar os trabalhadores
e os sindicatos porque sabem que os custos políticos são elevados. Por cá a
armadilha virou-se contra o armadilhas.
A afronta já tinha tido dois rounds, que só não terminaram
em derrota porque os sindicatos tiveram o bom senso que o príncipe parece não
ter. Na câmara o desfecho é conhecido: estrondosa derrota política, com a condenação
da câmara ao pagamento do trabalho extraordinário e à reposição das 35 horas
semanais.
Bem pode o príncipe responsabilizar o responsável dos
Recursos Humanos por não ter ouvido os trabalhadores, os juristas da câmara por
não terem assessorado bem a câmara e os advogados pela estratégia de defesa
seguida e pelos erros cometidos. Nada apagará o odioso da questão, o falhanço
da afronta.
O problema não é tanto de quem executa e de quem assessora -
decidem pouco. É de quem decide. E é, também, de quem decide fazer obras de
Estado com dinheiro dos munícipes. Serão, também, os chefes de serviço os responsáveis por
estes dislates?
O príncipe pode achar-se possuído de todo o poder, mas isto (ainda)
não é uma monarquia – Dura Lex, Sed Lex.
E nesta Republica, que mais parece uma Monarquia, paga é o
Zé: aos trabalhadores, aos funcionários e aos advogados.
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