Maquiavel explicou-nos que “O príncipe vela não pela
felicidade do povo, mas pela sua própria”. Mas por cá, nem pela própria - na
sua ânsia de se tornar poderoso, tem desbaratado aquilo que a fortuna lhe pôs
no regaço: um reino dócil, submisso e rico. Surpreende que alguém que teve todo
o tempo para aprender a arte de reinar, tenha, em pouco tempo, perdido tão
rapidamente a confiança dos súbditos.
O príncipe tem cometido demasiados erros, e não os tem
sabido conter os estragos: armadilhou laços (em vez de os
evitar) e caiu neles, desgastou-se em guerras infrutíferas, fez inimigos nos
fracos e não cuidou dos poderosos, foi leão quando deveria ser raposa e raposa
quando deveria ter sido leão. É da sua natureza!
O processo das 35 horas é um tratado de inabilidade política,
que poderia ter feito tropeçar trezentos e tal príncipes, mas onde só o de cá se
espalhou.
O príncipe parece ter perdido o norte: procura passar o
odioso da decisão inicial para o seu antecessor, ajudando a juntar a matilha de
lobos, e, ao mesmo tempo, prossegue a afronta aos súbditos, não cumpre a
sentença, pede (hipocritamente) desculpa aos trabalhadores - que há muito
atribuíram a culpa da contínua afronta - mas não paga as horas extraordinárias
a todos os trabalhadores (todos as fizeram), paga-as somente aos trabalhadores
sindicalizados do sindicato que interpôs a acção.
O príncipe padece de dois males: não tem (por opção sua)
ministros que o protejam e não tem bons fundamentos. E como disse Maquiavel: “um
príncipe que não tem bons fundamentos, necessariamente cairá em ruína”.
D. Diogo I , está a pouco mais de 1 ano do fim do mandato. Durante estes três anos já assistimos a grandes tropelias. Desde o Vereador com problemas de adaptação e bateu com a porta, até ao assessor que não aqueceu lugar, pelo meio também assistimos á mudança da maquina de propaganda, que foi sendo afinada... Com jornadas e mais Festas, deslocalizadas para o povo assistir. Como com papas e bolos se enganam os tolos. Este ultimo ano volta o "cheirinho" a porco-no-espeto e as inaugurações e o Reinado continua... a não ser que haja algum Príncipe na corte a juntar tropas. Já que o antigo Imperador, que no inicio da Reinado ainda tentou fazer "guerrilha" foi facilmente aniquilado, sob a forma de uma Comenda. Tudo está bem, quando acaba bem. O povo de Pombal gosta assim... então que seja feita a sua vontade.
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